ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: COMPARAÇÃO ENTRE A METODOLOGIA DE ENSINO DE QUÍMICA PARA O ENSINO REGULAR, EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS E CURSOS DE EDUCAÇÃO POPULAR EM UBERLÂNDIA.

AUTORES: GARCÊS, B. P. (UFU) ; CUNHA, R. A. (UFU) ; HYPPÓLITO, M. P. (UFU)

RESUMO: O ensino de química se diferencia muito em diversas modalidades, principalmente no que
se diz respeito a metodologia. Neste trabalho comparamos a metodologia de ensino de
professores de Ensino Médio Regular de Escolas Públicas, Educação de Jovens e Adultos
em Escolas Públicas e Cursinhos de Educação Popular, ambos para o 2º ano do ensino
médio. Nas três modalidades de ensino foram analisadas as metodologias e propostas
novas metodologias de aula, principalmente a experimentação buscando o conceito.
Vimos que na Educação de Jovens e Adultos a experimentação se mostra mais eficiente que
nas outras modalidades de ensino, provavelmente devido ao maior interesse dos alunos
nas aulas.

PALAVRAS CHAVES: educação popular, eja, metodologia

INTRODUÇÃO: A metodologia de ensino de química é extremamente discutida em congressos, simpósios,
artigos e até mesmo pelos alunos que buscar um entendimento melhor sobre o assunto.
Para cada sistema educacional é utilizada uma metodologia diferente, neste trabalho
será discutida a metodologia de ensino de química para o ensino regular, educação de
jovens e adultos e cursos de educação popular voltados para o vestibular. É
extremamente importante avaliar a metodologia avaliada e analisar qual metodologia
seria mais válida para o ensino nestas diferentes modalidades pois isto pode melhorar o
desempenho dos alunos em seus objetivos, sejam eles a obtenção de um conhecimento
científico ou a aprovação em exames de seleção.

MATERIAL E MÉTODOS: A forma de análise foi a observação de aulas de professores e de experiência em sala de
aula propostas pelos autores. Foram utilizados três experimentos didáticos para fazer
os alunos buscarem os conceitos dos conteúdos. "Titulação ácido base utilizando
fenolftaleína como indicador" para explicar sobre estequiometria e soluções, "Pilha de
Daniell" para explicar sobre processos de oxidação e redução e "Construção de um
densímetro" para explicar os conceitos de densidade e a relação da densidade com a
concentração de determinadas soluções, no caso o principal exemplo foi a solução de
sacarose.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ensino Regular: A principal metodologia utilizada é o quadro e giz, onde o professor
ministra as aulas de acordo com o CBC (Conteúdos Básicos Comuns). Ao tentar implantar
uma metodologia diferente em sala de aula, foi observado que os alunos não se
adequaram bem ao novo método que neste caso foi a de experimentação buscando o
conceito. As experimentações chamaram atenção dos alunos, porém eles não conseguiram
associar a experimentação aos conceitos, o que torna o método ineficiente.
Educação de Jovens e Adultos: Na Educação de Jovens e Adultos a metodologia observada
foi um pouco diferente. O conteúdo é transmitido de forma geral, sem aprofundamento
em tópicos e a metodologia utilizada também se restringe muito ao quadro e giz. O
conteúdo já não segue fielmente o CBC pois o tempo para transmitir o conteúdo é mais
restrito e os alunos apresentam uma maior dificuldade em sala de aula. Esta
dificuldade apresentada acaba sendo positiva, pois aumenta a participação dos alunos
em sala de aula. Na Educação de Jovens e Adultos foi observado que através da
experimentação os alunos se interessaram mais nas aulas e muitos conseguiram
relacionar a experimentação com o conceito, o que mostrou que pode ser uma
metodologia aplicável nesta modalidade de ensino. Cursos de Educação Popular: O
conteúdo passado é fiel ao cobrado nos vestibulares e utiliza-se muitos exercícios
durante as aulas para o aluno utilizar o método da memorização por repetição para
aprender o conteúdo. Este método é bastante discutido, pois prepara o apenas para
resolver as questões e não a entender como a química interfere na sociedade. A
experimentação despertou interesse nos alunos que conseguiram relaciona-la com os
conceitos que já haviam sido trabalhados.

CONCLUSÕES: Conclui-se que a experimentação pode ser eficiente no ensino de Química para a Educação
de Jovens e Adultos, pois despertou o interesse dos alunos nas aulas que conseguiram
entender os conceitos fundamentais após as práticas, e nos Cursos de Educação Popular
onde os alunos conseguiram relacionar os conceitos previamente vistos em sala de aula
com as práticas propostas. Acreditamos que com um trabalho mais intenso, a
experimentação também pode ser eficiente também no Ensino Regular onde infelizmente os
alunos não aproveitaram bem esta metodologia.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos a FAPEMIG pelo apoio financeiro e ao Prof. Wellington de OliveiraCruz.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ROCHA, H. F. et al. As Práticas Educativas na Educação de Jovens e Adultos. Pedagogia em Foco. Petrópolis, 2002. Dispo-nível em: <http://www.pedagogiaemfoco.pro.br/jovens01.html>. Acesso em: 15/03/2010.