ÁREA: Alimentos

TÍTULO: CONDIÇÕES HIGIENICAS E SANITÁRIAS DA FEIRA LIVRE DO BAIRRO SÃO FRANCISCO NO MUNICÍPIO DE ZÉ DOCA – MA

AUTORES: CHAVES, D. C. (IFMA / ZÉ DO) ; SOUSA, M. B. L. (IFMA / ZÉ DO) ; ALENCAR, M. S. (IFMA / ZÉ DO) ; COELHO, N. R. (IFMA / ZÉ DO) ; PEREIRA, E. S. (IFMA / ZÉ DO) ; AZEVEDO, A. S. (IFMA / ZÉ DO)

RESUMO: As práticas de manipulação e as condições higiênico-sanitárias de alimentos vêm sendo
foco de inúmeros estudos, pois as principais fontes de contaminação são: matéria-prima,
ambiente e manipuladores. O objetivo do trabalho é avaliar as condições de higiene da
feira livre do bairro São Francisco no município de Zé Doca – MA. A metodologia baseou-
se na comparação de um questionário baseado na Resolução RDC nº216/04 ANVISA. Nos
resultados constatou-se a falta de boas práticas por parte dos manipuladores, a
precariedade das instalações onde são expostos os alimentos, lixo exposto e ausência de
coletores seletivos, dentre outros. Conclui-se que, os itens edificação, equipamentos,
manipulação e manipuladores não correspondem ao que diz a RDC nº 216 que normatiza os
serviços de alimentação.

PALAVRAS CHAVES: alimentos, higiene, contaminação

INTRODUÇÃO: Sabe-se que as principais fontes de contaminação de alimentos são: matéria-prima,
ambiente e manipuladores. Os problemas encontrados nas feiras estão muitas vezes
relacionados com as más condições higiênico-sanitárias das bancas quebradas e sujas,
dos produtores (desde a vestimenta inadequada à manipulação de alimentos) e dos
produtos comercializados (higienização incorreta). Um produto exposto nas feiras deve
possuir adequadas características sensoriais e valor nutricional, além de boas
condições de higiene, para que ele satisfaça as necessidades e desejos de seu
cliente. Segurança alimentar é um conjunto de normas de produção, transporte e
armazenamento de alimentos que visa determinar características físico-químicas,
microbiológicas e sensoriais padronizadas, segundo as quais os alimentos seriam
adequados ao consumo. Em 1989 a Organização Mundial de Saúde informou que mais de 60%
das doenças de origem alimentar são toxinfecções alimentares, ou seja, os agentes
etiológicos encontram-se entre as bactérias, vírus, fungos e parasitos,
principalmente devido às práticas inadequadas de manipulação, matérias-primas
contaminadas, falta de higiene no preparo, além de equipamentos e estrutura
operacional deficiente (SILVA JR, 2001). As feiras livres são locais abertos que
muitas vezes apresenta infra-estrutura inadequada para armazenamento, exposição e
venda de alguns alimentos, o que faz aumentar os riscos de servirem como veículos de
doenças. Este trabalho tem como objetivo avaliar as condições de higiene e sanitárias
da feira livre do bairro São Francisco no município de Zé Doca – MA, devido ao fluxo
de pessoas que freqüentam a mesma e a preocupação com os riscos de contaminação
causados pelas precárias condições higiênicas e sanitárias do local e dos
manipuladores.

MATERIAL E MÉTODOS: Realizou-se uma visita de campo para a avaliação inicial da feira, observando
manipuladores, instalações, manuseio, armazenamento dos produtos e a forma de exposição
dos alimentos. Como instrumento para coleta de dados, foi realizado uma visita técnica
explicando o objetivo do estudo para a aplicação de um questionário (check-list) sobre
as condições sanitárias da feira, onde foram avaliados, higiene pessoal, conservação da
matéria-prima e produtos colocados à venda, higiene ambiental e das instalações. Após
coletado os dados, foi feito a avaliação dos resultados.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com o questionário foi possível observar e analisar as condições em que se apresenta
a feira do bairro São Francisco, onde se constatou:
A precariedade das instalações onde são expostos os alimentos a venda;(figura 01) A falta de boas práticas dos manipuladores e do local;(figura 01)
A presença de animais no ambiente onde são comercializados os
alimentos; (figura 01)
Lixo exposto e ausência de coletores seletivos;(figura 01)
Alimentos in natura sem nenhum tipo de refrigeração adequada;(figura 02)
Manipuladores sem equipamento de proteção individual (EPI’s);(figura 01)
Armazenamento inadequado dos produtos;(figura 02)
Equipamentos impróprios para o processamento de alimentos;(figura 01)






CONCLUSÕES: Conclui-se que, de acordo com os dados obtidos, verificou-se a ausência de boas
praticas para serviço de alimentação, onde os itens edificação, instalação,
equipamentos, manipulação, higienização dos equipamentos e manipuladores não
correspondem ao que diz a resolução nº 216 que normatiza os serviços de alimentação.
Observou-se a falta de fiscalização dos órgãos competentes. Não existe a preocupação
por parte dos consumidores em relação ao risco que os mesmo correm consumindo alimentos
ali comercializados de forma inadequada, favorecendo ao aparecimento de doenças de
origem alimentar (DTA’s).

AGRADECIMENTOS: Ao IFMA pelo apoio financeiro e a logística para a realização do trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: SILVA JR. E. A. Manual de Controle Higiênico Sanitário em Alimentos. 4ª Edição. São Paulo. Editora Varela, 2001.