ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: ESTUDO DEMONSTRATIVO DE DOENÇAS ENDÊMICAS COMO A MALÁRIA E A LEISHMANIOSE NOS MESES DE ABRIL E MAIO DE 2012. EXPERIÊNCIA DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO NO LABORATÓRIO DA SEDE DA DIVISÃO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICAS NO MUNICÍPIO DE NOVO REPARTIMENTO/PA.

AUTORES: Dalla Vecchia, N. (UEPA) ; Furtado da Silva, M. (UEPA) ; Silva de Jesus, J. (UEPA) ; Mariano Martins, L. (UEPA)

RESUMO: Esse estudo narra à experiência de estágio em ambientes não formais e a contribuição desses, para a formação do discente de Ciências Naturais com Habilitação em Química. O objetivo, portanto é evidenciar a importância de vivências práticas em ambientes não formais e a possibilidade de práticas de ensino na área da saúde e meio ambiente com interface com o ensino de ciências e química no município de Novo Repartimento, ou seja, contextualização e ensino por meio da problematização. Os resultados compreendidos no período de estágio revelam dados que podem ser mitigados com práticas de ensino voltadas para a problemática local.

PALAVRAS CHAVES: doenças endêmicas; demonstrativo; análise

INTRODUÇÃO: O ensino de ciências na atualidade vem se inovando a cada dia, sendo ainda mais valorizado na sociedade atual, com uma rápida transformação, ocasionando cidadãos críticos e participativos, na área de ciências existem vários espaços não formais onde abrem oportunidades para discentes e docentes atuarem em atividades educativas construindo em sua vivência cotidiana os saberes escolares a serem elaborados, considerando seu desenvolvimento emocional e cognitivo, seus valores, interesses e atitudes. Como acadêmicos nosso estágio supervisionado ocorreu no período de 24 de março a 26 de junho de 2012 com uma carga horária de 100 horas, junto com a microscopista Oraci, supervisor Zaniel (Coord. da Divisão de Vigilância Epidemiológica) de Novo Repartimento/PA e o docente responsável pelo Estagio Supervisionado, tivemos oportunidade de observar, analisar e avaliar, ter contato direto com os pacientes analisando junto com os funcionários do laboratório, como o ser humano reage ao saber sobre seu diagnostico. Para obter os objetivos e a construção do conhecimento científico, nesse intuito optamos em estagiar na laboratório da sede municipal da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Novo Repartimento/PA, para estudar e demonstrar as doenças endêmicas como a malária e a leishmaniose nos meses de abril e maio de 2012.Conforme a Organização Mundial de Saúde, a malária é uma doença tropical e parasitária que mais causa problemas sociais e econômicos no mundo e só é superada em números de mortes pela Aids (FERREIRA 2006). A leishmaniose é uma das doenças tropicais menos estudadas do mundo, apesar de existirem mais de 12 milhões de pessoas infectadas em 88 países - o que é uma carga econômica pesada, segundo a OMS.

MATERIAL E MÉTODOS: O atual Estágio Supervisionado, em espaço não formal iniciou-se com o planejamento em sala de aula com o docente responsável pelo estágio, orientando, informando, o principal objetivo para contribuir na melhoria e na formação inicial dos graduandos do Curso de Ciências Naturais Habitação em Química, repassando as normas e metas a serem exercidas no período estabelecido. No laboratório da sede municipal da Divisão de Vigilância Epidemiológica do Município de Novo Repartimento, houve um estudo transversal de dados coletados e registrados a partir de exames originários dos indivíduos com suspeita de malária e leishmaniose nos meses de abril e maio de 2012. A malária foi diagnosticada através de visualização do parasito pelo exame de gota espessa, e a leishmaniose através de coleta de linfas. As lâminas foram analisadas pelos microscopistas da Divisão de Vigilância Epidemiológica da sede de Novo Repartimento/PA, no microscópio Olympus CX 31 usando a Lente Planc N 100x / 1.25 Oil – Fn 22.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Em Novo Repartimento, devido a sua grande extensão geográfica de área endêmica e as condições climáticas favorecem o desenvolvimento dos transmissores e agentes causais da malária. Especialmente na região, a transmissão é instável e geralmente focal, alcançando picos principalmente após o período chuvoso (LUZ et al 2006). Já a Leishmaniose cutânea é a que tem maior incidência no município de Novo Repartimento e é adquirida após a picada do inseto. Os parasitas se multiplicam localmente dando origem a uma mancha avermelhada ou a um nódulo (endurecimento local) formando uma ferida de bordas elevadas. As lesões são tipicamente localizadas em áreas expostas (face e extremidades) as lesões podem se acompanhar de lesões satélites ou de ínguas gânglios aumentados, as lesões podem permanecer por anos ou semanas geralmente deixam cicatrizes permanentes (OLIVEIRA ÉRICO 2010). Na formação como docente na área de Ciências Naturais, observa-se que existem muitas formas de demonstrar para o discente como podemos prevenir essas doenças, orientando sua vida no cotidiano desde a observação de uma simples picada de inseto, há limpeza de seu ambiente familiar e ambiental onde favorece essas doenças endêmicas.

CONCLUSÕES: O Estágio supervisionado é imprescindível para a formação do docente, pois propicia vivenciar o cotidiano do espaço trazendo para seus discentes um conhecimento de forma mais simples e sem preconceito. Constata-se um grande índice em Novo Repartimento de malária no mês de Abril onde houve 25,74% e 22,5% em Maio, a Leishmaniose em Abril foram 43,24% em Maio foram 41,37% de ocorrência positiva das lâminas examinadas. Os maiores índices estão nas Aldeias Indígenas Parakanã (Malária) e os assentamentos do Tuerê e Rio Gelado (Malária e Leishmaniose).

AGRADECIMENTOS: A DEUS, e a equipe da Divisão de Vigilância Epidemiológica de Novo Repartimento/PA.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: LUZ.F.C.O,SANTOS, J.P,MILLINGTON,M.A, CADILHE, M.A.F. Manual de Diagnóstico Laboratorial da Malária, 2º Edição 2009.Brasília –DF.

FERREIRA, Pablo, Agência Fiocruz de Notícias – Glossário de doenças-Malária. Disponível:http//www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/star.htm?infoid=191&Sid=6&tpl=printerv.acesso em:22/05/2012 ás 11:57 hs.

OMS Assina Acordo Para Combater Avanço Da Leishmaniose. Disponível em http://g1.globo.com/Noticias/Mundo/0,,AA1544694-5602,00-OMS+ASSINA+ACORDO+PARA+COMBATER+AVANCO+DA+LEISHMANIOSE.html. Acessado em 22/05/2012.

OLIVEIRA,Érico,http://www.abcsaude.com.br/artigo.php?676,título leishmaniose ou leishmaníase publicado em 24/01/2008,revisão 10/02/2010. Acesso em 05/06/2012 ás 11:08 hs