ÁREA: Alimentos

TÍTULO: Determinação dos teores de umidade e fosfato em grãos de Senna occidentalis L.

AUTORES: Mendonça Moura, L.B. (UFRN) ; Santos Salviano, J. (UFRN) ; Sá Costa, L. (UFRN) ; Vitória de Moura, M.F. (UFRN)

RESUMO: O objetivo do presente trabalho foi determinar e avaliar a umidade e o teor de fosfato na Senna occidentalis L. mais conhecida como Manjerioba, para isso foram utilizados os métodos gravimétrico e espectrofotométrico, respectivamente. As sementes de S. occidentalis foram colhidas em vagens e retiradas das vagens de forma manual. As amostras (sementes) foram secadas em estufa a 105 ºC e depois trituradas para a realização das análises, sendo todas as determinações seguindo as Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz. Como análise estatística dos dados foi realizada a média, seguida do desvio padrão. No que diz respeito aos resultados de umidade e teor de fosfato, as sementes de S. occidentalis apresentaram valores respectivamente de 15,98% e 328,60 mg/100g.

PALAVRAS CHAVES: Senna occidentalis; umidade; fosfato

INTRODUÇÃO: A Senna occidentalis L. (sinonímia Cassia occidentalis) possui vários nomes vulgares, dentre eles “manjerioba”. É uma planta da espécie herbácea nativa das Américas pertencente à família Fabaceae (Leguminosae) e subfamília Caesalpinioideae, cuja propagação dá-se exclusivamente por meio de sementes. Seus frutos são formados dentro de vagens achatadas, mais ou menos retas, de coloração marrom quando madura, com 10 a 14 centímetros de comprimento. A mesma tem uso como alimento cotidiano de classes pobres da Índia e do Sri Lanka. Suas sementes, quando macias, apresentam gosto agradável e similar ao feijão. Quando torradas e moídas, as sementes da S. occidentalis são utilizadas no preparo de uma bebida semelhante ao café. Diante disto, este trabalho teve como objetivo avaliar o teor de fosfato nas sementes da Senna occidentalis L., coletados no Município de Parnamirim-RN, localizado na região metropolitana de Natal.

MATERIAL E MÉTODOS: As sementes de S. occidentalis foram colhidas em vagens e debulhadas somente no laboratório e de forma manual. As sementes foram divididas em duas porções a primeira foi encaminhada para determinação de umidade e a segunda foram secadas na estufa a 105 ºC, e após desidratadas foram trituradas utilizando-se almofariz com pistilo de porcelana para acondicionamento e para a realização dos procedimentos de análises do teor de fosfato. Para a determinação do teor de umidade adotou-se o procedimento de “determinação de umidade por secagem direta em estufa a 105 oC” conforme descrito em “Métodos Físico-Químicos para Análises de Alimentos” do Instituto Adolfo Lutz (Método 012/IV), em que se utilizou uma balança analítica da Tecnal e uma estufa com circulação de ar da Quimis. Para a análise do teor de fosfato seguiu-se o “método do fosfovanadomolibdato”, para tal utilizou-se um espectrofotômetro de duplo feixe que opera na região do ultravioleta e visível da Shimadzu UV-1650pc para obtenção dos valores de absorbância das soluções da amostra. As análises foram realizadas em triplicata e para análise estatística dos dados obteve-se a média e desvio padrão.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O teor de umidade obtido para a amostra das sementes de manjerioba foi de 15,98 % , com desvio-padrão de 0,29. Para a determinação de fosfato procedeu-se a determinação de uma curva analítica para uma série de padrões preparados conforme descrito no método citado. A Figura 1 apresenta os resultados para obtenção da curva analítica para a série de padrões estabelecidos, a equação da curva analítica foi y = 0,0187x + 0,2231. O resultado do teor de fosfato para esta amostra foi de 33,53 % com um desvio-padrão de 0,26.

Figura 1

Curva analitica do fosfato

CONCLUSÕES: O teor de umidade encontrado foi semelhante ao encontrado no café e o teor de fósforo também foi semelhante ao encontrado em grãos e sementes, como o café.

AGRADECIMENTOS: ANP, CAPES, NUPPRAR.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: Instituto Adolfo Lutz (São Paulo). Métodos físico-químicos para análise de alimentos
/coordenadores Odair Zenebon, Neus Sadocco Pascuet e Paulo Tiglea -- São Paulo:
Instituto Adolfo Lutz, 2008, p. 1020.
VOGEL, Análise Química Quantitativa. 6ª ed., LTC – Livros Técnicos e Científicos, Rio de Janeiro, 2002.