53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Diferentes ambientes de aprendizagem: Contextualizando os conceitos de pH na Semana Mundial da Água.

AUTORES: Vanuchi, V.F. (IFRO) ; Souza, F.A. (IFRO) ; Ribeiro, L. (IFRO) ; da Silva, A.A. (IFRO) ; Cunha, E.M.F. (IFRO)

RESUMO: A pesquisa foi realizada com alunos do 1º ano do ensino médio, em uma escola pública, que recebe o programa PIBID, e desenvolvida pelos bolsistas do programa. Buscou-se a criação de ambientes de aprendizagem, com a presença de tecnologias, aulas práticas no laboratório de Ciências e visita a campo. Aliada aos trabalhos pedagógicos da Semana Mundial da Água. Objetivando utilizá-la para a representação, a articulação entre conhecimento prático e teórico da química, conscientização ambiental e realização de ações que podem ser depuradas e reformuladas com vistas a novos patamares de compreensão, como a análise do pH das amostras e sua importância na potabilidade das amostras coletadas.

PALAVRAS CHAVES: Ambientes de Aprendizagem; pH da água; Química

INTRODUÇÃO: O pH significa "potencial Hidrogeniônico", uma escala logarítmica que mede o grau de acidez, neutralidade ou alcalinidade de uma determinada solução. O pH varia de acordo com a temperatura e a composição de cada substância. A escala compreende valores de 0 a 14, sendo que o 7 é o valor neutro. O valor 0 (zero) representa a acidez máxima e o 14 a alcalinidade máxima.Um ambiente de aprendizagem escolar é um ambiente em que um indivíduo está sujeito a oportunidades de aprendizagem. O professor tem um papel fundamental, na preparação, organização e sistematização da aprendizagem, e no direcionamento ou orientação deste processo (BRAGANÇA 2007). Estes podem ser classificados a partir de vários critérios, pois existem fatores que interferem num processo de aprendizagem, entre eles a sistematização e a autonomia do aprendiz. Um ambiente de aprendizagem escolar implica em uma estruturação prévia, uma intencionalidade que se expressa na prática educativa. Um ambiente de aprendizagem escolar é dinâmico e socialmente construído (BRAGANÇA 2007). A pesquisa foi realizada durante a semana mundial da água, buscando trazer para os alunos, diferentes contextualizações a respeito do assunto. A temática água potável foi o tema gerador das pesquisas e de preparação em diferentes áreas de conhecimento. Já que este ambiente deve proporcionar ao aluno a capacidade de desenvolver e reconhecer a sua autonomia no processo de aprender, expressando-se naquilo que aprende fazendo, estabelecendo novas relações, vivenciando conflitos e buscando a sistematização de conceitos. Os trabalhos foram desenvolvidos no laboratório de Ciências da escola, onde foi trabalhado o conceito de pH, Conscientização ambiental, e realizaram-se testes químicos de pH e amônia nas amostras de água coletadas pelos alunos.

MATERIAL E MÉTODOS: A pesquisa foi realizada com sete turmas de primeiro ano do ensino médio, aproximadamente 280 alunos, no contexto da semana mundial da água. Foram coletadas amostras de água de quatro diferentes ambientes: Poço artesiano, bebedouro da escola em que se desenvolveu a pesquisa, do rio Machado (Principal Corpo d’água do município) e da companhia de água e esgotos que abastece a cidade de Ji-Paraná (CAERD). Realizou-se a analise de pH e de amônia dessas amostras e foi feita uma visita técnica a CAERD. Realizou-se atividades pedagógicas voltadas à conscientização ambiental bem como preservação, prevenção e potabilidade da água. Os resultados foram obtidos através de observações e avaliações feitas pelo professor que acompanhava os trabalhos e os alunos bolsistas que ministravam as aulas. Vincularam-se aulas práticas a teóricas, testando diferentes ambientes de aprendizagem, relacionando a eles os conteúdos de Química já citados, comprovando através da visita a campo e das aulas práticas os dados previamente obtidos.

RESULTADOS E DISCUSSÃO: As aulas práticas despertaram nos alunos a curiosidade, e eles realizaram as analises e ficavam interessados em saber melhor sobre o significado dos resultados obtidos através das análises do pH das amostras, mostravam-se motivados a todo o momento questionando e comparando a prática com o conteúdo da sala de aula. Observa-se também a ruptura de um paradigma para com a matéria, os novos saberes vão sendo substituídos pelos mitos e pensamentos errôneos a cerca do conteúdo apresentado. A diversificação do ambiente de aprendizagem contribuiu na observação, percepção e questionamento, foi feito o confronto dos dados obtidos na pesquisa com os que eram passados pelo técnico que orientava os alunos na visita à CAERD. Pode-se afirmar que o desenvolvimento das atividades de ensino proporcionaram a criação de vários ambientes de aprendizagem. O eixo principal da atividade foi em um ambiente de aprendizagem formal, pois docentes e discentes, planejaram, organizaram e avaliaram o processo, que estava inserido no contexto escolar, como uma das atividades da disciplina. Esse ambiente foi sistematizado e organizado, pois essa atividade levou os estudantes a criarem outros ambientes, vinculados à aprendizagem, caracterizados como ambientes não formais de aprendizagem. Outro ambiente criado a partir das atividades foi à participação do aluno na visita de campo, que, pela intencionalidade e planejamento existentes e pela não sistematização, caracterizou-se como um ambiente não formal de aprendizagem. Esse caráter não formal acentua-se bastante quando se consideram as aprendizagens realizadas durante a conversa dos estudantes com outras pessoas que possa contribuir para o conhecimento.

CONCLUSÕES: Conclui-se que proporcionar aos alunos diferentes ambientes de aprendizagem dentro da Química contribui significantemente para a criação de um elo entre conhecimento e prática, facilitando a mediação e transmissão das metodologias planejadas. Ao trabalhar pH da água nesse contexto já citado, aproxima o aluno e o conteúdo vinculando, envolvendo toda a comunidade escolar no processo de aprendizagem. É importante trazer uma temática pedagógica para sala de aula baseada em uma análise experimental, pois assim cria-se facilidades em desenvolver no aluno o interesse pelas matérias, aproxima e favorece o relacionamento entre as turmas e desperta toda a capacidade de desenvolvimento do aluno.

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: BRAGANÇA, B; FERREIRA, G. A. L; PONTELO, I. Mestrando em Educação Tecnológica do CEFET-MG: Práticas Educativas e ambientes de aprendizagem escolar: Relato de três experiências. 2007. Disponível em: http://www.senept.cefetmg.br > Acesso em 09/07/2013.