53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Radioatividade: a Química trabalhada mediante uma visão histórico-social.

AUTORES: Silva, L.O.P. (CPMG-DR) ; Mendonça, A.F. (VISA-ITUMBIARA)

RESUMO: Este trabalho teve como objetivo proporcionar a interdisciplinaridade entre as ciências exatas com a de humanas. O trabalho consistiu na explanação do conteúdo: radioatividade no âmbito científico, social e histórico. Para dar inicio ao projeto foi realizado, de forma empírica, um questionamento aos alunos do Ensino Médio para diagnosticar quais os conhecimentos prévios que eles já detinham a respeito do tema. A partir daí organizou-se o trabalho. Por fim, também foi realizada uma avaliação final pelos alunos e professores.

PALAVRAS CHAVES: Ensino de química; Radioatividade; Interdisciplinaridade

INTRODUÇÃO: Em consequência do mundo globalizado, esta nova geração presente no Ensino Médio, tem ocasionado muitos desafios aos professores. Dessa forma, a educação manifesta a necessidade de se romper com modelos tradicionais para o ensino. Esse romper pode ser ocasionado pela interdisciplinaridade. “Para que ocorra a interdisciplinaridade não se trata de eliminar as disciplinas, trata-se de torná-las comunicativas entre si, concebê-las como processos históricos e culturais, e sim torná-la necessária a atualização quando se refere às práticas do processo de ensino-aprendizagem.” 1 A radioatividade é apresentada no livro didático com conceitos formais e em poucos livros as questões histórico-sociais são explanadas, quiçá algumas questões socioambientais. Entretanto, na atualidade, especialmente mediante os conflitos enfrentados pela comunidade internacional mediante as frequentes ameaças da Coréia do Norte esse tema volta à tona com muita força. Faz-se necessário mostrar aos alunos o que é a temida arma nuclear, cujo efeito destruidor é baseado na radioatividade, ou seja, na propriedade de certos elementos químicos de emitir partículas ou radiação eletromagnética como resultado da instabilidade de seus núcleos, que possui efeitos devastadores. O objetivo deste trabalho foi trazer para a sala de aula, um tema questionado pelo mundo, usando um ponto de vista além de científico, histórico-social.

MATERIAL E MÉTODOS: Esse projeto iniciou-se com um diagnóstico empírico, para avaliar os conhecimentos prévios que os alunos detinham a respeito do tema. Após esse diagnóstico, levantaram-se questionamentos sobre os conceitos científicos e logo após foi realizado uma linha do tempo, iniciando com os estudos do casal Curie, até na atualidade. Para encerrar realizou-se uma avaliação empírica da aula, pelos alunos, através de um debate, para também expor as ideias pós e contras do uso da energia nuclear. Os livros que embasaram esse trabalho foram: Madame Curie, escrito por Eva Curie; A radioatividade e o lixo nuclear, escrito por Maria Elisa Marcondes Helene; e outros artigos, livros e documentários encontrados a respeito do tema.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Com o diagnóstico inicial, constatou-se que os alunos conheciam o tema e achavam-no muito interessante. Porém, eles não sabiam sua história, nem suas derivações (como a energia nuclear, armas atômicas, aplicações na medicina, entre outras). Para tanto, começou a história da radioatividade com o casal Curie, passando por Ernest Rutherford, os ataques nucleares de Hiroshima e Nagasaki, o acidente de Chernobyl e de Goiânia, o acidente com a usina nuclear no Japão, até a ameaça nuclear o mundo tem enfrentando da Coréia do Norte. Depois se realizou um debate sobre os pós e os contras do uso da energia nuclear e o que fazer com o seu lixo. No debate os alunos ficaram bastante divididos se era a favor ou contra o uso dessa energia. Mas, a grande maioria foi contra, pois apesar de ser considerada uma energia limpa, o lixo que se acumula não tem como se reaproveitar e muito menos descartar com segurança, além da corrida armamentista que o mundo vem enfrentando. A avaliação feita pelos alunos da aula foi bastante positiva, pois um tema que era trabalhado somente na teoria, eles puderam enxergar por um ponto de vista histórico-social, onde eles posicionaram, depois der ter adquirido conhecimento, a respeito de um tema muito discutido e pouco informado.

CONCLUSÕES: O professor é mais do que um transmissor de conhecimentos, ele pode e é um construtor do conhecimento e um modificador da realidade do aluno. E a interdisciplinaridade pode e deve acontecer sempre, pois ela é uma forte aliada no processo ensino-aprendizagem, para que ocorra uma aprendizagem significativa no aluno.

AGRADECIMENTOS: Aos coordenadores do CPMG-DR e aos professores que ajudou no desenvolvimento desse trabalho.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: 1 FORTES, Clarissa Corrêa. INTERDISCIPLINARIDADE: ORIGEM, CONCEITO, E VALOR. Disponível em: <http://www3.mg.senac.br/NR/rdonlyres/eh3tcog37oi43nz654g3dswloqyejkbfuxkjpbgehjepnlzyl4r3inoxahewtpql7drvx7t5hhxkic/Interdisciplinaridade.pdf> Acesso em 20 fev. 2011.