ÁREA: Iniciação Científica

TÍTULO: Desenvolvimento metodológico de análise de metais em bio-óleo

AUTORES: M. S. HOLANDA (UNB) ; D. A. MOREIRA (UNB) ; A. G. S. PRADO (UNB)

RESUMO: Bio-óleo é uma fonte de combustível renovável,produzido a partir do craqueamento
térmico da matéria orgânica e subseqüente rearranjo dos fragmentos moleculares. A
determinação de metais contidos nesse tipo de bio-combustível é necessária a fim de
garantir qualidade nos combustíveis e diminuir os desgastes nos motores. O método
desenvolvido baseou-se na digestão,usando-se um bloco digestor em diferentes faixas de
temperatura, usando ácidos clorídrico, nítrico e sulfúrico além de peróxido de
hidrogênio. Após a digestão as amostras foram analisadas por espectroscopia de absorção
atômica para Ni, Fe, Zn, Cu e Cr. Foram necessários grandes períodos de tempo para que
ocorresse a total mineralização e possível evaporação de analito ocorreu. Esses fatores
podem inibir as pesquisas com bio-óleo.

PALAVRAS CHAVES: bicombustíveis, bio-óleo, analise.

INTRODUÇÃO: Com a crescente preocupação com relação ao agravamento da poluição ambiental e com a
diminuição das fontes de combustíveis fósseis, o uso de combustíveis de biomassa se
mostra uma saída eficaz para essa problemática [1].
Um desses combustíveis de interesse é o bio-óleo, que é produzido a partir do
craqueamento térmico da matéria orgânica e subseqüente rearranjo dos fragmentos
moleculares. O uso de diferentes tipos de óleos vegetais e diferentes tratamentos
térmicos gera diferentes tipos de bio-óleo, mas todos com características similares
as do diesel de petróleo [2].
Durante o processo de craqueamento, pode ocorrer contaminação do bio-óleo com metais
como Ni, Fe, Zn, Cu e Cr, esses e outros contaminantes são originados do tanque
reacional, tubulação de transporte, catalisadores, etc. A presença desses
contaminantes pode causar conseqüências irreversíveis aos motores [3].
Este trabalho tem como objetivo o desenvolvimento de um método de análise de metais
em bio-óleo


MATERIAL E MÉTODOS: A digestão da amostra foi feita em um bloco digestor Tecnal(modelo DGT 100, 1500) e
capacidade para 6 tubos de digestão de quartzo.
Aliquots de 1,0 mL da amostra de bio-óleo foi colocado em um tubo de digestão e,em
seguida, adicionou-se ácido nítrico, ácido cloridrico, peróxdio de hidrogênio e ácido
sulfurico de acordo com os procedimentos apresentados na tabela 1.
Após a digestão, o tubo foi retirado do bloco digestor, efriado a temperatura ambiente
e
posteriormente as amostras foram analisadas em um espectrômetro de absorção atômica
Shimadzu AA 68/CV-5 para Ni, Fe, Zn, Cu e Cr.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O método de digestão em bloco se mostrou bastante lento e difícil sendo necessário um
longo tempo para completa mineralização devido à formação de componentes de alta massa
molecular, tais como: cetonas, acroleínas e cadeias carbônicas com e sem insaturações.
Na metodologia apresentada o melhor tempo foi de 174 h para completa mineralização.
Os teores dos metais, analisados por absorção atômica com um espectrômetro de absorção
atômica Shimadzu AA 68/CV-5, encontrados nas amostras foram colocados na Tabela 2.






CONCLUSÕES: Os longos períodos necessários para conclusão do processo de mineralização e as
possíveis evaporações de analito são fatores que inibem as pesquisas sobre analise de
metais em bio-óleo, devido à grande massa molecular dos produtos da digestão.
Contudo, a análise desse material pode ser realizada perfeitamente após o dispêndio
de tempo necessário para a mineralização do bio-combustível.


AGRADECIMENTOS: CNPq; FAPDF.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Maher, K.D.; Bressler, D.C. Bioresour. Technol. 2007, 98, 2351.
2 Doll, K. M.; Sharma,B. K.; Suarez , P. A. Z.; Erhan, S. Z. .Energy Fuels 2008, 22, 2061.
3 de Castro, G. R.; de Oliveira, J. D.; Alcântara, I. L.; Roldan, P. S.; Padilha, C. C. F.; Prado, A. G. S.; Padilha, P. M. Sep. Sci. Technol. 2007, 42, 1325.