ÁREA: Físico-Química

TÍTULO: AVALIAÇÃO DOS PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS DA ÁGUA CONSUMIDA NO IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA EM 2011 E 2012

AUTORES: Santos, L.G.V. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Galvão, P.S. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Sousa, T.L. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Souza, B.R. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Silva, P.G. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Pereira, D.N. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Frank, E.S. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Rolim, L. (IFMA - CAMPUS IMPERATRIZ) ; Fernandes, A.P.S. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA) ; Vieira, J.S.C. (IFMA - CAMPUS ZÉ DOCA)

RESUMO: Uma água propicia ao consumo humano não pode conter contaminantes químicos, físicos ou biológicos. As principais causas da ocorrência de contaminação na água são o descarte de poluentes nos efluentes. Este trabalho teve por objetivo avaliar a qualidade físico-química da água consumida no IFMA - Campus Zé Doca. Foi realizada a caracterização físico-química com amostras coletadas em 22 pontos de amostragem que compõem o espaço do Campus. As análises foram realizadas em triplicata, em 2011 e 2012. Os métodos utilizados para determinação dos parâmetros foram titulométricos com exceção para o pH e temperatura. Os resultados físico-químicos alcançados estão de acordo com os previstos pela ANVISA/MS. Portanto, quanto aos parâmetros físico-químicos á água consumida é de boa qualidade.

PALAVRAS CHAVES: água; análises físico-químicas; zé doca

INTRODUÇÃO: A água doce é um recurso natural finito, cuja qualidade vem piorando devido ao aumento da população e à ausência de políticas públicas voltadas para a sua preservação. Estima-se que aproximadamente doze milhões de pessoas morrem anualmente por problemas relacionados com a qualidade da água. No Brasil, esse problema não é diferente, uma vez que os registros do Sistema Único de Saúde (SUS) mostram que 80% das internações hospitalares do país são devidas a doenças de veiculação hídrica, ou seja, doenças que ocorrem devido à qualidade imprópria da água para consumo humano. (MARTEN & MINELLA, 2002). A água para o consumo humano é aquela cujos parâmetros microbiológicos, físico-químicos e radioativos atendem aos padrões de potabilidade e não oferece risco a saúde da população. De acordo com a origem e tratamento recebido, as características das águas potáveis variam, sendo de grande importância o conjunto de determinações físico-químicas e microbiológicas (IAL, 2008). No Brasil, existem padrões de potabilidade regidos por portarias e resoluções legais, instituídas pelo Ministério da Saúde e Agência Nacional de Vigilância Sanitária por intermédio da Portaria nº 518, de 25 de março de 2004, que estabelece os procedimentos e responsabilidades relativos ao controle e vigilância da qualidade da água para consumo humano e seu padrão de potabilidade(ANVISA, 2004). Neste trabalho de caráter científico objetiva-se analisar a qualidade físico-química da água consumida no IFMA - Campus Zé Doca em 2011 (período chuvoso) e 2012 (período de estiagem), estabelecendo uma comparação entre os resultados alcançados nos dois períodos, e, comparar os resultados obtidos com os padrões estipulados pela Portaria de nº 518 de 25 de março de 2004 da ANVISA (2004).

MATERIAL E MÉTODOS: Foram analisadas amostras coletadas em 22 pontos de amostragem que compõem o espaço físico do IFMA - Campus Zé Doca, sendo que as analises de cada ponto foram realizadas em triplicata e em dois períodos (destes 22 pontos amostrados, vinte e um foram analisados em 2011 e dezenove deles em 2012), totalizando cento e vinte amostras. A coleta das amostras foi realizada em frascos previamente limpos e esterilizados, e, transportados ao Laboratório de Química do Campus Zé Doca. A metodologia consistiu na amostragem de água em diferentes pontos tais como bebedouros, banheiros, laboratórios, lanchonete, cisterna, caixas de água e poço artesiano. As análises como um todo (o processo de amostragem e a caracterização físico-química) foram realizadas como sugerido por MOUCHREK-NASCIMENTO (2005). A caracterização físico-química consistiu na análise em termos de alcalinidade, cloretos, dureza cálcica, dureza em termos de magnésio, pH e temperatura. Cada amostra foi analisada em triplicata totalizando 120 ensaios. Os parâmetros temperatura e cloretos foram os primeiros analisados. Dentre esses parâmetros de caracterização físico-química, somente pH e temperatura não foram analisados por titulometria.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Figura 1 apresenta a caracterização físico-química da água consumida no Campus Zé Doca em 2011. A tabela 01 mostra os resultados das análises físico-químicas do ano 2012. Os resultados expressos para os parâmetros Cloretos, Alcalinidade Total e Dureza Total, são expressos em mg/L. Em ambos os períodos de análise (2011 e 2012), os resultados obtidos quando comparados com a Portaria 518 da ANVISA-MS revelaram que a água consumida no Campus Zé Doca está adequada em termos de potabilidade no tocante aos parâmetros físico-químicos, portanto, nenhum dos parâmetros analisados excedeu o limite estabelecido pela portaria. Dois dos pontos analisados em 2011, não foram analisados em 2012, por estarem inativos, um ponto analisado em 2012 não foi analisado em 2011 por não estar funcionando até então.

Caracterização fisico-química da água consumida em 2011



Tabela 1 - Caracterização fisico-química da água consumida em 2012



CONCLUSÕES: As análises da água consumida no Campus Zé Doca indicam que a mesma está propícia, dentro dos padrões físico-químicos, para consumo humano. Não houve grande variação entre resultados de 2011 e 2012. Logo as análises não excederam os limites estabelecidos pela Portaria 518 de 25 de março de 2004 da ANVISA-MS, entretanto, para que a água seja considerada propícia para o consumo ela precisa passar por análises microbiológicas, para que seja atestado se há ou não a presença de microrganismos patogênicos.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ANVISA/MS. Portaria nº 518, de 25 de Março de 2004. Normas e padrão da potabilidade de água destinada ao consumo humano. Brasília (DF); 2004.
MARTEN, G. H.; MINELLA, J. P. Qualidade da água em bacias hidrográficas rurais: um desafio atual para a sobrevivência futura. Agroecol. e Desenvol. Rur. Sustent. Porto Alegre, vol. 3, n. 4, p. 33-38, 2002. Disponível em: <http://taquari.emater.tche.br/docs/agroeco/revista/ano3_n4/artigo2.pdf>. Acesso em: 13 de julho de 2012.
[IAL] INSTITUTO ADOLFO LUTZ. Métodos químicos e físicos para análise de alimentos. 5. ed. São Paulo: Instituto Adolfo Lutz, 2008.
ANVISA/MS. Portaria nº 518, de 25 de Março de 2004. Normas e padrão da potabilidade de água destinada ao consumo humano. Brasília (DF); 2004.