ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: INSERÇÃO DO PLASMA COMO CONTEÚDO NO ENSINO MÉDIO: NECESSIDADE, DESAFIOS E APRECIAÇÃO DE PROFESSORES E ALUNOS

AUTORES: TAVARES, M.R.S. (IFPB) ; HORA, P.H.A. (IFPB)

RESUMO: Uma forma de explicar três estados físicos da matéria estudados (sólido, líquido e gasoso) é a diferença com a agregação de organizações ou desorganizações suas partículas, no entanto, quando uma substância no estado gasoso é aquecida a altíssima temperatura, cerca de dezenas de milhares de graus e ao chegar nessa temperatura, os elétrons são perdidos ou arrancados dos átomos nêutrons, o que resulta em íons positivos juntamente com os tais elétrons. Essa gigantesca salada gasosa é o plasma, um estado eletricamente neutro, porem contendo apenas elementos carregados caracterizando o quarto estado físico da matéria o plasma.


PALAVRAS CHAVES: plasma, proposta, ensino

INTRODUÇÃO: A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) estabelece que o ensino deve promover: “A compreensão dos fundamentos científicos e tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria com a prática no ensino de cada disciplina”, lado a lado com “a preparação básica para o trabalho e a cidadania” [1]. Esses documentos apresentam uma perspectiva para formação de um ensino médio diferente voltado para um ensino que, de acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais PCN’s, deve sempre ser direcionado para os fenômenos que ocorrem no dia-a-dia e preparar o cidadão do futuro. Mesmo com essas novas tendências no sistema educacional, ainda observamos um ensino bastante tradicional, onde os conceitos de química na educação básica são trabalhados pelos professores em aspectos totalmente conceituais e matemáticos.
Assim, para que haja uma aprendizagem mais significativa é preciso haver uma decodificação do fenômeno estudado e isto pode ser ajudado quando colocamos situações que acontecem espontaneamente na natureza para os alunos. Pensando neste aspecto e tendo em mente o professor como pesquisador [2], apresentamos, neste trabalho, uma proposta de estudo deste importante estado físico da matéria, utilizando aspectos de contextualização dos conceitos estudados em química básica, visando desenvolvimento de um conhecimento científico. Inicialmente será realizada uma abordagem teórica sobre o assunto articulada por uma atividade experimental, em seguida levantaremos uma avaliação a cerca do aprendizado dos alunos e
questionaremos tanto alunos como professores sobre a inserção deste conteúdo na educação básica. Tal avaliação está em processo final de aquisição de dados e será apresentada no congresso, ou seja, não consta neste trabalho.

MATERIAL E MÉTODOS: Uma pesquisa bibliográfica foi realizada em inúmeros livros de ensino médio e, além disso, questionários abertos foram aplicados a 500 alunos, sendo 200 da rede pública, 150 da rede federal e 150 da rede particular, além da de 20 professores de químicas.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Na pesquisa bibliográfica realizada observou-se que nenhum livro trazia menção alguma sobre o plasma. Entre os alunos obtivemos unanimidade no que diz respeito ao interesse sobre aprender esse conteúdo. Alguns dos entrevistados referiam-se ao plasma através do fogo, entretanto não souberam informar característica alguma deste estado. Entre os professores essa unanimidade foi de 100%, entretanto ressalvas no que diz respeito a contextualização, ao nível que deve ser abordado e disponibilidade de material didático foram realizadas.


CONCLUSÕES: O estudo do Plasma é bastante necessário, uma vez que faz parte do nosso cotidiano e também se trata de um estado físico da matéria. O estudo deste ampliará ainda mais o conhecimento dos alunos no que diz respeito e terá um papel importantíssimo na redução do “analfabetismo científico”, um dos objetivos descritos pela LDB e PCN’s, além disso, é um conteúdo bastante interessante para os adolescentes. Seu estudo também criará uma “identidade” entre o aluno e a disciplina, contribuindo para um processo de ensino aprendizagem bem mais significativo.

AGRADECIMENTOS: Os autores agradecem ao CNPq e aos diretores e alunos das escolas participantes.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: [1] MENEZES, Luis Carlos de,. LDB – Uma Física para o novo ensino médio.
In: Revista Física na Escola. Vol 1. n° 1. Suplemento da Revista Brasileira do
ensino de Física. Outubro de 2000. pp 25.
[2] MARANDINO, Martha,. A prática de ensino nas licenciaturas e a pesquisa
em ensino de ciências: Questões atuais. In: Caderno Catarinense de Ensino de
Física. Vol 20. nº 2 Florianópolis: Agosto de 2003. PP.195-207.
BRASIL. MEC. SEF. Parâmetros Curriculares para o Ensino Fundamental. Brasília, 1998.