ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: BINGO DOS RADICAIS ORGÂNICOS: UMA FERRAMENTA DE AVALIAÇÃO

AUTORES: Silva, J.C.S. (PIBID/IFPB - CAMPUS JOÃO PESSOA) ; Silva, R.C. (PIBID/IFPB - CAMPUS JOÃO PESSOA) ; Lorenzo, J.G.F. (PIBID/IFPB - CAMPUS JOÃO PESSOA) ; Neto, A.S. (PIBID/CEEEAS) ; Santos, M.L.B. (PIBID/IFPB - CAMPUS JOÃO PESSOA) ; Santos, S.R.B. (PIBID/IFPB - CAMPUS JOÃO PESSOA)

RESUMO: O bingo foi criado para facilitar a compreensão e a internalização dos principais radicais orgânicos, tendo em vista a grande dificuldade que os alunos apresentam em aprender as regras de nomenclatura de química orgânica, sendo utilizado como instrumento de avaliação. A avaliação da atividade lúdica constatou que a maioria da turma apresentou opiniões positivas e que houve uma significativa aprendizagem. Diante disso, torna-se perceptível a necessidade do desenvolvimento e aplicação de atividades lúdicas como metodologia alternativa, rompendo com o tradicionalismo tão presente nas aulas de Química.

PALAVRAS CHAVES: lúdico; ensino; avaliação

INTRODUÇÃO: Grande parte dos alunos apresentam dificuldades em aprender as regras de nomenclatura determinadas pela IUPAC, sendo de fundamental importância conhecer os principais radicais orgânicos, pois estes influenciam na nomenclatura das cadeias ramificadas. Ao avaliar o professor deve utilizar técnicas diversas e instrumentos variados, para que se possa diagnosticar o começo, o durante e o fim de todo o processo avaliativo, para que a partir de então possa progredir no processo didático e retomar o que foi insatisfatório para o processo de aprendizagem dos educandos (SANTOS e VARELA, 2007). Os jogos são indicados como um tipo de recurso didático educativo que podem ser utilizados em momentos distintos, como na apresentação de um conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao conteúdo, como revisão ou síntese de conceitos importantes e avaliação de conteúdos já desenvolvidos (CUNHA, 2004). Segundo Kishimoto (1994), o jogo, considerado um tipo de atividade lúdica, possui duas funções: a lúdica e a educativa, sendo que elas devem estar inseridas em equilíbrio de forma que não haja prevalência de uma das funções. O prazer é um fator que contribui para a eficácia da relação ensino-aprendizagem e o jogo pode ser uma ferramenta importante dessa relação. A partir do que foi explicitado, os objetivos principais desse trabalho são: construir um bingo envolvendo os principais radicais orgânicos, a fim de que se tenha mais uma ferramenta de ensino para facilitar a aprendizagem de conceitos químicos; propiciar a sociabilização dos alunos durante a aplicação de modo a facilitar o ensino-aprendizagem e utilizar o lúdico como instrumento de avaliação.

MATERIAL E MÉTODOS: O presente trabalho foi desenvolvido obedecendo a seguinte ordem de elaboração: escolha do conteúdo a ser trabalhado; pesquisa bibliográfica; construção do jogo didático; aplicação do mesmo e avaliação da atividade, sendo aplicado em uma turma do 2º ano noturno com 20 alunos. No Bingo dos Radicais Orgânicos foram confeccionadas 20 cartelas de papel ofício impressas e fixadas em papel cartão, contendo cada uma a estrutura de 12 radicais orgânicos, os quais poderiam ser dos seguintes grupos substituintes: alquila, alquenila, alquinil, cíclicos e arila. O nome de cada radical confeccionado com papel ofício impressos e fixados em papel cartão foi colocado em um saco para que durante o jogo fosse sorteado e os alunos marcavam com marcadores de EVA (Figura 1), de tal forma que o aluno que preenchesse a cartela primeiro seria o vencedor. Após o bingo foi entregue um questionário onde os alunos analisaram e opinaram sobre a aplicação do jogo.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: O Bingo dos Radicais Orgânicos foi comprovadamente bem sucedido como recurso didático, e, este sendo utilizado como avaliação foi mais prazeroso para o docente e principalmente os discentes, assim constatou-se a afirmação que Cunha (2004) havia proposto. Com a análise dos dados contidos no questionário entregue aos discentes após a aplicação do Bingo, constatou-se que a maioria destes apresentaram opiniões positivas em relação à aplicação e que houve uma significativa aprendizagem (Tabela 1). Esse resultado ratifica o que Kishimoto (1994) diz: o jogo tem função lúdica e educativa. Essas duas funções foram comprovadas com a observação do resultado do questionário e também da observação durante toda a aplicação, pois houve interação, empenho e clara internalização do conteúdo.

TABELA 1: QUESTIONÁRIO DE AVALIÇÃO DA ATIVIDADE LÚDICA

Tabela referente ao modelo de questionário de avaliação da atividade lúdica aplicado na turma que participou do Bingo.

FIGURA 1 – BINGO DOS RADICAIS ORGÂNICOS

Imagem referente ao Bingo que corresponde à parte de "MATERIAL E MÉTODOS", elaborado com a finalidade de ser uma ferramenta avaliativa.

CONCLUSÕES: A partir dos resultados obtidos conclui-se que o lúdico é uma ferramenta auxiliar de grande importância no ensino da disciplina Química, uma vez que rompe com a mera exposição de conteúdos e exercícios, assim propiciando uma melhor aprendizagem atrelada ao prazer do jogo. A descontração, interação e o comprometimento entre os discentes trazem como consequência o interesse pela disciplina, além de proporcionar ao alunado subsídios para continuidade da aprendizagem nos assuntos sucessores.

AGRADECIMENTOS: A Deus, CAPES, PIBID e a Direção do Centro Estadual Experimental de Ensino- Aprendizagem Sesquicentenário - CEEEAS

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: CUNHA, M. B. Jogos de Química: Desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. ENEQ 028-2004.
KISHIMOTO, T. M. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
SANTOS, M. R. dos; VARELA, S. A avaliação como um instrumento diagnóstico da construção do conhecimento nas séries iniciais do ensino fundamental. Disponível em: <http://web.unifil.br/docs/revista_eletronica/educacao/Artigo_04.pdf> Acesso em: 04/07/2012.