53º Congresso Brasileiro de Quimica
Realizado no Rio de Janeiro/RJ, de 14 a 18 de Outubro de 2013.
ISBN: 978-85-85905-06-4

ÁREA: Ensino de Química

TÍTULO: Produção Audiovisual, perspectivas didáticas do processo de Ensino Aprendizagem em Química no Ensino Médio

AUTORES: Vieira, G.A.C. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS (IFG)) ; Izarias, N.S. (INSTITUTO FEDERAL DE GOIÁS (IFG))

RESUMO: O tema desta pesquisa se refere à análise da produção audiovisual como recurso didático metodológico da aprendizagem de química no ensino médio, objetivando discutir se a produção audiovisual no ensino de química pode ser uma metodologia para a motivação dos alunos na aprendizagem dessa disciplina. Os dados inerentes ao estudo foram coletados, através da aplicação de questionários à professores de Química que atuam na rede pública de ensino. Buscou-se respostas, verificando o hábito de utilizar vídeos em suas aulas e se já produziram um vídeo em parceria com os alunos. Apontamos como resultado geral, que a produção audiovisual, é uma metodologia de ensino aprendizagem, por conciliar o estudo dirigido, à discussão em grupo, a experimentação científica e a verbalização do conhecimento.

PALAVRAS CHAVES: Produção audiovisual; Ensino de Química; Aprendizagem

INTRODUÇÃO: Esta pesquisa se refere à análise da produção audiovisual como recurso didático metodológico da aprendizagem de química no ensino médio. Investigamos a utilização de metodologias que possam dinamizar as aulas e despertar o interesse dos alunos para a construção da aprendizagem em química. “A utilização de recursos audiovisuais vem sendo discutida há muito tempo e incorporada ao ensino de ciências” (RESENDE, 2008, p. 1). Segundo Silva et al (2006, p. 12), “o uso de imagens constitui hoje parte fundamental das práticas de ensino, havendo um consenso entre vários autores sobre o importante papel pedagógico que elas desempenham no processo de ensino- aprendizagem”. Para Moran (1995), a força da linguagem audiovisual é muito intensa para a aprendizagem do indivíduo, devido ao fato de conseguir dizer muito mais do que capta com a leitura ou exposição de um determinado assunto. A partir desta visão proposta, este estudo buscou respostas para a pergunta: A utilização da produção audiovisual nas aulas de química pode motivar a aprendizagem dos alunos? Assim, partindo das investigações, buscou-se analisar a hipótese inicial de que os educadores encontrarem dificuldades em desenvolver os conteúdos de suas aulas tendo como estratégias principais as tecnologias de informação e comunicação (TICs), tais como: data show, retro projetor, entre outros. O uso de vídeos tem se tornado um recurso pedagógico para a prática docente, nas aulas de química, além de atrair a atenção do aluno e motivá-lo, o vídeo desperta a curiosidade fazendo com que o aluno sempre busque mais conhecimentos. Sendo assim, esse estudo foi desenvolvido com o objetivo de discutir, se a produção audiovisual no ensino de química pode ser uma metodologia alternativa que motive os alunos na aprendizagem de química.

MATERIAL E MÉTODOS: Esta pesquisa foi realizada no município de Uruaçu – GO. Os dados inerentes ao estudo foram coletados, através da aplicação de um questionário previamente estruturado e entregue aos professores de Química que atuam na rede pública Estadual e Federal de ensino, em visita previamente agendada. O questionário foi realizado com o objetivo de verificar se os educadores possuem o hábito de utilizar vídeos no desenvolvimento de suas aulas e se já vivenciaram a experiência de produzir um vídeo em parceria com os alunos. Após a produção dos vídeos, realizou-se um segundo questionário com os professores que participaram do projeto visando conhecer a opinião dos mesmos sobre a experiência de produzir vídeos com os alunos. Portanto, neste estudo foram utilizados os seguintes procedimentos metodológicos: 1) Pesquisa bibliográfica; 2) Pesquisa de campo; 3) Observação e acompanhamento das aulas de Química; 4) Coleta de informações; 5) Produção de vídeos; 6) Análise e interpretação das informações

RESULTADOS E DISCUSSÃO: A experiência segundo Ramos e Faria (2011), amplia uma melhor percepção sobre o aprender e ensinar, viabilizando uma melhor compreensão do cotidiano do aluno. Dentre os professores entrevistados, 85% deles utilizam os vídeos como recurso didático a depender do conteúdo. Vicentini e Domingues (2008) relatam a necessidade de se capacitar professores para uma melhor utilização dos vídeos como potencial didático educativo. Dois professores de química aceitaram o desafio da produção de vídeos com os alunos, como uma forma alternativa de motivação dos alunos na aprendizagem dessa disciplina. Os professores,relatram que foi um trabalho árduo, porém,tiveram resultados satisfatórios, foi notória a aprendizagem do conteúdo. Os alunos discutiam o assunto utilizando os termos corretos e, tambem apresentaram um bom resultado nas avaliações bimestrais. Dentre as vantagens dessa metodologia em relação aos alunos, destacamos: o trabalho em grupo; a pesquisa; a experimentação; a investigação de problemas e sistematização e organização do conhecimento. Por ser um trabalho que envolve múltiplos conhecimentos, é possível envolver até os alunos que não costumam participar de atividades. Sobre as desvantagens com a prática dessa metodologia, destaca-se a principal delas o tempo de acompanhamento e orientação dos grupos de alunos. O trabalho é feito em casa pelos alunos, e o professor acaba por gastar muito tempo nas orientações individuais que ocorrem em cada experimento, provocando um trabalho extra ao horário de aula. A análise das respostas dos professores comprova que, apesar das dificuldades vivenciadas tanto pelos alunos como pelos professores de Química no desenvolvimento da produção audiovisual, esta metodologia pode motivar a participação e facilitar a construção da aprendizagem.

CONCLUSÕES: Com o desenvolvimento desse estudo verificamos a aplicabilidade da produção audiovisual nas aulas de Química no Ensino Médio como ferramenta didática facilitadora da construção da aprendizagem. Portanto, podemos apontar que esta investigação, evidenciou excelentes resultados, pois é uma metodologia de ensino aprendizagem que concilia várias outras para a sua execução, como a pesquisa bibliográfica, o estudo dirigido, a discussão em grupo, a experimentação científica e a verbalização do conhecimento. Alguns vídeos produzidos foram postados no blog Quipibid (http://quipibid.blogspot.com.br/).

AGRADECIMENTOS:

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICA: MORÁN, J. M. O vídeo na sala de aula. Artigo publicado na revista Comunicação & Educação. São Paulo, ECA-Ed. Moderna, [2]: 27 a 35, jan./abr. de 1995.


RAMOS, M. B. J., FARIA, E. T. Organizadoras. Aprender e ensinar: diferentes olhares e práticas [recurso eletrônico] / – Dados eletrônicos. – Porto Alegre : PUCRS, 2011. Disponível em: <http://ebooks.pucrs.br/edipucrs/Ebooks/Pdf/978-85-397-0076-9.pdf> Aceso em 13 de
julho 2013.

REZENDE, L.A. História das ciências no ensino de ciências: contribuições dos recursos audiovisuais. Ciência em Tela, v. 1, n. 2, p. 1-7, 2008.


SILVA, E. O. da; NOVELLI, R. O uso de manuais e vídeos educativos como ferramenta de informação na formação da consciência ecológica para a proteção da lagosta de São Fidélis Macrobrachium carcinus, (Linnaeus, 1758) In: Anais do II EREBIO - Niterói, RJ: 2006.


VICENTINI, G. O uso do vídeo como instrumento didático e educativo em sala de aula. XIX ENANGRAD Curitiba, PR, 01 a 03 de outubro de 2012.