ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: O UNIVERSO PARALELO DAS DROGAS NAS AULAS DE QUÍMICA ATRAVÉS DE JOGOS DIDÁTICOS.

AUTORES: Silva, M.M.O. (UECE) ; Liberato, M.C.T.C. (UECE) ; Souza, A.C.F. (UECE) ; Filho, M.A.F.C. (UECE) ; Bezerra, P.F. (UECE) ; Cordeiro, S.A. (UECE) ; Machado, V.B. (UECE)

RESUMO: É cada vez mais comum ouvir falar do uso de Drogas por crianças e adolescentes. Porque não tratar desse assunto em sala de aula? O jogo “QUIMERA” acontece como uma maratona de perguntas e respostas relacionadas à Química e as Drogas e foi aplicado em duas etapas, à primeira com alunos do 2° Grau e a segunda etapa com alunos do 3° Grau do Curso de Licenciatura em Química. Para que pudessem ser analisados os resultados, foi aplicado um pequeno questionário de perguntas e respostas bem sucintas relacionadas ao jogo, à oficina e ao tema abordado. O objetivo desse trabalho é relacionar à química e as drogas dentro da sala de aula por meio de jogos lúdicos e com isso despertar o interesse e a curiosidade de aprender Química e ao mesmo tempo conscientizar e alertar os mesmos sobre o uso de drogas

PALAVRAS CHAVES: jogos educativos; drogas; Química

INTRODUÇÃO: O processo ensino-aprendizagem de Química é dificultoso tanto para o professor quanto para o aluno. (MALDANER,1999). Muitas vezes, a maneiro como a aula é conduzida não desperta o interesse do aluno em aprender. O que se percebe é que a tradicional aula de química que muitos professores utilizam, talvez não seja a melhor forma de transmitir conhecimento. A atividade lúdica acoplada ao ensino tradicional pode ser considerada uma das melhores maneiras para que o professor possa levar o conhecimento para o aluno. A atividade com jogos lúdicos pode ser usada para apresentar obstáculos e desafios a serem vencidos, assim desenvolvendo uma maior capacidade de imaginar, pensar e agir, o que não deixa de envolver o interesse e o despertar do aluno por algo. Considerando que a aprendizagem está fundamentalmente ligada ao saber, pode-se deduzir que o saber é algo como adquirir conhecimento sobre algum assunto, o que envolve o aprender. De acordo com COUSINET (1974), a aprendizagem está baseada no princípio da imitação, seja ela produzida com fundamentação didática ou não, através de um professor ou não. A atividade com jogos lúdicos podem ser usados para apresentar obstáculos e desafios a serem vencidos, assim desenvolvendo uma maior capacidade de imaginar, pensar e agir, o que não deixa de envolver o interesse e o despertar do aluno. A interligação da Química com o tema DROGAS cabe muito bem para facilitar essa interação professor, aluno e a disciplina de Química. A invasão cada vez maior das drogas de abuso no cotidiano de crianças e adolescentes vem deixando a sociedade perplexa. Cabe aos professores, principalmente aos de química, a responsabilidade de alertar os alunos abordando esse tema durante as aulas.

MATERIAL E MÉTODOS: Reconhecendo a aplicação de jogos lúdicos como um recurso para melhorar e facilitar o aprendizado, alunos do Grupo de Estudos sobre Drogas de Abuso do Curso de Licenciatura em Química da Universidade Estadual do Ceará, desenvolveram o jogo “QUIMERA”, que significa fruto da imaginação ou fantasia, e aplicaram em uma turma de 40 alunos, sendo 20 alunos de graduação do próprio curso e 20 alunos de uma determinada escola da região metropolitana de Fortaleza. O jogo é composto de um tabuleiro feito de papel A4, com casas numerada de 1 a 5; de uma folha de cartolina e uma caixa de objetos variados para que os participantes possam desfrutar da imaginação com desenhos e mímicas; de um cronômetro, para marcar o tempo de cada pergunta; 10 cartas com dicas relacionadas a cada droga; 10 cartas com enigmas para serem desvendados e 10 pares de cartas que compõem um jogo da memória. Para a partida ser iniciada, equipes de até 4 componentes terão que ser formadas. Posteriormente, um participante de cada equipe é escolhido para ver quem começará o jogo, aquele que tirar a soma maior nos dados decide quem começa a partida. O jogo começa quando a equipe escolhe um dos envelopes coloridos, que estão numerados de 1 a 10, que contem as dicas relacionadas a uma determinada droga. Em seguida, a equipe escolhe de 1 a 9 para que o apresentador do jogo possa ler para um participante da equipe a dica que ele vai tentar fazer com que a sua equipe acerte qual a resposta certa em 60 segundos, para isso ele poderá usar da imaginação no desenho e na mímica. Quando acabar o tempo, se a equipe não tiver acertado a dica, ela não avançará no jogo e permanece na mesma casa sem saber a dica. A equipe que chegar na ultima casa do tabuleiro poderá dizer a resposta, se estiver correta ela vence a participa.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A coleta de dados para a análise teve início após a aplicação do jogo durante a oficina de Drogas de Abuso, onde os participantes responderam um questionário de perguntas relacionadas à Química, às drogas e à oficina. Por meio do questionário, foi possível constatar a aceitação dos jogos e do tema principal abordado, entre os estudantes que demonstraram grande interesse e entusiasmo. Os 40 alunos que responderam os questionários, 20 pertence ao sexo feminino e 20 do sexo masculino, onde os alunos que estão cursando o 1° Grau estão em uma faixa etária de 14 a 18 anos e os alunos que estão cursando o 3° Grau estão entre 20 e 42 anos. O resultado geral pode ser analisado através da tabela 1.1 e 1.2.



Tabela 1.1 Perguntas que foram feitas para os alunos com as respectivas respostas.



Tabela 1.2 Perguntas que foram feitas para os alunos com as respectivas respostas.

CONCLUSÕES: A busca de métodos alternativos ainda se faz necessário para a melhoria do ensino de Química, pois o que se observa cada vez mais é a falta de interesse dos alunos pela disciplina. A aplicação de jogos didáticos durante as aulas, fazendo a interligação da Química com as Drogas desperta um maior interesse e curiosidade nos alunos, fazendo com que eles aprendam mais sobre a Química e ao mesmo tempo são alertados sobre o perigo do mundo das drogas. Por fim, o jogo foi bem aceito por todos os alunos que participaram da oficina e vai continuar sendo aplicado em outras turmas.

AGRADECIMENTOS: A Universidade Estadual do Ceará

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: COUSINET, R. ; A pedagogia da aprendizagem, J. B. Damasco Penna, São Paulo, Editora Nacional, 1974, p. 98
MALDANER, O. A. A pesquisa como perspectiva de formação continua do processor de química. Química Nova. São Paulo n.2, Mar/Abr. 1999