53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Alimentos

TÍTULO: Avaliação do consumo de cafeína, por meio do cafezinho de 60 mL, pela população de Pontes e Lacerda.

AUTORES: Brilhante, A. (IFMT - FO/PL) ; Vieria, G. (IFMT - FO/PL) ; Lago, J. (IFMT - FO/PL) ; Honorato, L. (IFMT - FO/PL) ; Oliveira, R. (IFMT - FO/PL)

RESUMO: A cafeína é a substância psicoativa mais usada no mundo. O consumo moderado da cafeína por meio de café é definido como uma ingestão diária que varia de 200 a 300mg podendo ter efeitos benéficos, mas o consumo excessivo pode causar efeitos nocivos a saúde. Avaliando o consumo de café da população Pontes-lacerdense, por meio de uma amostragem, se constata que em sua maioria, 69% dos entrevistados, o consumo é abaixo do moderado não apresentando possível risco a saúde por causa da cafeína.

PALAVRAS CHAVES: Cafeína; café; consumo

INTRODUÇÃO: A cafeína é a substância psicoativa mais usada no mundo. Cerca de 80% da população geral faz uso dessa substância diariamente, seja pelo consumo de café, chá, chocolates, refrigerantes ou medicamentos à base de cafeína. O consumo moderado cafeína por meio de café é definido como uma ingestão diária que varia de 200 a 300mg. Define-se consumo excessivo como ingestão acima de 600 mg/dia. Uma xícara de café brasileiro (60 ml) contém, em média, 50,4mg de cafeína, podendo variar segundo autores, de 85 mg a 125 mg (FELIPE et.al., 2005). Segundo Guerra, Bernado & Gutiérrez (2000), o consumo habitual de grandes doses de cafeína produz tolerância e dependência fisiológica, já De Maria & Moreira (2007) afirmam que o consumo excessivo afeta negativamente o controle motor e a qualidade do sono, bem como causar irritabilidade em indivíduos com quadro de ansiedade, concordando com isso Abrahão et.al. (2008) e Brenelli (2003) somam a esse sintomas enxaquecas, insônia, diarreia e palpitações do coração. Citando ainda a Brenelli (2203) que afirma os pontos positivos, de um consumo moderado, seriam o efeito antioxidante, estimulante, o diurético, aumento da taxa metabólica, o relaxamento da musculatura lisa dos brônquios, do trato biliar, do trato gastrintestinal e de partes do sistema vascular. Por esses pontos contraditórios o consumo é tido em ressalva por especialista de todas as áreas afins (LIMA et.al., 2010). Este trabalho faz parte do projeto Ciência e Cidadania: Educação Científica Para Todos os Níveis Socioeconômicos da Sociedade tem por finalidade avaliar do consumo de cafeína, por meio do cafezinho, pela população de Pontes e Lacerda.

MATERIAL E MÉTODOS: Pesquisa bibliográfica sobre o tema, formulação de questionário baseado na pesquisa bibliográfica. Aplicação do questionário para uma amostra da população nos períodos de 01/06 a 28/06/2003. As pessoas eram paradas no centro da cidade é lhes era perguntando se queriam participar da pesquisa. Avaliação dos dados pelos estudantes e o professor foi feita separando em três grupos: I – consumo de 1 a 3 doses de café (60 mL), II – 4 a 6 doses, III – 7 a 10 doses. Avaliando-se: o porquê do consumo, tipo de café segundo sua produção, concentração, frequência de consumo, período do dia que normalmente consome, local de consumo, se consome produtos que contenham cafeína, excluindo-se o café, opinião do próprio entrevistado se é viciado em café, se apresenta algum sintoma negativo, relacionado ao consumo de café, citado na introdução, se a abstinência lhe causou algum sintoma, período de abstinência. Montando perfil de consumidores de café por esses parâmetros. Os dados serão apresentados em forma de porcentagem.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Homens correspondem 44% e 56% de mulheres do valor total. Consumidores de café foram de 84% e não consumidores de 16%, destes 37,5% homens e 62,5% de mulheres. Grupo I = 69%, sendo que 65,52% destes apresentaram o perfil de consumo: Por cultura, tipo tradicional, forte (concentrado), com frequência semanal, período diurno, local residência e o trabalho, não acreditam que serem viciados, não apresentam nenhum dos sintomas negativos citados na introdução, consomem refrigerante de cola, chocolate, chás e afins contendo cafeína, período sem consumir é em média 1 a 2 meses. 34,48% tem perfil próximo diferindo na frequência de consumo que é diária. Já estes apresentam os sintomas negativos citados na introdução, sendo que 60% admitem serem viciados, 83,34% mulheres e 33,34% com idade superior a 35 anos. Grupo II = 23,81%, 60% homens e 40% de mulheres, tem perfil: consumo por gostar e cultura, tipo tradicional, forte, com frequência diária, período diurno, local residência e o trabalho, metade se considera viciados e apresentam sintomas negativos, a falta gera dor de cabeça e indisposição, consomem refrigerante de cola, chocolate, medicamento, suplementos chás e afins, estes todos, que contenha cafeína. Viciados do grupo 40% e todas mulheres de idade superior a 35 anos. Já 20% do grupo não se dizem viciados, mas tem dor de cabeça quanto toma café. Grupo III = 7,19%, 66% homens e 34% mulheres. Perfil: consumo por gosto, tipo tradicional, forte, período diurno, local residência e trabalho, se consideram viciados, apresentam sintomas negativos, a falta gera dor de cabeça e indisposição, consomem refrigerante de cola, chocolate, medicamento, suplementos, cigarros, guaraná em pó, bebidas energéticas, chás e afins. 34% consomem a dose máxima pesquisada e são mulheres.

CONCLUSÕES: Grupo I com baixo consumo 151mg tem 69% dos avaliados não apresetando possíveis riscos de saúde por causa da cafeína, grupo II moderado 300mg, 23,81%,me grupo III alto 500mg, 7,19%, estes já apresentam risco de possíveis problemas de saúde citados pelos entrevistados e de acordo com a bibliografia pesquisada. As mulheres de idade superior aos 35 anos são as que mais apresentam possíveis ricos de saúde por meio do consumo de cafeína. Conclui-se que 69% dos entrevistados não abusão ao consumir a cafeína.

AGRADECIMENTOS: A DEUS, aos colegas, aos amigos, aos entrevistados e todos que nos ajudaram.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ABRAHÃO, Sheila Andrade; PEREIRA, Rosemary Gualberto Fonseca Alvarenga; LIMA, Adriene Ribeiro; FERREIRA, Eric Batista & MALTA, Marcelo Ribeiro. Compostos bioativos em café integral e descafeinado e qualidade sensorial da bebida. Pesq. agropec. bras., Brasília, v.43, n.12, p.1799-1804, dez. 2008. Acesso 02/07/2013.
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BRENELLI, Eugênia Cristina Souza. A Extração de Cafeína em Bebidas Estimulantes – Uma Nova Abordagem para um Experimento Clássico em Química Orgânica. Quim. Nova, Vol. 26, No. 1, 136-138, 2003. Acesso 02/07/2013.
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DE MARIA, Carlos A. B. & MOREIRA, Ricardo F. A. Cafeína: Revisão Sobre Métodos de Análise. Quim. Nova, Vol. 30, No. 1, 99-105, 2007. Acesso 02/07/2013.
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FELIPE, Lilian; SIMÕES, Lilia Correia; GONÇALVES, Denise Utsch; MANCININ, Patrícia Cotta. Avaliação do efeito da cafeína no teste vestibular. Rev Bras Otorrinolaringol. V.71, n.6, 758-62, nov./dez. 2005. Acesso 02/07/2013.
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GUERRA, Ricardo Oliveira; BERNADO, Gerlane Coelho & GUITIÉREZ, Carmen Villaverde. Cafeína e esporte. Rev Bras Med Esporte Vol. 6, Nº 2 – Mar/Abr, 2000. Acesso 02/07/2013. Disponível em:<http://www.scielo.br/pdf/rbme/v6n2/v6n2a06.pdf>.

LIMA, Fabiana Accioly de; SANT’ANA, Antônio Euzébio Goulart; ATAÍDE, Terezinha da Rocha; OMENA, Cristhiane Maria Bazílio de; MENEZES, Maria Emília da Silva; VASCONCELOS, Sandra Mary Lima. Café e saúde humana: um enfoque nas substâncias presentes na bebida relacionadas às doenças cardiovasculares. Rev. Nutr., Campinas, 23(6):1063-1073, nov./dez., 2010
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