ÁREA: Química Tecnológica

TÍTULO: CONTROLE ESTATISTICO DE PROCESSO NAS ANALISES DA TROCA IONICA NO CLAREAMENTO DO AÇUCAR LÍQUIDO PARA INDÚSTRIAS DE BEBIDAS

AUTORES: FERREIRA, POLYANNA FREITAS (IFGO) ; FERNANDES, THAIS LIMA (IFGO) ; FERNANDES, PATRICIA RODRIGUES (IFGO)

RESUMO: De acordo com GONÇALVES,Danilo (2008), Existe uma necessidade de controlar o tempo no clareamento do açúcar líquido para produção de bebidas, a otimização do processo de dissolução é buscada constantemente. O processo de Troca Iônica foi colocado em pratica a cerca de dez anos, sendo hoje a tecnologia mais avançada utilizada em todo o mundo para tratamento do açúcar liquido e em desenvolvimento continuo. Buscando a máxima pureza do açúcar, sendo assim, sem sabor que não seja o doce, sem cor e sem odor. Para a análise dessa cor, utilizamos resultados como Brix (Brix é uma medida total de sólidos solúveis em uma solução), Absorbância (absorbância ou absorvência é a capacidade intrínseca dos materiais em absorver radiações em frequência específica.)

PALAVRAS CHAVES: troca iônica, controle estatístico de processo e açúcar.

INTRODUÇÃO: Ao preparar um ingrediente para ser acrescido a uma bebida, a indústria tem um desafio: chegar a um açúcar líquido puro, livre de aromas e sabores de cana e também incolor. É este o campo de pesquisas permanente dos produtores de solução de açúcar e equipamentos para a indústria de bebidas. Historicamente, até 1997 o método utilizado no Brasil para se chegar a uma solução de açúcar ideal era somente a do carvão em pó, tecnologia que é utilizada até hoje apenas para finalizar o processo de purificação do ingrediente. A produção deste ingrediente se dá com a dissolução do açúcar proveniente de usinas, em água quente. Em seguida, a mistura (que fica com consistência pouco viscosa) começa a passar pelos processos de purificação propriamente dito. A purificação do açúcar líquido feita com carvão em pó usa filtros com pré-camadas, porém, gera-se muito resíduo como poeira, restos de carvão e fumaça. Foi então que, há cerca de dez anos, começou efetivamente a ser colocado em prática outro processo, o de troca iônica. A Troca Iônica é um processo no qual um íon indesejado na água de abastecimento é trocado por um íon contido num leito de resina. Aliadas às vantagens produtivas, estão às reduções no custo, já que o filtro de resina para troca iônica necessita de menos limpeza por período do que o de carvão ativado. “Os processos com carvão em pó não podem ser regenerados tão facilmente, por isso necessitam de limpezas mais contínuas”, comenta Christian Willi, gerente de bebidas da Norit. Para prosperar no momento econômico em que vivemos, é preciso que fabricantes, fornecedores e distribuidores estejam dedicados à melhoria contínua.

MATERIAL E MÉTODOS: Utilizou-se como matéria-prima para o processo, Açúcar Granulado Cristal tipo 2 da usina Grupo Farias, unidade produtora Anicuns S/A álcool e derivados em Goiás. Que através da dissolução desde açúcar no inicio do processo de troca iônica, obtemos o Xarope Simples para as analises desejadas. Para análise da Absorbância feita na solução de Xarope Simples (mistura: água + açúcar) foi utilizado TEA (solução de Trietanolamina PA 0,1M mais Ácido Clorídrico 37% 0,1M ajustando o PH a 7,0 ± 0,02). Para medir a absorbância utilizamos um Espectrofotômetro de absorção atômica E-225D, da marca CELM (em 420nm). Também utilizamos uma Balança Analítica Marconi para pesarmos o Xarope Simples e TEA. Para análise do Brix foi utilizado um Densimetro DMA 4500, Anton Paar. Para a analise da cor é feito um cálculo utilizando planilha no Microsoft Office Excel 2003.
Cálculo:

Onde: UI = abs x 1000 / b x c


Abs = Leitura de absorbância da solução (pode-se usar também –log T)
b= Comprimento interno da cubeta (cm)
c= Concentração de sacarose açucarada (g/L) em função do °Brix a 20°C
O processo (Troca Iônica) precisa ser operado a temperaturas acima de 85ºC para evitar problemas microbiológicos. Para análise de Controle Estatístico de Processo foi utilizado o Microsoft Office Excel 2003. Essa pesquisa é de caráter quantitativo. Iremos utilizar Estatística Aplicada no Microsoft Office Excel 2003 e software Labtools para fazermos comparações e estudos de resultados através de Histogramas, Diagramas de Dispersão e Cartas de Controle.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para Ishikawa (1993, p.203), “sem análise estatística (analises de qualidade e de pro-cesso), não pode haver controle eficiente”. O uso de técnicas estatísticas pode não só ameni-zar erros como também prevenir, auxiliando nas decisões a serem tomadas.
“Os tempos de produção diminuem e a qualidade aumenta, graças aos aparelhos de controle de qualidade”, comenta Carlos Alberto Domingues, engenheiro da KHS.
O controle estatístico é uma ferramenta utilizada em vários segmentos, tendo uma maior aplicabilidade na indústria com o objetivo de medir a variabilidade existente nos pro-cessos. No mundo globalizado precisamos nos tornar altamente competitivos e para tanto eli-minamos as barreiras protecionistas dos nossos produtos, a gestão da qualidade por meio de ferramentas estatísticas vem melhorando nosso desempenho operacional (BOMFIM, 2007).


CONCLUSÕES: O estudo se justifica dada à importância em se conhecer o Controle Estatístico de Processo como uma ferramenta cientifica, tendo total aplicabilidade na empresa, tornando-a apta a melhores resultados que levam a uma melhor competitividade no mercado. Segundo Ishikava (1993, p.43 apud ESPINDOLA, 2005, p.17), “Praticar um bom controle de qualidade é desenvolver, projetar, produzir e comercializar um produto de qualidade que é mais econô-mico, mais útil e sempre satisfatório para o consumidor”.
As empresas têm como objetivo um aumento contínuo da qualidade de seus produtos.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos a empresa Refrescos Bandeirantes pela aprovaçao do trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: * Manual CEP Coca-Cola University – Datalyser.Guaratinguetá – São Paulo.2008

* GONÇALVES, Danilo.Engarrafador moderno, Ed. Aden, São Paulo, abril/2008.5p.

* GONZALES,Lorgio Valdivieza, Troca Iônica,Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro. Disponível em: <http/www.dcmm.puc-rio.br/cursos/outecamb/troca_ionica.ppt> visto em:25/02/09.

* TOLEDO,Jose C. CEPEQ - Grupo de estudoe pesquisa em qualidade. DEP-UFScar. Disponível em:<http://www.gepeq.dep.ufscar.br/arquivos/CEP-ApostilaIntroducaoCEP2006.pdf visto em:12/04/09

* PASSOS,Tânia M.F. O controle de qualidade no processo produtivo: caso da Refrigerantes Bandeirantes LTDA. 2007 114p.Curso de Administração. Faculdade Unirg. Gurupi.Trabalho de Conclusão de Curso. Disponível em: <http://www.unirg.edu.br/cur/adm/arq/exemplodetcc.pdf>.Gurupi.maio/2007.Visto em 25/04/09.

* Oliveira,Eduardo A. Controle de Qualidade em Refrigerante. 2007.44p. Monografia. Curso de Engenharia de Produção. Universidade Estadual de Londrina. Londrina.Disponível em:
<www2.uel.br/pos/engproducao/arquivos/Eduardo_Oliveira.pdf>
Visto em 12/04/09.