53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Um olhar para o lúdico:A utilização de jogos educacionais como estratégias de ensino de química no ensino médio.

AUTORES: Cardoso, G. (UEAP) ; Freitas, B. (UEAP) ; Freitas, A. (UEAP) ; Maués, S. (UEAP)

RESUMO: O presente estudo, tem como finalidade verificar se os professores de química de uma escola pública utilizam jogos ou atividades lúdicas como recurso didático e analisar a aceitação de tal recurso por parte dos alunos na aquisição e construção de conhecimento a cerca dos conteúdos de química. A pesquisa é de natureza quantitativa e exploratória com delineamento de uma pesquisa de campo, para a coleta de dados, utilizou-se um questionário com perguntas fechadas e para a análise e apresentação dos resultados, optou-se pelo uso de gráficos. Os resultados apresentam que o professor de química está cada vez mais fazendo uso deste recurso e que a utilização de jogos ou atividades lúdicas como metodologia de ensino estimula o aprendizado, o trabalho em equipe e a aula se torna mais atrativa.

PALAVRAS CHAVES: Atividades lúdicas; Jogos; Ensino Médio

INTRODUÇÃO: Ensinar química não é tarefa fácil, por utilizar cálculos, fórmulas ou uma linguagem às vezes complexa. Por conta disso, Cabe ao professor buscar métodos alternativos que faça despertar a curiosidade e o querer aprender por parte do educando e mostrar a real importância desse conhecimento no dia a dia. Através do jogo é possível ensinar química sem entediar como afirma Bergamo (2012, p.14)o “jogo educativo como uma ferramenta didática que possui uma natureza dupla, ensinar e divertir”. Santos (2008, p.15)enfatiza que “o jogo é o método de aprendizagem mais eficaz para a construção do conhecimento, independentemente da idade cronológica do aluno”. Por isso, o caminho para abordar conteúdos é começar por aulas atrativas e despertar nos alunos o interesse por conteúdos científicos. Percebe-se ai que há uma troca mutua de conhecimento pois, o brincar e aprender ensina ao professor, por meio de sua ação, observação e reflexão, como e o que o aluno conhece (SANTOS, 2008). Assim, Trabalhar métodos diferenciados em sala de aula, faria os adolescentes estudarem por prazer e não por obrigação. Dessa forma, a contribuição do jogo para a escola vai além do ensino de conteúdos de forma lúdica,atua de forma tão natural que sem que os alunos percebam acabam aprendendo o conteúdo (SANTOS, 2008 ). Este trabalho procura esclarecer se jogos vem sendo aplicado no ensino de química e como anda a aceitação deste com os alunos, bem como oferecer subsídio teórico aqueles que pretendem se aprofundar no assunto.

MATERIAL E MÉTODOS: A aproximação dos acadêmicos com o cenário escolar deu-se durante o desenvolvimento do estágio supervisionado III, onde se observou o andamento das aulas ministradas pelo professor de química da turma. Participaram desta pesquisa 22 alunos de uma turma do segundo ano do Ensino Médio do turno da manhã, de uma Escola Pública da rede Estadual de Ensino da Cidade de Macapá, Estado do Amapá. A pesquisa é de natureza quantitativa e exploratória com delineamento de uma pesquisa de campo, para a coleta de dados, utilizou-se um questionário com perguntas fechadas direcionadas aos alunos da turma, e constituído por 7 questões objetivas, sendo 3 formuladas para investigar se o jogo é utilizado como recurso didático pelo professor de química e as demais questões referente a apreciação que os alunos tem pela disciplina. Através do questionário foi possível apurar a opinião dos alunos nos dois segmentos, quanto a utilização de jogos pelo professor no processo de ensino–aprendizagem bem como a apreciação deles pela disciplina de química. Após a aplicação do questionário, efetuou-se o tratamento estatístico através do uso do Office Excel e apresentação mediante o uso de gráficos para expor a tabulação dos dados obtidos. No que tange a revisão bibliográfica sobre o assunto, a pesquisa foi realizada em livros e em textos/artigos disponibilizados na internet.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: Observou-se, figura 1, que do total de 22 alunos avaliados, quando questionados se os mesmos gostam das aulas de química, a maioria dos alunos, 52% disseram que sim, e uma minoria significativa 24%, respondeu às vezes. Certamente os alunos escolheram a opção às vezes por os mesmos só gostarem das aulas de química quando o seu professor utiliza métodos diferenciados de ensino. Segundo os participantes da pesquisa, quando interrogados se o seu professor utiliza métodos lúdicos de ensino, 41% disse que sim. Percebeu-se que os alunos entrevistados já tiveram contato com métodos lúdicos de ensino e que foram bem aceitos por eles. Isso mostra que cada vez mais o lúdico faz parte da práxis dos educadores preocupados em alternar suas aulas entre teoria e prática, nessa perspectiva Almeida (2003, p. 13) esclarece que a educação lúdica “aparece sempre como uma forma transacional em direção a algum conhecimento, que se redefine na elaboração constante do pensamento individual em permutações com o pensamento coletivo”, dessa forma, possibilita aos alunos aulas mais interessantes e estimula aprendizado da disciplina. Quando se perguntou aos alunos se eles acham que os jogos ou atividades diferenciadas deixam a aula melhor, e como pode ser observado no gráfico 6, quase 100 % dos alunos responderam positivamente, alguns chegando até a responder que sempre deixa a aula melhor. Nota-se grande aceitação dos educandos por jogos ou atividades lúdicas, esse é um bom sinal, pois o professor ao mesclar os conteúdos de química com jogos é capaz de tornar o ensino de determinado conteúdo mais convidativo, e mesmo aqueles alunos que afirmam não gostar de química são tentados e querem participar das dinâmicas propostas em sala de aula, e sem perceber acabam aprendendo brincando (SANTOS,2008).

Figura 1

Gráficos com a tabulação dos dados obtidos no questionário aplicado aos alunos.

CONCLUSÕES: Verificou-se, através da pesquisa realizada no segundo ano do Ensino Médio, que o professor de química tem procurado inserir em suas aulas jogos e atividades lúdicas como metodologia de ensino e que tal método tem trazido bons resultados,de modo que os alunos ficam mais interessados em aprender o conteúdo principalmente quando relacionado a jogos, devido a competitividade relacionada. Pode-se concluir que o jogo se tornou uma ferramenta pedagógica promissora, que se for bem trabalhada e desenvolvida, pode melhorar o nível de aprendizado dos alunos, que sem perceber acabam aprendendo brincando.

AGRADECIMENTOS: A Universidade do Estado do Amapá, a Escola Pública da rede Estadual de Ensino da Cidade de Macapá.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: ALMEIDA, Paulo Nunes. Educação lúdica: Técnicas e jogos pedagógicos. 11. Ed. Nov.2003.
BERGAMO, J. A. Química Encantada: Os jogos no ensino da Química. Fortaleza- CE. 2012.Disponível em<http://www.nead.fgf.edu.br/novo/material/monografias_quimica/JOSEILA_APARECIDA_BERGAMO.pdf.> Acesso em:13.jul.2013.

SANTOS, Santa Marli Pires dos. A Ludicidade como Ciência. 2. Ed.-Petrópolis, RJ: Vozes, 2008.