ÁREA: Química Orgânica

TÍTULO: ASPIRINA: UM FÁRMACO DE IMPORTÂNCIA SECULAR

AUTORES: Maciel, M.A.M. (UFRN) ; Oliveira, G.C. (UFRN) ; Oliveira, F.B. (UFRN)

RESUMO: O ácido acetilsalicílico (AAS), conhecido nas farmácias como aspirina, é um dos medicamentos mais conhecidos e vendidos em todo o mundo. Este ácido é originário do produto natural ácido salicílico que foi isolado de das cascas do “salgueiro-branco”, uma espécie vegetal cientificamente denominada Salix Alba. A história deste ácido precursor da aspirina teve início no século V a.C. com Hipócrates, filósofo e médico grego, considerado o pai da medicina ocidental, que indicava para dores e febres, extratos preparados a partir das folhas e casca de salgueiro branco. Por se tratar de uma substância de estrutura química simples, a aspirina foi obtida em síntese total e em 1997 completou 100 anos, tendo sido o primeiro fármaco sintético empregado na terapêutica,pelo químico Felix Hoffman.

PALAVRAS CHAVES: Aspirina; Histórico; síntese cromatográfica

INTRODUÇÃO: Neste trabalho, alunos de graduação da disciplina “Síntese e Caracterização de Produtos Naturais” do ensino EaD-UFRN trabalharam na identificação deste fármaco utilizando métodos físico-químicos de análise. Para tanto, várias amostras puras ou semi-purificadas foram avaliadas e pelas análises de pureza via cromatografia em camada delgada (CCD), determinou-se o solvente apropriado para purificação via processo de recristalização. As análises subsequentes solubilização, P.F., CCD, revelaram a identidade da amostra investigada. Em linhas gerais, estudos de cromatografia para monitorar a separação de uma mistura em coluna cromatográfica aberta com acompanhamento do grau de pureza via CCD, representa uma técnica de fácil execução quando as misturas não são complexas, com resultados rápidos de baixo custo nas análises químicas. O avanço tecnológico na área de cromatografia possibilitou análises farmacêuticas eficazes para determinar a pureza e composição de fármacos em geral. A cromatografia em camada delgada é usada para determinar a pureza do composto, identificar componentes em uma mistura comparando-os com padrões; acompanhar o curso de uma reação pelo aparecimento dos produtos e desaparecimento dos reagentes e ainda para isolar componentes puros de uma mistura. Sobre a placa espalha-se uma camada fina de adsorvente suspenso em água (ou outro solvente) e deixa-se secar. A placa coberta e seca chama-se "placa de camada fina". Quando a placa de camada fina é colocada verticalmente em um recipiente fechado (cuba cromatográfica) que contém uma pequena quantidade de solvente, este eluirá pela camada do adsorvente por ação capilar. A amostra é colocada na parte inferior da placa. Deve-seformar uma pequena mancha circular.

MATERIAL E MÉTODOS: Utilizou-se 10g de sílica gel e 20mL de água destilada para a obtenção de uma suspenção ao qual placas de vidros foram mergulhadas(cromatoplacas). Após serem secas(mais ou menos 1hora), foram levadas a estufa(120°C por 30 minutos) para ter uma ativação as sílicas. Após as placas já estarem prontas para o experimento, dissolvemos aproximadamente 0,10g de cada amostra a serem testadas (amostra impura e amostra pura) 1,0 ml de solventes adequados (no qual as amostras são solúveis a frio): hexano, hexano-acetato de elila, clorofórmio-metanol e metanol-ácido acético – água. Dessas placas já ativadas, separamos quatro e em cada uma delas colocamos dois spots das soluções que foram preparadas com as amostras (amostra impura e amostra pura). Os spots ficaram a uma distância de 1,0 cm da borda inferior e 0,5 cm das bordas laterais, um deles contendo a amostra desconhecida (amostra impura) e o outro com a amostra purificada. Como os spots postos à placa através de um capilar, começamos no preparo de quatro câmaras cromatográficas contendo em cada um deles quatro eluentes difererentes. Eluente I- Hexano, Eluente II- Hexano–Acetato de etila, Eluente III- Clorofórmio-Matanol, Eluente IV-Matanol–Ácido acético-água. Em seguida colocamos as placas, uma a uma em cada câmara. Nas câmaras II, III e IV a mistura dos eluentes foi de 1 para 1. O tempo que as placas ficaram nas câmaras, estas estavam cobertas até que frente dos eluentes escorrece para a borda superior das placas e de imediato deixamo-las secar para serem reveladas. Nesta última etapa, utilizamos vapores de iodo em uma cuba devidamente fechada contendo a placa cromatográfica durante 10 minutos, onde a revelação se deu através de manchas escuras.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A síntese da aspirina pode ser obtida facilmente pela reação de acetilação do ácido salicílico, um composto aromático bifuncional. No entanto, o fármaco sintético AAS é a forma comercial sintetizada de um composto de ocorrência natural, o salicinato de metila, encontrado na planta Willow Tree, amplamente encontrada na Europa e EUA. O fámaco ASS de fórmula molecular C9H8O4 e peso molecular de 180,2g é estável no ar seco e se apresenta em forma de cristais descoloridos ou brancos, um comprimido é composto de aproximadamente 0,32g de ácido acetilsalicílico. A placa antes da revelação apresentou 2 manchas vistas a olho nu e após a revelação 1 mancha, devido aos vapores de iodo que são capazes de formar muitos complexos. A altura atingida pelo solvente foi de 8cm acima da marcação inicial. A primeira mancha estava a 7,6cm da marcação e a segunda mancha a 1,5cm. A mancha observada após a revelação estava localizada a 3cm do início. Um parâmetro freqüentemente usado em cromatografia é o "índice de retenção" de um composto (Rf). Na cromatografia de camada fina, o Rf é função do tipo de suporte (fase fixa) empregado e do eluente. Ele é definido como a razão entre a distância percorrida pela mancha do componente e a distância percorrida pelo eluente. Portanto: R f =dc d s As propriedades antiinflamatórias do AAS resultam na habilidade da droga em inibir a síntese de certos mediadores químicos (prostaglandinas) que, sob certas circunstâncias, são produzidos e provocam inflamações, com dores sequenciais. Apesar de possuir propriedades medicinais similares ao do AAS, o emprego do ácido salicílico como um fármaco é severamente limitado por seus efeitos colaterais, ocasionando severa irritação na mucosa da boca, garganta e estômago.

Experimento

Amostras no iodo

Calculo

Cálculo do Rf

CONCLUSÕES: Foi somente 70 anos após a descoberta de Hoffmann, entretanto, que o farmacologista britânico John Vane, em 1971, descobriu o mecanismo da ação do AAS no corpo humano: as propriedades antiinflamatórias do AAS resultam na habilidade da droga em inibir a síntese de certos mediadores químicos (prostaglandinas) que, sob certas circunstâncias, são produzidos e provocam inflamações, com dores conseqüentes. A síntese da aspirina é possível através de uma reação de acetilação do ácido salicílico, um composto aromático bifuncional.

AGRADECIMENTOS: A professora Maria Aparecida que nos ajudou em mais uma conquista.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: COLLINS, C. H; BRAGS, G. L. Introdução a métodos cromatográficos. 3. Ed. Campinas: Editora de UNICAMP, 1988.
GONÇALVES, D,; WAL, E.; ALMEIDA, R. R. Química orgânica experimental. São Paulo: McGraw-Hill, 1988.
VOGEL, A. Química orgânica. 3. Ed. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico S.A., 1983.
SOLOMONS, T. G. Química Orgânica. 6.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1996. Volume 1.
DEPARTAMENTO DE QUÍMICA – UFSC. Experiência 01 – Síntese e Purificação do Ácido acetilsalicílico. Disponível em:
http://www.qmc.ufsc.br/organica/index.html
http://pt.wikipedia.org/wiki/%C3%81cido_acetilsalic%C3%ADlico