ÁREA: Ambiental

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS PRINCIPAIS PARÂMETROS FÍSICO – QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS DA ÁGUA DA NASCENTE DO CORREGO GARCIA NA LOCALIDADE DE ITATIAIA, OURO BRANCO – MG

AUTORES: FONSECA, M.T (IFMG CAMPUS ) ; OLIVEIRA, R. (IFMG CAMPUS ) ; SILVA, D.F (IFMG CAMPUS ) ; MAGALHÃES, L.C. (IFMG CAMPUS )

RESUMO: Este trabalho surgiu da curiosidade e da importância em avaliar os principais parâmetros físico-químicos e microbiológicos da água da nascente do córrego Garcia na localidade de Itatiaia, Ouro Branco – MG.

Os indicadores avaliados foram oxigênio dissolvido (OD), turbidez, cor, pH, sabor, odor e coliformes totais.

Estabeleceu-se que o ponto de amostragem seria o mais próximo possível do local onde a água é coletada para abastecer à comunidade de Itatiaia.

Definiu-se que seriam coletadas 10 amostras, sendo uma por dia e com análise imediata.

Os resultados obtidos permitiram classificar a água como classe 1, segundo a resolução CONAMA n° 357, de 17 de Março de 2005.

Por outro lado, evidenciou-se a presença de coliformes totais sendo necessária a sua desinfecção para consumo humano.




PALAVRAS CHAVES: análise ambiental

INTRODUÇÃO: O córrego Garcia se forma das nascentes da encosta da Serra de Ouro Branco, próximo a localidade de Itatiaia, no município de Ouro Branco – MG e atravessa a Estrada Real no sentido a Ouro Preto – MG, tendo como coordenadas geográficas: Latitude 20° 29’42” Sul e Longitude 43° 36’27” Oeste, elevação 1064 m.

O objetivo de se avaliar a qualidade da água do córrego Garcia, se justifica em razão do seu uso e consumo in natura para consumo humano pela população local.


MATERIAL E MÉTODOS: Cumprido o processo de coleta passou-se para a fase de análises das amostras, sendo que os ensaios de turbidez, pH, cor, temperatura, oxigênio dissolvido e coliformes totais, foram realizadas nos laboratórios do IFMG em Ouro Preto – MG.

A turbidez das amostras foram determinadas utilizando-se o turbidímetro Policontrol modelo AP 2000,que foi calibrado com uma solução padrão de 10,6 NTU.

A determinação do pH das amostras foram realizadas com o equipamento PHmetro portátil digital modelo PEQ – 576, calibrado com uma solução padrão de pH igual a 7,06.

A determinação da cor se deu pelo método espectrofotométrico, utilizando o equipamento MERCK modelo SQ 118, usando uma curva analítica de 0 a 200 Hazen e que foi calibrada no ponto zero com água destilada.

O oxigênio dissolvido foi determinado pelo método polarográfico, sendo utilizado o equipamento oxímetro INSTRUTHERM MO – 890, devidamente calibrado, de acordo com as instruções estabelecidas no manual do equipamento.

O sabor é um parâmetro de difícil determinação, uma vez que não é tolerável o fato de se ingerir água proveniente de um corpo d’água desconhecido e sem prévio tratamento.

Com relação ao odor, foi realizado um ensaio qualitativo em todas as amostras, após a coleta, aproximando-se os frascos a uma distância da região olfativa para se sentir o cheiro das mesmas.

Por fim, o coliformes totais foi determinado pelo método presuntivo que consistiu na inoculação de volumes determinados da amostra em tubos de caldo lactosado e que foram incubados a 35° ± 0,5°C durante 48 horas.



RESULTADOS E DISCUSSÃO: Confrontando os resultados obtidos e expostos na figura 1, com os limites especificados pela Resolução CONAMA 357 de 17 de Março de 2005, verifica-se que o corpo d’água em questão apresentou resultados de ensaios físico-químicos satisfatórios e que permitem classificar o corpo d’água como classe 1. Por outro lado, ficou evidenciado a presença de coliformes totais.




CONCLUSÕES: Os dados obtidos são de grande relevância, pois o Córrego Garcia é a fonte principal de abastecimento de água para a população de Itatiaia, em Ouro Branco – MG, conferindo que maior atenção deve ser dada a desinfecção de suas águas visando ao controle microbiológico (coliformes).
Por outro lado, os resultados obtidos permitirão maior atenção na monitoração dos parâmetros e serviram de base para futuras pesquisas.


AGRADECIMENTOS: Ao IFMG - campus Ouro Preto, por disponibilizar os seus laboratórios e profissionais.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas), NBR 9.898. Preservação e Técnicas de Amostragem de Efluentes Líquidos e corpos Receptores. Rio de Janeiro: ABNT, 1987.

BARROS, R. T. V. Saneamento. Escola de Engenharia da UFMG (Manual de Saneamento e Proteção Ambiental para os Municípios). Belo Horizonte, 1995.

BATALHA, BH. L., Controle da Qualidade da Água para Consumo Humano, São Paulo, CETESB, 1977.

SILVA, Domingos de Fátima. Apostila; Análises Ambientais. Curso: Tecnologia em Gestão da Qualidade no Trabalho – Centro Federal de Educação Tecnológica de Ouro Preto – CEFET – 2007.

MAZZINI, A. L. D. A. Dicionário Educativo de Termos Ambientais, 2ª Edição – Belo Horizonte: A. L. D. Amorim Mazzini, 2004.