ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: QUALIDADE DA ÁGUA DE CONSUMO HUMANO EM DUAS ESCOLAS DO CAMPO, CONFRESA-MT

AUTORES: PEREIRA, M. B. (UNEMAT) ; SILVA, P. C. L. (UNEMAT) ; MORAIS, T. C. (UNEMAT)

RESUMO: O presente trabalho teve como objetivo avaliar a qualidade da água consumida em duas Escolas Rurais, Confresa–MT. Realizou-se seis coletas em dois locais distintos, sendo torneira e bebedouro, para avaliações das características físico-químicas tais como: Turbidez (UNT), por meio de um turbidímetro marca Policontrol, modelo AP-2000; Cor (APHA), através de um colorímetro marca Policontrol; Cloro (mg/l), por meio de um Clorímetro marca policontrol; pH com um pHmetro marca Policontrol. E para determinação microbiológica da potabilidade da água para consumo humano referente a coliformes totais e fecais foi utilizado o método Colilert. Nas análises foram obtidos pH entre 5,5 e pH 8,5, não houve presença de cloro e coliformes fecais, no entanto foi detectado a presença de coliformes totais.

PALAVRAS CHAVES: água, qualidade e consumo humano

INTRODUÇÃO: A qualidade da vida está diretamente relacionada com a qualidade dos recursos hídricos. É importante salientar ainda que para o Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), Resolução nº 357/2005 a saúde e o bem-estar humano, bem como o equilíbrio ecológico aquático, não devem ser afetados pela deterioração da qualidade das águas.
De acordo com Mariano et al (2008), a poluição dos recursos hídricos pode acarretar inúmeros problemas à saúde humana uma vez que a água é veículo para os agentes patogênicos na disseminação de doenças. Para Isaac-Marquez et al (2004), esta característica da água como veículo de enfermidades torna a avaliação microbiológica necessária para determinação da qualidade da água servida.
De conformidade com a portaria (518/2004), toda água destina ao consumo humano deve obedecer ao padrão de potabilidade e está sujeita á vigilância da qualidade da água. E é assegurado por esta mesma portaria como deveres e obrigações das secretarias municipais de saúde o exercício a vigilância da qualidade da água em sua área de competência.
A água é um importante veículo de transportes de doenças causadas principalmente por microrganismos patogênicos (AMARAL et al 2003). Segundo Freitas et al (2001), a água é a responsável por um grande número de doenças. Deve-se considerar a existência de uma relação entre a qualidade da água consumida pelo ser humano e a sua saúde. Quando a água consumida por determinada comunidade não possui qualidade, toda esta comunidade está sujeita a problemas de saúde.
Para Amaral et al (2003), o meio rural está ainda mais sujeito as doenças de veiculação hídrica uma que vez que a água consumida são captadas em locais inadequados como poços próximos de fossas e áreas de pastagens ocupadas por animais.


MATERIAL E MÉTODOS: O estudo foi realizado em duas escolas do campo, no Município de Confresa região Nordeste do Estado de Mato Grosso, sendo que ambas estão localizadas à aproximadamente 30 km da sede do Município. Na escola Rural Municipal Novo Planalto consta com 272 alunos e na escola Rural Municipal Jacaré Valente com 175 alunos.
Neste trabalho foram realizadas seis coletas em cada escola sendo três na torneira e três no bebedouro totalizando dose coletas. Foram avaliadas as variáveis: Turbidez (UNT), por meio do Turbidímetro marca policontrol, modelo AP-2000; Cor (APHA), através de colorímetro marca Policontrol; Cloro (mg/l) por meio de um Clorímetro marca Policontrol; pH com um pHmetro marca Policontrol. E foi utilizado o método Colilert, para a determinação de coliformes.
Os dados das análises foram representados em uma tabela e comparados com a legislação vigente (Portaria 518/2004), para a água de consumo humano.
Também foram realizadas entrevistas com representante da secretaria Municipal de Educação, diretor das Escolas do campo e coordenadores das duas escolas em estudo, os questionários eram compostos por quatro questões. Sendo estas relacionadas à água, sua importância para a escola e sua qualidade para consumo humano.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: Nas amostras analisadas não foi detectado presença de cloro, não houve diferença significativa entre o pH da torneira com o pH do bebedouro nas duas escolas, mas apresentou diferença de uma escola para outra variando de pH 5,5 para pH 8,5. Verificou-se uma variação entre a turbidez da torneira e a do bebedouro da escola Rural Municipal Novo Planalto.
Através das entrevistas pode-se perceber que os entrevistados definem a água como um bem precioso e fundamental a vida. Os coordenadores das escolas consideram água importante para as atividades tais como: Limpeza, higiene, consumo humano e ao bom funcionamento de uma escola.
Todos os entrevistados têm conhecimento da importância de se consumir uma água de qualidade, dentro dos padrões de potabilidade estabelecidos pela portaria 518/2004, mas também são sabedores que nas duas escolas estudadas precisa-se de ações que possam melhorar a qualidade da água que está sendo consumida.




CONCLUSÕES: Em conformidade com a portaria 518/2004, nas duas escolas analisadas a água não esta adequada para o consumo humano, por não apresentar os padrões de potabilidade descritos na portaria para a água de consumo humano.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: AMARAL, L. A.; FILHO, A. N.; JUNIOR, O. D. R.; FERREIRA, L. A.;BARROS, L. S. S. Água de consumo humano como fator de risco á saúde em propriedades rurais. Fundação de Amparo á Pesquisa do estado de São Paulo (FAPESP), São Paulo, 2003.
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BRASIL. Resolução CONAMA nº 357, de 17 de março de 2005. Dispõe sobre a classificação de corpos de águas e diretrizes ambientais. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, p. 58, 18 mar. 2005.
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MARIANO, M. B.; VIDAL, C. M. S.; SOUZA, J. B. Avaliação da qualidade microbiológica a água balneabilidade do Salto Manduri, Prudentópolis-PR. VI Semana da Engenharia Ambiental, Campus Irati, Prudentópolis, 2008.
REBOUÇAS, A. C.; BRAGA, B.; TUNDISI, J. G. Águas doces na Brasil: capital ecológico, uso e conservação. 3 ed. São Paulo: Escrituras editora, 2006.