ÁREA: Ambiental

TÍTULO: DETERMINAÇÃO E AVALIAÇÃO DO TEOR DE METAIS EM SEDIMENTOS DO MÉDIO E BAIXO RIO DE CONTAS

AUTORES: CORREIA, L. O. (UESB) ; SIQUEIRA, S. (UESB) ; LEMOS, V.A. (UESB) ; BEZERRA, M.A. (UESB)

RESUMO: RESUMO: O Rio de Contas é um importante rio da região, sua bacia encontra-se completamente no estado da Bahia, suas águas banham regiões urbanas e áreas com forte tendência agropecuária, as quais podem influenciar as características fsico-químicas do sedimento. Neste trabalho, foram coletadas 10 amostras de sedimentos, nos quais foram determinadas as concentrações de Cu, Cr, Fe, Mn, Ni, K, Na e Zn. Análise de Componentes Principais (PCA) foi utilizada para reconhecimento de padrões de agrupamentos entre os pontos estudados. Os resultados foram comparados aos valores estabelecidos pela resolução CONAMA 344/2004.

PALAVRAS CHAVES: palavras-chave: metais, sedimentos, rio de contas

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO: O Rio de Contas está entre os cinco mais importantes cursos d’água do estado da Bahia, é o mais importante da bacia do Rio de Contas. Nasce na Chapada Diamantina e deságua no município de Itacaré, percorrendo cerca de 500km (SÁ; SÁ, 2004). É utilizado para diversos fins, e o estado de degradação em que se encontra, evidencia a necessidade de biomonitoramento para sua recuperação e/ou conservação, assegurando desta maneira a qualidade e quantidade dos recursos que este pode oferecer.
A presença dos metais em sedimentos é muito comum, estes são amplamente utilizados como indicadores de contaminação ambiental. Os metais presentes nos sedimentos são oriundos da lixiviação das substâncias químicas contidas nas rochas, drenagem de água da chuva e descarga de águas de origem urbana, industrial e agropecuária (PEREIRA et al, 2007).
Diante desse panorama, o presente estudo objetivou determinar as concentrações de metais em sedimentos coletados em pontos distintos do médio e baixo Rio de Contas, traçando um comparativo entre os locais de coleta.


MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: As análises foram realizadas no Laboratório de Química Analítica da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia – UESB.
Os sedimentos foram coletados ao longo do médio e baixo Rio de Contas, a uma distancia de 1,5 m a 2,0 m da margem, utilizando um coletor de PVC, confeccionado no laboratório. Após as coletas, as amostras eram acondicionadas em sacos plásticos, mantidos sob refrigeração até a secagem e peneiração. As amostras foram secadas em estufa à temperatura de 60ºC por 24 horas e em seguida peneirados. O processo de extração baseou-se no protocolo da EPA 3051 para metais biodisponíveis, onde a cada 0,1g de sedimento foi adiciona-se 2 ml de HNO3 P.A. e posterior aquecimento assistido por energia de microondas em bombas de digestão ácida de teflon. As amostras foram submetidas à radiação por 2 min. a uma potência média de 350W. Depois da digestão as amostras tiveram o volume completado para 10.0 mL e levadas ao espectrômetro de absorção atômica com chama (FAAS) para determinação de Cu, Cr, Fe, Mn, Ni e Zn. Para determinação de Na e K, utilizou-se um fotômetro de chama. Para analise dos dados foi utilizada a Análise de Componentes Principais (PCA), que é uma técnica muito aplicada para reconhecimento de padrão, sendo possível explicar a discrepância de um grande número de variáveis correlacionadas (OSUMA, 2006).


RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÕES: Com base nos dados de concentração dos metais Cu, Cr, Fe, Mn, Ni, K, Na e Zn nos sedimentos (Tabela1) percebe-se que em alguns pontos analisados muitos estão acima dos limites toleráveis de acordo com a resolução do CONAMA 344/04.
O ponto 9 excedeu os valores máximos de Cu, e Cr, isso pode ser explicado pelo fato do ponto 9 se localizar na foz do Rio de Contas, com extrema relação com o mar, O cromo foi o analito que mais ultrapassou os limites toleráveis, estando presente em altas concentrações nos pontos 1, 3, 4, 7 e 9. O P4 violou em mais de 100% os valores orientadores para Cr estabelecidos pela Resolução CONAMA 344/2004, que é de 37,3 mg/kg. Esses valores são facilmente explicados pois o P4 está localizado no fundo de um curtume (atualmente desativado) que usava cromo para curtir o couro e descartava seus resíduos no curso d’água, isso pode esclarecer ainda as altas concentrações de Cr nas amostras de sedimentos coletadas ao longo do rio. Altos valores de níquel foram encontrados no ponto 2.
A Análise de Componentes Principais (PCA) auxiliou na definição das principais variáveis relacionadas diretamente a distribuição da espécie. As duas primeiras componentes principais explicaram juntos 71,7% dos dados considerados, sendo que o primeiro fator explicou 53,07% e o segundo fator 18,64%.
O gráfico dos escores (Fig 1), evidenciou agrupamento entre os pontos 1, 2, 3, 6, 7 e 8, isso se deve ao fato desses pontos se localizarem em ambientes semelhantes, com pouca vegetação, os pontos 4 e 5 possuem correlação negativa entre si e entre os demais pontos, já os pontos 9 e 10 são fortemente correlacionados.






CONCLUSÕES: CONCLUSÕES: A partir dos dados acima expostos, pode-se concluir que em alguns pontos os metais traço, como o Cr, Cu e Ni, ultrapassaram os valores de referência da Resolução CONAMA 344/2004. Para os outros elementos, as concentrações encontram-se dentro do limite preconizado por essa resolução, entretanto, demandam atenção especial, pois para esses metais os níveis de concentração em alguns pontos encontram-se próximos aos limites recomendados.
Diante dos resultados apresentados para os sedimentos do Rio de contas, sugere-se a implantação de um programa de monitoramento para todos os metais a

AGRADECIMENTOS: CAPES

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS: BRASIL. Conselho Nacional do Meio Ambiente - CONAMA. Resolução CONAMA nº 344, de 25 de março de 2004. Disponível em http://www.mma.gov.br/conama.
OSUMA, R. G. Principal Components Analysis Lecture Notes 9. Texas A&M University, Texas, 2004. http://www.cousescs.tamu.edu/rgutier/cs790-w02.
PEREIRA, J.C., SILVA, A.K.G, NALINI, Jr., H.A., SILVA, E.P., LENA, J.C. Distribuição, fracionamento e mobilidade de elementos-traço em sedimentos superficiais. Quim. Nova, v. 30, nº.5, 1249-1255, 2007
SÁ, T.R.B.T., SÁ, M.T. Os processos espaciais presentes no espaço urbano de Jequié – Bahia. Estudos Geográficos: Revista Eletrônica de Geografia, v. 2, nº.1, p.1-13, 2004 .