ÁREA: Química Analítica

TÍTULO: Determinação dos teores de umidade, cinzas e proteína em batata-doce, comercializadas na cidade de Natal/RN

AUTORES: Clemente de Castro, H.G. (UFRN) ; Maciel Olegário, N.L. (UFRN) ; Lira Texeira, L. (UFRN) ; Bezerra de Lima, M.S. (UFRN) ; Vitória de Moura, M.F. (UFRN)

RESUMO: Neste trabalho determinou-se o teor de umidade, cinzas e proteínas em batata-doce Ipomoea batatas. As amostras de batata-doce foram obtidas de supermercados da Cidade de Natal-/RN, sendo adquirido 1 Kg de batatas. Ao chegar ao laboratório procedeu-se a separação das batatas em dois grupos de 500 g cada um, em que um grupo foi encaminhado para cozimento e o outro grupo mantido cru. Os resultados apresentaram que o processo de cozimento influenciou nos resultados obtidos para determinação de cinzas e proteína.

PALAVRAS CHAVES: batata doce; umidade, cinzas, proteina; nutrientes

INTRODUÇÃO: A batata-doce (Ipomoea batatas L.) é uma planta pertencente à família das convolvuláceas. Essa espécie, embora perene, é cultivada como cultura anual e apresenta característica de armazenar reservas nutritivas em suas raízes, possuindo imenso potencial alimentício e industrial. Trata-se de uma cultura típica de climas tropical e subtropical, além de rústica, de fácil manutenção, boa resistência contra a seca e ampla adaptação. É também uma das hortaliças com maior capacidade de produzir energia por área e tempo (kcal/ha/dia). Segundo informações de Martins e Groppo (1997), pode apresentar grande produção de matéria-prima por unidade de área, destaca-se ainda por possuir alto teor de vitamina C e potencial de vitamina A. Em nosso País, a cultura da batata-doce tem sido cultivada, ao longo do tempo, de maneira empírica pelas famílias rurais da Região Nordeste do País, e também em outras localidades. Cultivada em conjunto com diversas outras culturas, visa à alimentação das famílias, principalmente na primeira refeição diária, sendo utilizada na forma de raízes cozidas, assadas ou fritas. Com o crescente êxodo rural, grande parte do consumo de batata-doce foi substituída por produtos de mais fácil preparo e maior atratividade (SILVA; LOPES; MAGALHÃES, 2004).

MATERIAL E MÉTODOS: As amostras de batata-doce foram obtidas de supermercados da Cidade de Natal- /RN, sendo adquirido 1 Kg de batatas. Ao chegar ao laboratório procedeu-se a separação das batatas em dois grupos de 500 g cada um, em que um grupo foi encaminhado para cozimento e o outro grupo mantido cru. Para promover a secagem as amostras de batatas cruas e cozidas foram cortadas em rodelas e colocadas em recipiente retangular de vidro, sendo um para cada grupo de amostra e colocadas em estufa com circulação de ar da QUIMIS para secagem, após secas as amostras foram pulverizadas, tamizadas e armazenadas em recipientes de vidro e rotuladas. As amostras foram nomeadas como BDCC (casca batata-doce crua), BDCZ (casca de batata-doce cozida), BDPC (polpa de batata-doce crua) e BDPZ (polpa de batata- doce cozida). Para determinar o teor de umidade pesou-se, em triplicata, utilizando-se balança analítica da marca TECNAL exatamente 10 g de cada amostra. Os procedimentos para determinação dos teores de umidade, cinzas e proteínas seguiu-se conforme descrito nas Normas Analíticas do Instituto Adolfo Lutz.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A Tabela 1 apresenta os resultados obtidos para as análises realizadas para determinação de umidade, cinzas e proteína em batata-doce. A partir destes resultados observa-se que o processo de cozimento alterou os teores de umidade, cinzas e proteínas da batata-doce. O teor de cinzas diminuiu em cerca de 5% para a polpa e em torno de 45 % para a casca com o cozimento. O teor de proteínas diminuiu em torno de 5% para polpa e aumentou em torno de 12 % para a casca com o cozimento.

TABELA 1



Batata-doce

Figura ilustrativa da amostra de batata-doce analisada.

CONCLUSÕES: Tomando-se como base os resultados obtidos para a batata-doce devemos refletir sobre a utilização das tabelas de composição de nutrientes dos alimentos se o processo de cozimento é considerado para os alimentos que sofrem esse processo para serem consumidos. Os resultados apresentam que a batata-doce é uma boa fonte de minerais e de proteínas. A próxima etapa do trabalho é determinar a composição dos diferentes minerais presentes na batata-doce.

AGRADECIMENTOS: Primeiramente a Deus que é a minha força a CAPES, ao REUNI, a UFRN pela oportunidade de crescimento pessoal e profissional e a minha orientadora.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: SILVA, J. B. C.; LOPES, C. A.; MAGALHÃES, J. S. Cultura da batata-doce (Ipomoea batatas L.). Brasília: EMBRAPA-CNPH, 2004. (Sistema de produção, n. 6). Disponível em: <http://www.cnph.embrapa.br/sistprod/ batatadoce>. Acesso em: 27 jul. 2005.

MARTINS, A. C. N. GROPPO, G. A. Batata-doce (Ipomola Batatas Lam). 2. ed. In: MANUAL técnico das cultu¬ras. Campinas: CATI, 1997. t. 1, p. 199-204.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ.Normas analíticas do Instituto Adolfo Lutz, 2005:Métodos químicos e físicos para análise de alimentos.São Paulo:O instituto

VOGEL,A.;Química Analítica Qualitativa , editora mestre Jou , São Paulo, SP, 2005.
ANVISA – Agencia Nacional de Vigilância Sanitária http://www.anvisa.gov.br/divulga/noticias/2007/28050. Acessada em 08 de Julho de 2011