ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: COMO ANDA A DIVULGAÇÃO SOBRE JOGOS DIDÁTICOS PARA O ENSINO DE QUÍMICA NA REVISTA QNEsc?

AUTORES: Alencar da Mata, V. (UNIVASF) ; Sousa Ribeiro, J. (UNIVASF) ; Cosme Andrade, K. (UNIVASF) ; Cleophas, M.G. (UNIVASF) ; Cavalcante Mota, T. (UNIVASF) ; Cavalcante Mota, G. (UNIVASF) ; Negreiros, C. (UNIVASF)

RESUMO: As revistas científicas exercem um importante papel no processo de ensino e aprendizagem por apresentarem espaço aberto ao leitor, levando-o a oportunidade de agregarem conhecimentos científicos ao seu cotidiano. Estão sendo usadas em várias instituições de ensino, pois abordam temas atuais e assim enriquecem os conteúdos, tornando-os mais atrativos. Dentre estas, foi selecionada e analisada a revista Química Nova na Escola, pois está entre as mais conceituadas na área de Ensino de Química, servindo como ferramenta nos níveis fundamental, médio e superior. O trabalho objetiva fazer uma ampla varredura com base nos volumes já divulgados, desde a sua criação, sendo que apenas quatro artigos foram divulgados sobre a produção e ou inserção de jogos didáticos voltados para o ensino da Química.

PALAVRAS CHAVES: Ensino de Química; Ludicidade; Jogos

INTRODUÇÃO: A revista Química Nova na Escola propõe-se subsidiar o trabalho, a formação e a atualização de temas atrelados a Química perante a comunidade que executa o Ensino de Química, pois, representa um espaço aberto ao educador, suscitando debates e reflexões sobre o ensino e a aprendizagem de diversos temas da Química. Esta revista proporciona através de alguns de seus artigos, vários tipos de temáticas sobre a Química, contribuindo, para uma melhor assimilação dos conteúdos transmitidos em sala de aula, possibilitando, uma melhor internalização entre a teoria e a prática educacional. De acordo com WANDERLY (2007) é notória a existência de uma grande dificuldade no ensino de ciências exatas, tais como a Química, pois geralmente os alunos têm certa aversão a essa disciplina por considerarem os conteúdos complexos ou pouco inteligíveis. Esta constatação, causada por vários fatores é uma das fontes de dificuldade do ensino dessa ciência, que influencia o aprendizado dos alunos causando mais repulsa em aprender certos conceitos. Ultimamente, como forma de atenuar estes problemas, várias alternativas metodológicas tem sido executadas, tais como a produção de jogos didáticos aplicados no ensino de Química. Segundo BORGES e OLIVEIRA (1999) os jogos têm uma importante relação com o desenvolvimento da inteligência, sendo uma ferramenta útil para o processo de motivação e para o aprendizado de conceitos de difícil assimilação perante os alunos. O objetivo deste trabalho visa promover uma pesquisa de caráter investigativo sobre a revista Química Nova na Escola, acerca da divulgação de artigos relacionados com a utilização de jogos, verificando quantos foram divulgados, desde a primeira edição, destinados a facilitar o processo de ensino e aprendizagem da Química em sala de aula.

MATERIAL E MÉTODOS: Para a realização do presente trabalho, foi realizado um levantamento minucioso, sobre todas as publicações já divulgadas da revista Química Nova na Escola, em relação à divulgação de jogos lúdicos voltados para o Ensino de Química. A escolha desta revista como objeto de pesquisa foi devido a sua referência no campo da educação em Química, por divulgar diferenciadas alternativas metodológicas para o ensino dessa Ciência, levando conhecimento para um público de estudantes e professores. A QNEsc nasceu no ano de 1995 com uma proposta de ser dirigida apenas a professores de Química e inicialmente era lançada com uma periodicidade semestral (até 2007), disponibilizados apenas para assinantes. A partir de 2008, passou a ser lançada trimestralmente e está disponível no site www.qnesc.sbq.org.br na íntegra e de forma gratuita em formato pdf. Esta pesquisa teve como meta realizar uma varredura quantitativa sobre os diversos artigos que já foram lançados pela revista Química Nova na Escola sobre o uso de jogos no ensino de Química. A ideia é mapear, perante esta revista, a produtividade em relação aos jogos didáticos para o ensino de Química, já que, atividades lúdicas, tal como o jogo, são consideradas por inúmeros autores, ferramentas potenciais que tendem a auxiliar o processo de ensino e aprendizagem dos estudantes em relação a diversos conceitos desta Ciência Química, alterando assim alguns paradigmas que ainda são predominantes no ensino tradicional da Química. Todas as informações, aqui levantadas, foram obtidas a partir do site da própria revista.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Ao analisar a revista, verificamos que desde a sua criação, apenas quatro artigos foram divulgados sobre a produção e ou inserção de jogos didáticos voltados para o ensino da Química. Dentre eles, destacamos: Proposta de um jogo didático para ensino do conceito de Equilíbrio Químico publicado em novembro de 2003, Júri Químico: Uma atividade lúdica para discutir conceitos químicos, maio de 2005, O ludo como um jogo para discutir conceitos em Termoquímica, maio de 2006 e Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula, maio de 2012. • No artigo “Proposta de um jogo didático para ensino do conceito de Equilíbrio Químico”, tem por finalidade a aplicação de um jogo para facilitar o entendimento do conceito de equilíbrio químico, utilizando materiais de baixo custo para agregar o aspecto tanto conceitual como disciplinar; • Júri Químico: Uma atividade lúdica para discutir conceitos químicos: o objetivo desta atividade é desenvolver em sala de aula um júri simulado, no qual discute a função do lúdico como ferramenta de desenvolvimento cognitivo; • O ludo como um jogo para discutir conceitos em Termoquímica: propõe trabalhar conceitos de Termoquímica, com o objetivo de mostrar que a utilização de atividades lúdicas pode ser uma alternativa viável em sala de aula auxiliando na aprendizagem; • Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula: aborda a importância da utilização dos jogos como recursos pedagógicos, além de enfatizar o real significado da educação lúdica para que possam aplicar os jogos adequadamente nas aulas de Química. A partir dos dados levantados foi possível perceber que ainda existe um longo caminho no que se refere à produção de jogos didáticos para o ensino de Química.

CONCLUSÕES: Faz-se necessária a aplicação de artifícios inovadores nas escolas, a fim de proporcionar aos estudantes uma melhor compreensão dos conteúdos, já que no ensino básico são pouco utilizadas estas ferramentas, logo o jogo, se configura como um potencial recurso pedagógico que pode ser utilizado perante o ensino de Química, pois facilita o desenvolvimento cognitivo do aluno. Os jogos, mesmo tendo bastante atenção de diferentes autores, a sua divulgação dentro desta revista ainda é bastante discreto, pois desde 1995 até os dias atuais, apenas quatro artigos foram divulgados contendo este tema.

AGRADECIMENTOS: Ao grupo de Pesquisa POPEHQUIM/UNIVASF (Popularizando o ensino e a História da Química), coordenado pela Professora Graça Porto.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BORGES, M.A.F e OLIVEIRA, S.P. Learning biology with gene. Proceedings of the PED’99 Conference, Exeter, England, 1999.
WANDERLY, K. A., et al. Pra gostar de química: um estudo de motivação e interesse dos alunos da 8ª série do ensino fundamental sobre química. In: ICNNQ. 2007. Resumo... Pernambuco, 2007.
<http://www.qnesc.sbq.org.br>. Acesso em 27 junho 2012.
<http://www.cienciasecognicao.org>. Acesso em 02 julho 2012.