ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: PERCEPÇÕES QUE ESTUDANTES DO ENSINO MÉDIO POSSUEM SOBRE O ENSINO DE QUÍMICA EM UMA ESCOLA PÚBLICA NO MUNICIPIO DE SANTA TEREZINHA-MT.

AUTORES: Costa Morais, T. (UNEMAT)

RESUMO: O presente trabalho traz como objetivo identificar a visão dos estudantes do ensino médio sobre o ensino de Química na escola estadual Santa Terezinha no município de Santa Terezinha-MT, a pesquisa procurou conhecer também as principais dificuldades presentes na aprendizagem desses alunos buscando compreender as percepções desses estudantes em relação à disciplina. Utilizou-se a Pesquisa qualitativa, coletando informações com 50 estudantes do ensino médio através de um questionário aberto, foi possível perceber que as maioria dos estudantes gostam da disciplina, porém simultaneamente a maioria considera ter grandes dificuldades de aprendizagem, para os mesmos a metodologia deveria ser melhorada com abordagens mais dinâmicas,diversificadas e implementadas com atividades práticas.

PALAVRAS CHAVES: ensino; Química; concepções

INTRODUÇÃO: O ensino de Química tem sido considerado por muitos estudiosos da área de Educação Química como sendo inútil ao cidadão, vários trabalhos concordam com o aspecto em que o ensino de Química atual não tem alcançado os seus objetivos, toda a proposta de ensino executada em sala de aula tais como conteúdo, metodologia e didática tem dificultado a aprendizagem dos alunos, pois essa forma ensino tem favorecido a desmotivação dos alunos e muitas vezes as aulas são conduzidas de maneira muito dissociada da realidade do estudante (SANTOS E SCHNETZLER, 2003). É comum entre os alunos do ensino médio certa aversão pela disciplina de Química, parte significativa desses alunados possuem grande dificuldades na assimilação dos conceitos da disciplina (ZANON E PALHARINI,1995) o que acarreta grandes prejuízos para formação desses educando. É importante permitir ao estudante a oportunidade de também contribuir para melhoria do ensino de Química, é necessário também reconhecer as percepções que esses alunos possuem da disciplina porque a melhoria só começara quando for dada voz ao estudante para se discutir a educação em química, pois é partir do aluno que reconhecemos a falhas no ensino e dificuldades de aprendizagem, é a partir do aluno que sabemos quais estratégias deverão se aplicada para se procurar a solução aos problemas pertinentes a não aprendizagem de Química, uma vez que o aluno é o foco da prática educativa. Com isto esta pesquisa buscou conhecer um pouco mais das concepções desses alunos a respeito da disciplina lançando um olhar no ensino de Química na perspectiva do estudante.

MATERIAL E MÉTODOS: A coleta de informação se deu através de questionário aberto contendo 08 questões e aplicados aos 50 estudantes na escola Estadual Santa Terezinha. As informações coletada foram analisadas com enfoque interpretativo, todas as respostas foram observadas e organizadas procurando colocar em evidência as opiniões relevantes à discussão. Essa pesquisa pode ser classificada como qualitativa, pois a mesma se preocupa com dados que valoriza a relação do sujeito com o meio (COSTA, 2007).

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A maioria dos alunos entrevistados afirmou gostar da disciplina de Química (64%), esperava-se unanimidade nas afirmações no sentido de não gostar da disciplina, infere-se com isso que a grande rejeição dos alunos no que diz respeito à química evidenciada em vários estudos não está na química como ciência, mas sim nas metodologias utilizadas nas ministrações das aulas. Aluno A - “Ela me ajuda a entender algumas coisas do dia-a-dia”. A metodologia utilizada é uma dos principais fatores que contribui para a grande rejeição da disciplina de química por parte de alguns alunos, pois a mesma pouco contribui para uma aprendizagem efetiva do educando tornando para os estudantes pouco atrativas pois essas se baseiam principalmente no método tradicional de ensino em que está centrado simplesmente na memorização de fórmulas e conceitos (PAZ E PACHECO, 2010). Para os alunos a implementação das aulas com atividade práticas e experimentais melhoraria na questão da aprendizagem, para os mesmos isso seria uma forma de deixar as aulas mais atrativas e divertidas,predominando somente os aspectos teóricos da disciplina. Aluno A - “São aulas teóricas gostaríamos que fossem práticas isso melhoraria nosso aprendizado”. Observa-se que os alunos sabem que a química esta presente na maioria dos eventos do dia-a-dia, porém os mesmos não sabem explicar como que se dá quimicamente a presença da mesma nos eventos dos seus cotidianos. As respostas demonstram que os estudantes se apropriaram de algum conhecimento a respeito da Química e que de alguma forma eles a percebem a mesma no seu dia-a-dia. Aluno C - “na minha vida cotidiana a química estar presente em praticamente tudo desde um simples copo de suco ao preparo de comida”.

CONCLUSÕES: Pode se constatar através desse trabalho que a maneira como os alunos vêem a química está muito dissociado da natureza cientifica dessa ciência os alunos possuem dificuldades em transpor a realidade cientifica dessa disciplina para a realidade cotidiana, os mesmos sentem a necessidade é concebem como importante para o aprendizado a realização de atividades que materializam os conceitos da disciplina, ou seja, os estudantes entendem como fundamental para a aprendizagem a realização de atividades experimentais.

AGRADECIMENTOS: UNEMAT

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: COSTA, S. M. da. A pesquisa significativa: um caminho para facilitar o processo de ensino-aprendizagem nas séries iniciais. Vila Rica: UNEMAT, monografia, projeto de licenciaturas plenas parceladas. 2007.

PAZ, G. L.; PACHECO, H. de F. Dificuldades no ensino-aprendizagem de química no ensino médio em algumas escolas públicas da região sudeste de terezina. Universidade Estadual do Piauí, 2010, Disponível http://www.uespi.br. Acesso em: 14 out. 2011.

SANTOS, W. L. dos; SCHNTZZLER, R. P. Educação em química: compromisso com a cidadania. Ed. Inijuí, 2010.

ZANON, L B; PALHARINI, Eliane M. A química no ensino fundamental. Química nova na escola. São Paulo. n. 05, v. 2, p. 15-18, nov - abr. 1995.