ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: O ENSINO DA TABELA PERIÓDICA COMO OBJETO DE INCLUSÃO DE SURDOS NA DISCIPLINA DE QUÍMICA

AUTORES: SANTOS,R.C. (FAEMA) ; BRONDANI, F.M.M. (FAEMA)

RESUMO:
RESUMO: Mesmo sendo a inclusão escolar garantida por lei, existem polêmicas:
profissionais da educação reclamam das condições de trabalho, da falta de formação
adequada, do número elevado de alunos por turma e desvio na área de formação e
atuação. Em turmas inclusivas com deficientes auditivos é necessária a presença de um
profissional que conheça a Língua Brasileira de Sinais – LIBRAS, bem como de um
professor formado na área que atua, para que possam desenvolver metodologias
alternativas que facilitem o ensino-aprendizagem. Esse trabalho tem como objetivo
facilitar o ensino-aprendizagem em química para turmas inclusivas do ensino médio,
com presença de surdos, sugere-se a exploração da visão como facilitador da
aprendizagem, utilizando jogo da memória para aprender a tabela periódica.

PALAVRAS CHAVES: tabela periódica, jogo da memória, surdos

INTRODUÇÃO: INTRODUÇÃO:A educação inclusiva é a certeza de que todos têm direito de pertencer à
mesma sociedade e freqüentar as mesmas escolas. O Decreto Lei nº 3298/99, em seu
artigo 2º, preconiza que é da responsabilidade do poder público, oferecer aos
cidadãos portadores de deficiência, direitos básicos,como: educação, saúde, trabalho,
,lazer, previdência social, assistência social, transporte, à edificação pública, à
habitação, à cultura, ao amparo a infância e à maternidade entre outros (BRASIL,
1999).
A inclusão social promove uma quebra de paradigmas ao colocar pessoas diferentes em
lugares que não costumam estar, significa, rever o papel da escola e conscientizá-la
de que sua responsabilidade é educar a todos, sem descriminalização (KAFROUNI,2001).
Entende-se que o conhecimento químico para os alunos surdos deve contemplar o
previsto pelos Parâmetros Curriculares Nacionais(PCNs), que é despertar o interesse
de interpretar o mundo e intervir com a realidade, além de promover o desenvolvimento
cientifico-tecnológico, de forma a permitir que os alunos, incluindo os com
necessidades especiais, tenham uma visão crítica do mundo para sua integração social,
política e econômica(BRASIL, 2002).
Esse trabalho propõe a mediação da aprendizagem da tabela periódica para alunos
surdos, através do sentido da visão, com a utilização de jogo da memória, elaborado
a partir dos símbolos, nomes e características dos elementos químicos.


MATERIAL E MÉTODOS: MATERIAL E MÉTODOS: Confeccionou-se no PowerPoint (Microsoft Office 2007) 236 cartas
(118 pares), medindo 6,9 cm X 8,9 cm, impressas em papel casca de ovo e envoltas em
plástico “contact”, contendo em uma das cartas do par o símbolo do elemento químico e
o número atômico, na outra o nome do elemento químico, as características (número
atômico e massa atômica) e propriedades (ponto de ebulição, ponto de fusão, densidade
e eletronegatividade. Durante o jogo, as cartas são dispostas com os lados
descritivos para baixo e o símbolo para cima, cada jogador pode virar apenas duas
cartas e gravar a posição das cartas viradas em jogadas anteriores, para facilitar a
formação de pares.O jogo termina quando todos os pares das cartas são encontrados e o
vencedor será o jogador com maior número de pares.


RESULTADOS E DISCUSSÃO: RESULTADOS E DISCUSSÃO:A função dos jogos didáticos como facilitador da aprendizagem,
deve estar bem definida, o mesmo deve proporcionar o lúdico, que está ligado à
diversão, ao prazer e ao desprazer e também dever exercer a função educativa
(GODOI,2010). A utilização dessa ferramenta pode preencher lacunas deixadas pelo
processo de transmissão-recepção de conhecimentos, em especial para surdos
(CAMPOS,2002). Para o educador, os jogos didáticos permitem que amplie os
conhecimentos sobre algumas técnicas de ensino-aprendizagem desenvolvendo as
capacidades pessoais e profissionais, instigando-o a recriar as práticas pedagógicas
de forma didática.


CONCLUSÕES: CONCLUSÕES: Ao inserir jogos didáticos na disciplina de química, para os alunos surdos
ressalta-se a importância do lúdico, prática que desperta a criatividade, curiosidade e
o interesse dos mesmos pela disciplina, permitindo a compreensão dos conteúdos com
maior facilidade.
É necessário que o educador se interesse pelo estudo de seus alunos surdos, que se
adapte a este novo desafio, que é a inclusão social na educação, pois dele depende o
sucesso ou o fracasso na aprendizagem de seus alunos, que por sua vez, merecem respeito
pelas suas características especiais.


AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA:

BRASIL, Ministério da Educação. Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999. Regulamenta a Lei no 7.853, de 24 de outubro de 1989, dispõe sobre a Política Nacional para a Integração da Pessoa Portadora de Deficiência, consolida as normas de proteção, e dá outras providências. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto/D3298.htm>. Acesso em: 14/05/2011.

BRASIL, Ministério da Educação. Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN+).Ciências da Natureza, Matemática e suas Tecnologias. 2002. 144 p. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seb/arquivos/pdf/CienciasNatureza.pdf>. Acesso em: 14/05/2011.

CAMPOS, Luciana Maria Lunardi; BORTOLOTO, T.M.; FELÍCIO, A. K. C. A produção de jogos didáticos para o ensino de ciências e biologia: um proposta para favorecer a aprendizagem. 2002. Disponível em: <http://www.unesp.br/prograd/PDFNE2002/aproducaodejogos.pdf>. Acesso: 30/05/2011.

GODOI, Thiago Andre de Faria; OLIVEIRA, Hueder Paulo Moisés de; CODOGNOTO, Lúcia. Tabela Periódica - Um Super Trunfo para Alunos do Ensino Fundamental e Médio. Química Nova na Escola, v. 32, n° 1, Fevereiro, 2010. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc32_1/05-EA-0509.pdf>. Acesso: 02/04/2011.

KAFROUNI, Roberta; PAN, Miriam Aparecida Graciano de Souza. A inclusão de alunos com necessidades educativas especiais e os impasses frente à capacitação dos profissionais da educação básica: um estudo de caso. InterAÇÃO, Curitiba, 2001, v. 5. Disponível em: <ojs.c3sl.ufpr.br/ojs2/índex.php/psicologia/article/view/3316/2662>. Acesso em: 14 de abril de 2011.