53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Química Orgânica

TÍTULO: Avaliação do potencial antioxidante da biomassa produzida por fungos endofíticos associados à espécie Derris urucu.

AUTORES: Ribeiro, A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ) ; Sacramento, R. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ)

RESUMO: Em busca de nosvas substâncias e para a obtenção dos extratos orgânicos foi selecionada a espécie fúngica de código I5FDU(5° Isolado das folhas de Derris urucu). A linhagemfoi cultivada em meio sólido (arroz) por um período de 30 dias. A partir do cultivo, foi realizada extração por percolação usando metanol,onde foram obtidas 26,53 g de extrato seco após concentração em rota-evaporador. Por partição obtiveu-se uma fase hexanica e Acetato de etila, onde as mesmas foram submetidadas a ensaios fugicida. Os estratos foram avaliados por meio de sua incorporação no meio de cultura BDA nas concentração de 100 ppm, 200 ppm, e 400 ppm. O crescimento micelial foi observado nos diferentes tratamentos, não apresentando potencial fugicida.

PALAVRAS CHAVES: extratos; cultivo; percolação

INTRODUÇÃO: Os microrganismos, em especial os fungos, vêm sendo fontes promissoras de substâncias naturais bioativas de uso terapêutico (STONE et al., 2000). A investigação química a partir da biomassa de fungos endofíticos vem apresentando desenvolvimento crescente, considerando os grandes avanços devido seu potencial bioativo e a importância nas pesquisas por novas opções terapêuticas, em destaque, para aquelas substâncias com atividades antioxidante e antiviral. Estudos químicos das espécies de Derris demonstram a produção de metabólitos secundários pertencentes à classe dos flavonóides e estilbenos. Os flavonóides fazem parte de um grupo de compostos de ocorrência natural com inúmeras propriedades biológicas, tais como bactericida, antimutagênico, citotóxico, antioxidante e anticarcinogênico (LÔBO, et al., 2010). No que se refere à diversidade de fungos endofíticos associados a essas espécies, nenhum relato foi encontrado o que motiva e justifica a realização deste trabalho. O organismo humano está sujeito ao estresse oxidativo causado por Espécies Reativas do Oxigênio e Espécies Reativas do Nitrogênio provenientes do meio ambiente ou gerada pelo próprio organismo. Sabe-se que a ação de espécies oxidantes sobre o DNA é responsável por mutação ou mesmo oncogênese (BARREIROS, DAVID & DAVID, 2006). Biologicamente, podemos definir antioxidantes como compostos que protegem sistemas biológicos contra os efeitos potencialmente danosos de processos ou reações que promovem a oxidação de macromoléculas ou estruturas celulares prevenindo a deterioração oxidativa dos elementos e, minimizando os danos oxidativos no organismo dos seres vivos (ABDALLA, 1993). Assim, este projeto caracteriza quimicamente e avaliar a atividade antioxidante da biomassa de I5FDU, uma linhagem de fungo endofítico.

MATERIAL E MÉTODOS: A linhagem I5FDU foi cultivada em meio sólido (arroz) por um período de 30 dias. Para o cultivo em arroz, foram utilizados 2.2 kg cereal (Uncle Been`s), onde foram distribuídos uniformemente em 22 Erlenmeyeres de 500 mL. Foram pesados 100 g de cereal para cada frasco, em seguida adicionou-se 30 mL de água destilada e autoclavou-se por um período de 45 minutos à temperatura de 121ºC. Introduziu-se fragmentos micelial nos Erlenmeyers e incubou-se a 25ºC sob condições estáticas por um período de trinta dias.Após o período de incubação, acrescentou-se metanol aos Erlenmeyers com o objetivo de eliminar os esporos, o que diminui o risco de contaminação durante o manuseio. Além disso, o contato do metanol com a biomassa fúngica ocasiona a obtenção de um extrato. Após o período de 24 horas de extração a amostra foi submetida à filtração, utilizando funil de filtração simples e guardanapo de algodão. Em seguida a amostra foi concentrada para a obtenção de um extrato seco (MeOH).Após tratamento,obteve-se um extrato hexanico e outro ecetato de etila,os mesmos foram submetidos a ensaios fungicida, onde discos de micélio do fungo fitopatogênico Fusarium sp forão transferidos para o centro das placas de Petri contendo as amostras teste. O potencial fungicida do extrato foi avaliado com base no percentual inibitório micelial do fitopatógeno. As placas foram incubadas em câmara de crescimento com temperatura controlada para 24±1°C, em ausência de luz. A cada 2 dias, foi medindo o diâmetro de crescimento do micélio na presença dos extrato por um período de 10 dias. Cada ensaio foi realizado em quatruplicata.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A linhagem escolhida I5FDU, foi cultivada e incubada por um período de 30 dias.Durante o período de incubação a espécie fúngica apresentou bom crescimento onde o mesmo incorporou todo o cereal. A partir da extração por percolação usando metanol, foram obtidas 26,53 g de extrato seco após concentração em rota- evaporador. Após tratamento, utilizou-se os a fase hexanica e a fase acetato de etila para ensaio fungicida. No ensaio fungicida com os extratos citados acima obtido a parti da linhagem I5FDU, não foi observado inibição do crescimento micelial, onde durante as dez medições realizadas foi observado o contínuo crescimento do patógeno Fusarium sp.

CONCLUSÕES: Na busca por novas substâncias com potencial antioxidante, selecionou-se a espécie fúngica I5FDU para obtenção de sua biomassa. Após 30 dias de incubação em cereal do tipo arroz uncle been`s, seguidos de extração por percolação com metanol e evaporação foram obtidas 26,53 g de extrato seco (MeOH).No teste fungicida com o extratos obtido a parti da linhagem I5FDU, não foi observado inibição do crescimento micelial, onde durante as dez medições realizadas foi observado o contínuo crescimento do patógeno Fusarium sp.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BARREIROS, A. L. B. S; DAVID, J. M.; DAVID, J. P. Estresse oxidativo: Relação entre geração de espécies reativas e defesa do organismo. Química Nova, 29 (1), 113 -123, 2006.
ABDALLA, D. S. P. Antioxidantes: conceitos básicos e perspectivas terapêuticas. ARS Curandi, São Paulo, 141-164, 1993.

STONE, J. K.; BACON, C. W.; WHITE, J. F. An overview of endophytic microbes: endophytism defined. In: C.W. BACON & J.F. WHITE (Ed.) Microbial Endophytes. New York: Marcel Dekker, 3-30, 2000.