53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ambiental

TÍTULO: Verificando a presença de Escherichia coli na água das escolas

AUTORES: Neto, J.N.A. (IFPA) ; Damasceno, T.V. (IFPA) ; Palheta, K.S.F. (IFPA) ; Gomes, B.S. (IFPA)

RESUMO: O trabalho tem como o objetivo central realizar coletas de amostras de água dentro de escolas que contam com o fornecimento de uma companhia de saneamento, no entanto utiliza-se também de água subterrânea, para realizar comparações sobre a qualidade das águas. Segundo parâmetros, será indicado se essa água, que é ingerida e usada pela comunidade escolar, está de acordo com os parâmetros preconizados pela PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde, a qual dispõe sobre procedimentos de controle e de vigilância da qualidade da água para o consumo humano e seus padrões de potabilidade. Para isso, foi feito em três escolas públicas em Belém-PA, que possui as características anteriormente citadas, para verificar a presença ou ausência de E. coli.

PALAVRAS CHAVES: comunidade escolar; parâmetro; E.coli

INTRODUÇÃO: Quando se fala em análise de água potável, pode-se imaginar várias possibilidades de discussão em torno do tema, no entanto o que geralmente passa despercebido, é a qualidade da água que é ingerida diariamente, partindo-se dessa hipótese, e da idéia de que a água, quando não recebe o tratamento devido, pode provocar ou intermediar doenças ao ser humano, funcionando como um transmissor de organismos patológicos (ROCHA,2004) De acordo com as perspectivas de contaminação de recursos hídricos, nota-se que algumas escolas não possuem o tratamento proveniente das companhias de saneamento locais. Dessa forma, toda a água que é consumida e utilizada pela comunidade escolar é de auxílio mineral ou de origem subterrânea. Sabe-se que água de poços geralmente não recebem tratamentos, ou seja, a água em questão pode se encontrar contaminada devido infiltrações por efluentes domésticos, contaminação pelo solo, entre outros tipos. Por isso, decidiu-se analisar alguns parâmetros que possam apontar a qualidade do recurso hídrico (água). Imagina-se quando uma escola apresenta problemas de contaminação em sua água, a mesma poderá gerar alguns problemas clínicos a comunidade escolar futuramente. Assim, com estudos prévios e possíveis análises, teria-se uma minimização de tais problemas que são gerados pela ausência de tratamento da água. Atualmente, nota-se que “água”, é um tema que vem sendo muito discutido e analisado, tanto do ponto de vista da preservação, como na questão da poluição, dentro da educação ambiental, entre outras áreas de estudo. Entretanto, ainda é observado, pessoas sendo contaminadas por algum organismo patogênico, os quais tem como veículo de propagação a água.

MATERIAL E MÉTODOS: Os métodos utilizados nas análises, foram consistidos de acordo com o manual descrito pela Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). Os métodos foram empregados desde a coleta de dados até as análises microbiológicas. As análises microbiológicas foram feitas através do teste de presença/ausência de Escherichia coli. O método Colilert-18/Quanti-Tray, que foi o método utilizado na determinação, é um ensaio criado especificamente para contagem NMP de E. coli e bactérias coliformes em água, potável ou não, com ou sem tratamento. A coleta de dados foi feita em três escolas no município de Belém-PA, cada escola contando com caixas d´água, cada escola fez-se três pontos em comum . O primeiro ponto foi feito diretamente nos bebedouros que as comunidades escolares utilizam para beber água, a qual conta com auxílio de uma companhia de saneamento, o segundo ponto foi feito na saída da água da caixa d’água, a qual contém água proveniente de poços tubolares e o terceiro ponto foi feito em torneiras, que também contam com o tratamento da companhia de saneamento local. As coletas foram feitas após higienização no ponto de coleta com álcool etílico industrial, e com o escoamento da água durante três minutos, sendo recolhida diretamente pelos sacos coletores, no caso das análises microbiológicas, lacrando-os, com a finalidade de evitar vazamentos e preservar a amostra, manteu-se a uma temperatura padrão com o auxílio do isopor e do gelox.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: De acordo com a PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde, o número máximo permitido (NMP) de E. coli em 100ml de água deve ser ausente. Logo, as amostras do bebedouro, nas escolas A e C, encontram-se fora dos padrões estabelecidos pela portaria. As amostras coletadas no ponto 2, todas obtiveram ausência de E.coli em 100ml. Já o ponto 3 mostrou presença de E. coli, para a escola A, ou seja, não está de acordo com o padrões preconizados pela PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde. A escola "A" mostrou presença do microrganismo em 100ml de água, como a contaminação se deu em dois pontos que contam com o fornecimento da companhia de saneamento local, embora ainda falte alguns estudos, o problema pode ser devido a precariedade das tubulações da escola. A escola "B" encontra-se dentro do padrão preconizado pela portaria. A escola "C" apontou presença de E.coli, em apenas um ponto, no caso o bebedouro da escola, como a presença se deu em apenas um ponto, o fator deve ser a proximidade do bebedouro com o banheiro.

Tabela de descrição

tabela que contém os resultados da prática desenvolvida na escola.

CONCLUSÕES: Nota-se que as escolas A e C, não encontram-se dentro do padrão preconizado pela PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde, o NMP de E. coli em 100ml de água deve ser ausente. As escolas presenciaram E. coli logo no ponto em que a comunidade escolar mais utiliza, o bebedouro, ou seja, diariamente, educandos ingerem água contaminada por esse microrganismo que é o principal do grupo dos coliformes fecais, sucinto a doenças como disenterias, então, medidas urgentes devem ser tomadas para que não haja um comprometimento com a saúde dessas comunidades escolares.

AGRADECIMENTOS: Agradecemos a Deus pela força e pela oportunidade de estudar e pela força contínua, incentivando-nos sempre a seguir em frente.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRASIL. Fundação Nacional de Saúde.Manual prático de análise de água. 2ª ed. rev. - Brasília: Fundação Nacional de Saúde, 2006.
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Vigilância e controle da qualidade da água para consumo humano/ Ministério da Saúde, Secretaria de Vigilância em Saúde. – Brasília : Ministério da Saúde, 2006.
ISO 9308-1:2000 Qualidade da água: Detecção e contagem de Escherichia coli e bactérias coliformes. Parte 1: Método de filtração por membrana. Genebra: International Organisation for Standardization.
ISO/TR 13843:2000(E) Qualidade da água: Orientação sobre a validação de métodos microbiológicos. Genebra: International Organisation for Standardization.
PORTARIA N° 2.914, DE 12 DE DEZEMBRO DE 2011 do Ministério da Saúde. Disponível em <http://www.fozdobrasil.com.br/fozwp/santa-gertrudes/files/2011/10/Portaria_MS_2914-11.pdf>
ROCHA, Julio Cesar. Introdução a química ambiental. – Porto Alegre: Bookman, 2004.