ÁREA: Ambiental

TÍTULO: AVALIAÇÃO DA TOXIDADE DAS ÁGUAS DA BACIA HIDROGRÁFICA DO MAXARANGUAPE ATRAVÉS DA DETERMINAÇÃO DO IT - ÍNDICE DE TOXIDEZ.

AUTORES: Rachel Fernandes da Costa, P. (UFRN) ; Karla de Souza Xavier, D. (UFRN) ; Hozana Bezerril, R. (UFRN) ; Patrícia Souza Duarte Pontes, J. (UFRN) ; Alberto Martinez Huitle, C. (UFRN) ; Ribeiro da Silva, D. (UFRN)

RESUMO: A bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape, é uma das mais importantes do Estado do Rio Grande do Norte, pela sua localização e pelo seu potencial hídrico e vem sofrendo ao longo dos anos processos perturbadores da dinâmica e do equilíbrio do seu ambiente natural. Então, por esse motivo, este trabalho teve por finalidade avaliar a sua toxidade através da determinação do IT - índice de toxidez e confrontar os resultados com o limite estabelecidos pela Resolução CONAMA N° 357/20052, onde se pode concluir através dos resultados que estas águas já se encontram contaminadas, pois Foram detectadas concentrações de metais elevados, ultrapassando o limite permitido pela resolução CONAMA N° 357/2005.

PALAVRAS CHAVES: Índice de Toxidez; Bacia Hidrográfica ; Maxaranguape.

INTRODUÇÃO: Os recursos hídricos são de grande importância para a manutenção da vida na terra, pois são essenciais para a satisfação das necessidades humanas básicas (LUZ, 2009) e apesar de as leis ambientais de controle da poluição das águas terem evoluído ao longo dos tempos, isso não impediu o lançamento constante de enormes volumes de rejeitos industriais, agrícolas e domiciliares nos cursos hídricos (FURRIELA, 2001). A existência de níveis elevados de metais nos corpos de água é devido a despejos decorrentes principalmente de processos industriais na forma de substâncias químicas orgânicas e/ou inorgânicas ou ainda de origem natural, oriunda da própria rocha matriz. Em geral, metais tóxicos estão presentes em quantidades diminutas no meio aquático por ação de fenômenos naturais, mas podem ser despejados em quantidades significativas por atividades industriais, agrícolas e de mineração (LIMA, 2004) e diferenciam-se dos compostos orgânicos tóxicos por não serem degradáveis, de maneira que podem acumular-se nos componentes dos ambientes onde manifestam a sua toxicidade (SILVA, 2009). A bacia hidrográfica é definida como uma área de captação natural da água da precipitação que faz convergir os escoamentos para um único ponto de saída, seu exutório, onde de acordo com o IGARN, a bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape, é uma das mais importantes do Estado do Rio Grande do Norte, pela sua localização e pelo seu potencial hídrico e vem sofrendo ao longo dos anos processos perturbadores da dinâmica e do equilíbrio do seu ambiente natural. Então, por esse motivo, este trabalho teve por finalidade avaliar a toxidade das águas do Maxaranguape através da determinação do IT - índice de toxidez (CETESB, 2008)

MATERIAL E MÉTODOS: Inicialmente foi realizada a coleta das amostras em três etapas, sendo duas estações amostrais distribuídas ao longo da Bacia do Maxaranguape. Este esquema de amostragem foi anteriormente posicionado com um receptor GPS sendo que, todos os dados utilizados foram convertidos para o sistema de coordenadas UTM. Para garantir e preservar as características das amostras desde a coleta até o momento de sua análise foi utilizado procedimentos de conservação que levam em consideração o agente conservante, o tipo de recipiente e o volume adequado para a determinação de cada parâmetro. Para todos os parâmetros em estudo, seus resultados foram confrontados com os limites estabelecidos pela Resolução CONAMA N° 357/20052.Na determinação de metais as amostras foram inicialmente conduzidas para o processo de digestão, onde esta consiste em colocar a amostra (20 mL) e o ácido (1 mL de HNO3) num copo de teflon hermeticamente fechado e submetê-los a um forno de micro-ondas, com duração de seis minutos utilizando uma potência de 300 W e depois repete-se a digestão novamente de seis minutos utilizando uma potência de 0 W para resfriar a amostra. Depois de finalizada a digestão, as amostras foram filtradas em papel de filtro quantitativo e transferidas cada uma para o frasco de polietileno para efeito de leitura através da técnica de Espectroscopia de Emissão com Fonte de Plasma Indutivamente Acoplado no ICP-OES. Logo depois de se obter os resultados da quantidade dos sete metais considerados tóxicos presente nas águas da Bacia Hidrográfica do Maxaranguape, se calculou o IT – Índice de Toxidez. Quando algum destes parâmetros apresenta valor acima do estabelecido pela resolução CONAMA 357/2005, o IT é igual a zero (0), quando não, é igual a um (1).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Para o ponto de amostragem MAX 1, de acordo com os resultados encontrados e apresentados na Tabela 2, observa-se que apenas os elementos Chumbo e Zinco encontram-se ultrapassando o limite estabelecido pela resolução para a primeira coleta. Já na segunda coleta todos os metais se encontram dentro do limite estabelecido. Ocorre também o mesmo na terceira coleta, a diferença é que os resultados para Cobre e Zinco ultrapassam apenas o limite de detecção do equipamento. Para o ponto de amostragem MAX 2 como mostrado na Tabela 3, observa-se que na primeira coleta, os elementos Chumbo e Zinco, se encontram ultrapassando o limite instituído pela legislação,assim como para a terceira coleta, que o elemento de Cobre também passa do limite estabelecido. Já na segunda coleta nenhum elemento excede o limite, estando assim, todos dentro da conformidade exigida.Observando os valores para o ponto de amostragem MAX 1 percebe-se que apenas na primeira coleta, o resultado de IT foi igual a 0 (zero), ou seja, se encontra fora da conformidade, devido as concentrações dos elementos Chumbo e Zinco se encontrarem maior que o valor limite instituído pela resolução CONAMA N° 357/2005. Já para a segunda e terceira coleta, todos os elementos se encontram dentro da conformidade exigida pela legislação, dando assim, o resultado IT igual a 1 (um). Já o ponto de amostragem MAX 2, observa-se que na primeira e terceira coleta, os resultados de IT são iguais a 0 (zero), ou seja, isso significa que os elementos Chumbo e Zinco na primeira coleta estão acima do limite estabelecido e na terceira coleta, o Cobre se encontra também excedendo o limite exigido. Apenas na segunda coleta, todos os metais se encontram dentro dos limites, sendo assim, o resultado para o IT igual a 1 (um).









CONCLUSÕES: Durante as três etapas de coletas realizadas, com o objetivo de se conhecer a atual situação das águas da Bacia Hidrográfica do Maxaranguape quando se trata da sua toxidade, pode-se concluir que Foram encontrados concentrações de metais elevados, ultrapassando o limite permitido pela resolução CONAMA N° 357/2005, confirmando assim, a contaminação desses corpos d’água, como mostra os resultados encontrados para os pontos de amostragem MAX 1 e MAX 2 e ainda pode-se concluir que o homem é o maior causador pelas alterações da composição da água, usando rios como descargas de poluentes, contaminand

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CETESB - COMPANHIA DE TECNOLOGIA DE SANEAMENTO AMBIENTAL. IQA:
Índice de qualidade das águas. Disponível em: <http://www.cetesb.sp.gov.br/Agua/rios/indice_iap_iqa.asp>. Acesso em: 15 abr 2008.

CONAMA - CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE – (BRASIL). Resolução N°357, de 17 de março de 2005. Disponível em: <http://www.mma.gov.br/port/conama/res/res05/res35705.pdf> . Acesso em: 17 de Abr. 2008.


FURRIELA, R. B. Educação para o consumo sustentável. In: CICLO DE PALESTRAS SOBRE MEIO AMBIENTE, 2001, São Paulo. Resumo... São Paulo: Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor Disponível em: <http://www.inep.gov.br/download/cibec/pce/2001/47-55.pdf>. Acesso em: 23 maio 2009.

IGARN - INSTITUTO DE GESSTÃO DAS ÁGUAS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE. IGARN realiza inspeção no rio Maxaranguape. Disponível em: <http://www.igarn.rn.gov.br>. Acesso em: 20 fev 2008.

LIMA, A. M. Limnologia e qualidade ambiental de um corpo lêntico receptor de efluentes tratados da indústria de petróleo. 2004. 144f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Química) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Química, Universidade Federal do Rio Grande do Norte, Natal, 2004. Disponível em: <ftp://ftp.ufrn.br/pub/biblioteca/ext/bdtd/AnitaML.pdf>. Acesso em: 17 ago 2009.

LUZ, C. N. Uso e ocupação do solo e os impactos na qualidade dos recursos hídricos superficiais da Bacia do Rio Ipitanga. 2009. 130f. Dissertação (Mestrado em Engenharia Ambiental Urbana) – Programa de Pós-Graduação em Engenharia Ambiental Urbana, Universidade Federal da Bahia, Salvador, 2009. Disponível em: <http://www.meau.ufba.br/site/system/files/2009_Charlene_Luz.pdf>. Acesso em: 10 fev 2009.

SILVA, M. R. C. Estudos de sedimentos da Bacia Hidrográfica do Mogi-Guaçu, com ênfase na determinação de metais. 2002. 113f. Dissertação (Mestrado em Química) – Pós- graduação em Ciências (Química Analítica), Universidade São Paulo, Instituto de Química de São Carlos, São Carlos, 2002. Disponível em: <http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/75/75132/tde-02092002-165919/pt-br.php>. Acesso em: 17 nov. 2009.