ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: UTILIZAÇÃO DE PRODUTOS DO COTIDIANO PARA MONTAGEM DE EXPERIENCIAS DE LABORATÓRIO PARA DINAMIZAR O ENSINO DA QUÍMICA.

AUTORES: GOMES. C. L. L. (UFPA) ; SILVA, A. T. L. (UFPA) ; CORDEIRO, B. F. (UFPA) ; PEREIRA, M. L. F. (UFPA)

RESUMO: As experiências com produtos caseiros podem ser uma alternativa prática e de baixo custo para um melhor aprendizado. Analisou-se 2 turmas da 5ª serie fundamental(30 alunos cada), sendo que a turma A passou pelo processo habitual (conteúdos em sala, estudo em livros, trabalhos e provas escritas), e a turma B pelo processo habitual + experiências caseiras, demonstradas na TAB 01. Considerando que as turmas possuíam as mesmas condições estruturais, características sócio-econômicas, nº de aulas. Obtendo assim como variável somente a complementação da prática em questão, observou-se um desempenho de 30% superior da turma B sobre a turma A, não havendo variação no método de avaliação e no grau de dificuldade, concluir-se que a complementação da prática contribui para a melhora do aprendizado.

PALAVRAS CHAVES: ensino, cotidiano, experiências

INTRODUÇÃO: O processo educativo no Brasil tem passado por transformações significativas, tanto no âmbito da formação do educador (D’AMORE, 2007) como também nas metodologias de ensino (MACHADO, 2001). Os professores são empenhados em demonstrar à química e incentivar a curiosidade dos alunos, o que infelizmente dificulta é a constante falta de recursos, que muitas das vezes deixam os professores com laboratórios mal equipados e que em algumas localidades, nem possuem laboratório. Nas escolas onde não há um ambiente laboratorial, 65% dos professores limitavam-se as aulas teóricas e não buscavam incentivar os alunos através dos experimentos de fácil demonstração, é claro que por não possuírem incentivo, o que é prejudicial para a relação professor-aluno e para o processo pedagógico e educacional de aprendizagem (CARVALHO, S. M. S et all, 2002).Focando no campo metodológico das instituições públicas, que não dispõe de infra-estrutura adequada para desenvolver atividades práticas significativas para o discente, podemos destacar várias situações (burocracia, má-vontade, salários baixos, a falta de estrutura) que causam um ensino de baixa qualidade. O presente artigo mostra, de uma forma bem prática e com baixo custo, um método para se programar uma aula de Química interessante, didática e dinâmica. No livro “Como passar no vestibular” mostrar três formas que o ser humano assimila as informações: 30% vendo, 10% ouvindo e 60% praticando; neste caso se aglutinamos a observação e as práticas dos experimentos teriam em tese uma assimilação de 90%. Isso é um dado significativo.

MATERIAL E MÉTODOS: A metodologia foi divida em três fases para cada experimento químico: Escolha da experiência, verificação de substâncias dos produtos em supermercados ou locais afins e a realização da atividade em local adequado. Os produtos para os experimentos foram adquiridos em feiras e supermercados e local realizado foi na cozinha da escola. Adotando 2 turmas da 5ª serie fundamental (30 alunos cada) com as mesmas características sócio-econômicas e estruturais, denominando-se turma A e turma B. Com turma A realizou-se o processo habitual (conteúdos em sala, estudo em livros, trabalhos e provas escritas), já com turma B, procedeu-se o processo habitual + experiências caseiras duas experiências bem simples, como demonstradas na Tabela 01 Em seguida se realizado as avaliações (provas escritas) ao longo de 2 semestres verificou-se o nível de aprendizado da turma A e da turma B, formulando assim o gráfico 01.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A turma A, que utilizamos apenas o material disponível na escola comum ás pratica didáticas habituais de ensino (aulas ministradas em sala, trabalhos escritos e estudo em livros didáticos) e com a turma B (complementamos a pratica da didática habitual de ensino com a realização de experiências usando produtos do cotidiano do aluno) obteveram desempenhos diferentes. É importante ressaltar que ambas as turmas possuam as mesmas condições estruturais, o mesmo nº de aulas, as mesmas características sócio-econômicas. Essas foram acompanhadas por 2 semestres, nos quais foram realizadas quatro provas bimestrais e que utilizamos para obter um gráfico comparativo gráfico 01. Verificou-se que após o 1º experimento que o interesse pelo estudo dos meios ácido e básico tornou-se muito mais fácil. Pois, através da prática de laboratório o aluno tem a oportunidade de observar os processos dos quais ele estuda nas aulas teóricas, podendo notar com maior clareza os efeitos dos fenômenos químicos e relacioná-los com o seu cotidiano (CARVALHO, S. M. S et all, 2002). Os alunos na turma B identificavam os produtos ácidos e básicos testados. Com relação ao 2º experimento a identificação da densidade das substancias testadas também foram realizada facilmente pelos alunos. Observado o gráfico 01, verificamos um desempenho de aproximadamente 30% maior da turma B em comparação a turma A. Verificando assim, que as experiências influenciam positivamente no aprendizado. O ensino da química exige essa valorização da inter-relação teoria—prática. Para um bom aprendizado é necessário de recursos que vão além de suas mãos e de seus sentidos. É a prática de experiências realça o lado inquisitivo do aluno, aumentando se aprendizado, mesmo quando cercado de conteúdos abstratos (CHAGAS, A. P, 1997)





CONCLUSÕES: Através dessa metodologia de experiências simples de laboratório, pode-se sim obter resultados satisfatórios no ensino da química e vem como uma alternativa, para instituições que não possuem recursos suficientes para montagem de um laboratório de química para atender os seus alunos. A educação é um processo dinâmico que exige do professor que se comprometa a participar dela de modo direto e que o conduza sempre a questionar e melhorar cada passo dado e cada metodologia realizada e as práticas docentes a contribuir para a ocorrência de aprendizagem significativa dos alunos (JUSTI, R. S.1997).

AGRADECIMENTOS: Á Jesus pelo folêgo de vida,à minha familia, A UFPA, por fomentar e aprimorar os conhecimento necessarios contribuir na melhora da educação.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1 – D’Amore B. (2007). Elementos da Didática da Matemática. São Paulo. Ed. Livraria da Física.
2 – Machado, Nilson José (2001). Matemática e Educação; São Paulo. Ed. Cortez.
3 – Tito e Canto. (2000). Química no cotidiano. São Paulo. Ed. Ática.
4-CARVALHO, S. M. S et all. Atividades Experimentais no Ensino Médio Público, REVISTA DE PEDAGOGIA, 3 ano- nº 6-dezembro 2002
5-CHAGAS, A. P. Ferramentas do Químico. Revista Química nova na Escola; n.5; P. 18-20, maio
1997
6-JUSTI, R. S. Aprendizagem de química: reprodução de pedaços isolados do conhecimento?. Revista Química nova na Escola; n.5; P. 24-27, maio 1997