ÁREA: Materiais

TÍTULO: AVALIAÇÃO NA UTILIZAÇÃO DIÁRIA DOS JALECOS UTILIZADOS PARA ATIVIDADES COM PRODUTOS QUÍMICOS NO INSTITUTO OSWALDO CRUZ (IOC).

AUTORES: SANTIAGO, CAROLINE BORGES DE SIQUEIRA (FIOCRUZ) ; COSTA, GISELA LARA (FIOCRUZ) ; OLIVEIRA, BIANCA ANDRADE (FIOCRUZ)

RESUMO: O Instituto Oswaldo Cruz (IOC) possui 72 laboratórios de diversas linhas de pesquisa em saúde, credenciados. Estes utilizam várias substâncias químicas buscando melhor qualidade dos seus trabalhos. A Comissão Interna de Gestão Ambiental (CIGAmb), implantou o projeto de Gerenciamento de Resíduos Químicos no IOC, para o conhecimento em armazenamento, manipulação e descarte dos resíduos dos produtos utilizados nos diferentes laboratórios de pesquisa em saúde. O objetivo deste trabalho foi determinar a qualidade do jaleco utilizado nas atividades com risco biológico e risco químico, frente a diversas substâncias químicas. Estes demonstraram que o jaleco utilizado não possui qualificação para suporte em ensaios químicos, sendo necessário EPIs resistentes, minimizando o grau de periculosidade.

PALAVRAS CHAVES: substâncias químicas, periculosidade, gerenciamento de produtos químicos.

INTRODUÇÃO: O Instituto Oswaldo Cruz (IOC) possui 72 laboratórios credenciados responsáveis por diversas linhas de pesquisas. Nestes, utilizam-se vários produtos químicos buscando a melhor qualidade nos resultados e em conseqüência, altos níveis de periculosidade em manipulação direta. A Comissão Interna de Gestão Ambiental (CIGAmb/IOC) foi incluída ao IOC, para auxiliar os laboratórios nesses assuntos referentes a resíduos e armazenamento de produtos biológicos e químicos. Com isso, o projeto de Gerenciamento de Resíduos Químicos do IOC foi implantado para que os laboratórios tivessem conhecimento correto em armazenamento, manipulação e descarte de produtos químicos. O objetivo deste trabalho foi determinar a qualidade do jaleco utilizado nas atividades com risco biológico e risco químico, frente a diversas substâncias químicas como: ácidos, bases, solventes orgânicos, alcoóis e sais inorgânicos, para obtenção de conclusões mais exatas do qualitativo do material. As Substâncias como ácidos, bases, solventes orgânicos, demonstraram que o jaleco utilizado no IOC não possui qualificação para suporte em ensaios químicos, sendo necessário o emprego de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual) que suportem tais atividades, minimizando o grau de periculosidade na manipulação.

MATERIAL E MÉTODOS: Foram utilizados jalecos da marca BARTEC, com fabricação 01/2004 e validade para 2 anos, Lote 2562C, gramatura média 48g/m2 e 100% polipropileno, repelente estéril cor verde, azul ou branca, nos tamanhos P (40-42) 1,20M x 1,30M; M (44-46) 1,20Mx 1,40M e G (48-50) 120 (L) x 150 (C) cm PCT com 10 unidades. Todos os testes foram realizados com os EPIs necessários para o experimento e dentro de um abrigo de produtos perigosos devidamente equipado segundo as legislações exigidas, que encontra-se no Pavilhão Gomes de Faria do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ). Utilizamos as seguintes substâncias químicas, nos volumes 1mL durante 15 minutos de exposição, KMnO4 – 1%; NaOH – 0,1N;H2SO4 – P.A;HCl - P.A; H2CO - P.A; NH4OH – 28%; C2H4(OH)2 - P.A; HNO3 - P.A;(CH3)CHCH2OH - P.A; CH3COOH - P.A;C8H8 - P.A. Adicionou-se 1mL de cada reagente na parte posterior do jaleco e anotou-se os resultados obtidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com os dados obtidos, observou-se que o jaleco não possui qualificação para suportar ensaios químicos, sendo necessária sua troca por material mais especifico para tal. A figura 1 apresenta os resultados do material testado. A figura 2 apresenta o teste realizado com ácido sulfúrico na parte externa do jaleco.





CONCLUSÕES: A partir dos dados obtidos, pode-se demonstrar que o jaleco utilizado atualmente no IOC para produtos biológicos atende as necessidades, mais no que diz respeito a produtos químicos necessita de enquadramento. Para a realização dos ensaios químicos, deve-se empregar os EPI’s necessários que suportem tais substâncias, para que o grau de periculosidade na manipulação seja reduzido consideravelmente.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CARVALHO; Paulo Roberto. 1999. Boas Práticas Químicas em Biossegurança. Interciência.
Rev. SORBECC. 2004. V 9, n 1. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização.
Rev. SORBECC. 2004. V 9, n 10. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização.