ÁREA: Ambiental

TÍTULO: AVALIAÇÃO AMBIENTAL DO PARQUE ESTADUAL DO BACANGA, SÃO LUÍS, MA.

AUTORES: Frazão Conceição, C.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO) ; Oliveira dos Anjos, N. (FACULDADE SANTA TEREZINHA) ; Ferreira de Souza, A.C. (FACULDADE SANTA TEREZINHA) ; Nogueira Ramos, I.A. (FACULDADE SANTA TEREZINHA) ; Lopes Santos, L.R. (FACULDADE SANTA TEREZINHA) ; de Souza Pinheiro, A. (FACULDADE SANTA TEREZINHA)

RESUMO: O Parque Estadual do Bacanga é uma Área de Preservação Permanente - APP. Entre seus bens naturais encontra-se o rio Mãe Izabel, manancial que alimenta a estação de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão, instalado dentro da área de proteção. Devido sua importante localização dentro da área urbana de São Luís e sua relevância ecológica, este artigo veio a fazer uma análise das condições ambientais em que se encontra o Parque e o Rio Mãe Izabel.

PALAVRAS CHAVES: DEGRADAÇÃO; OCUPAÇÃO DESORDENADA; ÁREA DE PRESERVAÇÃO

INTRODUÇÃO: O Parque Estadual do Bacanga criado pelo governo do Estado do Maranhão por meio do Decreto-Lei nº 7.545 de 2 de março de 1980, está localizado na região norte do Estado do Maranhão e ocupa a área centro-oeste da ilha de São Luís e parte da zona central do município de São Luís, capital do Estado (Sematur, 1992) e apresentando área total de 3.601ha. (RIOS, 2005. p.74). O referido Parque tem sua localização na cidade de São Luís, MA, situado à Avenida dos Franceses, próximo à Rodoviária da cidade, sendo este o portão de entrada da Estação de Tratamento de Água e Saneamento Ambiental do Maranhão – CAEMA, que abastece seu reservatório com água oriunda do rio Mãe Isabel. A APA, tem sua localização próxima à Linha do Equador estando distante à 2º18’. (CASTRO et al., 2002), O Parque em parte está inserido no Distrito Industrial. “O Parque Estadual do Bacanga apresenta plano de manejo. Elaborado em 1992, o plano visou principalmente o fornecimento de diretrizes básicas para a implantação efetiva e administração da área a ser conservada. A fim de cumprir os objetivos do plano, o Parque foi dividido em zonas específicas, dentre essas áreas, a zona de Uso Extensivo, caracterizada por todo trecho de manguezal que acompanha o limite do Parque até o igarapé do Tapete (ponto de encontro com o rio Bacanga), A área de manguezal corresponde a uma faixa muito estreita, restrita praticamente às margens do rio Bacanga. As espécies mais comuns observadas são Avicenia sp. E Laguncularia racemosa. Segundo as normas do plano de manejo, nesta zona não é permitido o acesso de visitantes em veículos particulares, sendo ainda proibido o pernoite a não ser para pesquisa científica autorizada pela Direção do Parque".(OGX, 2009).

MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho é resultado da visita realizada ao Parque Estadual do Bacanga, ocorrida em oito de janeiro de dois mil e doze. Em único dia, levantou-se um estudo de campo no Parque Estadual do Bacanga, abrangendo a Estação de Tratamento de Água pertencente à CAEMA (Companhia de Saneamento Ambiental do Maranhão), a fim de caracterizar danos ambientais, realizando análises físico-químicas do rio Mãe Isabel e em um riacho localizado em suas proximidades. O trabalho foi dividido em etapas, onde no primeiro momento, as duas equipes responsáveis pelos aparelhos de GPS fizeram a marcação das coordenadas de início do trabalho marcando o primeiro ponto (Coordenadas: 0583037 - 9716036) foi utilizado Kit Mutiparâmetro, para analise de pH, condutividade, OD (Oxigênio Dissolvido), porcentagem de saturação e temperatura da água, tambem foram feitas análises da transparência do corpo do rio, onde foi utilizado o disco de Secchi (com corda não milimetrada). O molinete, aparelho utilizado para medir a velocidade da água, bem como a condutividade em qualquer profundidade do curso d’água, foi utilizado por uma voluntária que, usando o macacão impermeável, entrou na água já no segundo ponto e fez a amostragem e uso do equipamento. Já no segundo ponto (Coordenadas: 0582660 – 9715542) foram feitas as análises da água do Riacho, onde se mediu saturação, temperatura, condutibilidade, pH, Oxigênio Dissolvido, fatores estes colocados em evidência no tópico(RESULTADOS E DISCURSÕES).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: QUALIDADE DA ÁGUA: Foram coletadas amostras de água no Rio Mãe Isabel e em um riacho localizado em suas proximidades, análises físico-químicas foram feitas in loco, os resultados obtidos assim representados na Tabela abaixo. Tomando com base a resolução CONAMA Nº 357, de 17 de março de 2005, todos os padrões que dispõe sobre a classificação dos corpos d’água e diretrizes ambientais para seu enquadramento [...], os parâmetros analisados no rio, todos se encontram dentro dos valores máximos permitidos pela resolução, tornando assim apta à captação, tratamento e abastecimento para consumo humano. Os parâmetros analisados que valores ultrapassam permitidos pela resolução CONAMA, no riacho, são: OD (Oxigênio Dissolvido), em qualquer amostra, não deve ser inferior a 6,0 mg/L O2, parâmetro analisado muito inferior do valor máximo permitido pela CONAMA, água com baixa concentração de oxigênio dissolvido; pH, valor que deve estar entre 6,0 a 9,0, parâmetro medido no riacho abaixo do permitido, ainda neste ponto, foi verificada uma água sem odor e com 100 % (cem) de transparência. QUALIDADE AMBIENTAL: Nos levantamentos de campo constataram-se ocorrências predatórias no interior da área do da área de estudo, como ocupações irregulares pelo crescimento de várias vilas e comunidades existentes no interior da área do Parque, além das degradações ambientais causadas principalmente pela exploração dos recursos naturais existentes e uso das suas potencialidades.

TABELA DE PARÂMETROS

PARÂMETROS ANÁLISADOS NO RIO E EM UM RIACHO.

CONCLUSÕES: Posteriormente visita ao campo e análises feita in loco, foi possível constatar vários danos ambientais ao Parque e ao rio, danos ocasionados principalmente pelo surgimento de um bairro de maneira desordenada e irregular, sujeitando à área intervenções antrópicas, que suprimiram grande parte de sua mata nativa e o aparecimento de lixões e queimadas. Medidas mitigadoras, como o remanejamento dos moradores da área, reflorestamento das áreas suprimidas, fiscalização e educação ambiental são recursos que podem minimizar os impactos já ocasionados ao longo do tempo à unidade de conservação.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CASTRO, A. C. L. et al. Projeto de desenvolvimento sustentável do Bacanga. 2002. p. 48.

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE - CONAMA. 2005. Resolução Conama no 357. Disponível em:< www.mma.conama.gov.br/conama> Acesso em 18/01/2012.

RESOLUÇÃO CONAMA. Nº 357 DE 17 DE MARÇO DE 2005.

SEMATUR, Secretaria de Meio Ambiente e Turismo. Plano de Manejo do Parque Estadual do Bacanga. São Luís, 1992. p. 125.

OGX. Diagnóstico Ambiental. São Luís, 2009. p. 277.

RIOS, L. Geografia do Maranhão. 4. ed. São Luís: Central dos livros, 2005. p. 74.