ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: PIGMENTOS VEGETAIS COM PROPRIEDADES INDICADORAS QUÍMICO-ANALÍTICAS E SUA UTILIZAÇÃO EM EXPERIMENTOS BÁSICOS DE EQUILÍBRIO QUÍMICO NO ENSINO MÉDIO

AUTORES: VILAR, D. A. N. (UFPA) ; TAVARES, L. C. (UFPA) ; BATALHA, F. N. (UFPA)

RESUMO: O estudo da potencialidade dos vegetais amazônicos como indicadores ácido-base são importantes para a prática pedagógica no ensino de química, pois aborda vários fenômenos envolvendo reversibilidade do equilíbrio químico, a extração de pigmentos em diferentes meios. Com o objetivo de verificar, através de ensaios laboratoriais, o comportamento de determinadas espécies botânicas da região amazônica com potenciais indicadores ácido-base. Verificaram-se mudanças de coloração, que foram registrados em fotografias coloridas. Os resultados mostram importantes abordagens para o ensino de química, pois, enfatizam a exploração de conceitos químicos a partir do cotidiano dos alunos, facilitando o processo ensino-aprendizagem.

PALAVRAS CHAVES: indicadores naturais, experimentação para o ensino de química, equilíbrio ácido-base.

INTRODUÇÃO: A grande diversidade de espécies vegetais disponíveis na natureza contendo compostos orgânicos coloridos tais como flavonóides, taninos, carotenóides, entre outros, tem permitido diversos estudos envolvendo trabalhos didáticos e aplicações industriais (BISHOP, 1972).
O uso de produtos naturais no ensino da Química vem se destacando nos últimos anos. A utilização de pigmentos naturais, como indicadores químicos proporciona uma abordagem didática e interessante para o aluno do Ensino Médio, pois permite a observação das cores dos pigmentos em vários aspectos físico-químicos e analíticos das transformações das reações, possibilitando assim uma correlação direta entre a Química e o cotidiano do aluno (DEGANI ET AL., 1998; OLIVEIRA ET AL., 1998; COSTA ET AL., 2005).


MATERIAL E MÉTODOS: Foram realizadas as extrações em meio hidroalcóolico e aquoso das espécies Berinjela (Solanun Melongena), Cebola roxa (Allium Cepa L), Batata doce (Ipomoea batatas L.), Trevo roxo (Patrense L. do trifolium), Cunhã (Clitorea Ternatea), sendo posteriormente verificado através de ensaios feitos com estes extratos em laboratório, a presença de possíveis propriedades indicadoras químico-analíticas sendo também obtidos espectros de absorção na região do visível e fotografias de amostras que apresentam propriedades de indicadores químico-analíticos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Através de uma tabela criada a partir do resultado das análises realizadas, foi possível observar os comportamentos em meios ácido e básico para as espécies em meio hidroalcóolico e aquoso, foi possível observar que na maioria das análises os resultados foram satisfatórios, as espécies em que foram observadas mudanças de colorações dos extratos em meio ácido e básico são: cebola-roxa (meio ácido, rosa/ meio básico, amarelo esverdeado), trevo-roxo (meio ácido, rosa/ meio básico, verde claro), berinjela (meio ácido, vermelho-alaranjado/ meio básico, castanho escuro) e cunhã (meio ácido rosa/ meio básico, verde claro). Em contra partida a batata doce não apresentou um resultado satisfatório, devido a uma pequena variação de coloração de seu extrato em meio ácido e básico.





CONCLUSÕES: Este trabalho aborda de maneira simples e objetiva a importância da utilização de espécies vegetais no ensino de química, como uma forma de despertar o interesse dos alunos na disciplina, através de experimentos simples que podem ser realizados em todas as suas etapas pelos alunos além de serem acessíveis e de baixo custo, tendo em vista que a maioria das espécies vegetais utilizadas neste trabalho é nativa a maioria da comunidade.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BISHOP, E. Indicators. London: Pergamon Press, 1972.
DEGANI, A.L.G.; CASS, Q. B. e VIEIRA, P. C. Cromatografia: Um breve ensaio. Química Nova na Escola, n. 7, p. 21-25, 1998.