APROVEITAMENTO DAS CINZAS DA MADEIRA DO ANJICO NA FABRICAÇÃO DE SABÃO ORGÃNICO NO PROJETO DE ASSENTAMENTO DA REFORMA AGRARIA (PA’s) NO MUNICIPIO DE CONFRESA-MT.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Iniciação Científica

Autores

Bandeira de Jesus, E. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Bandeira de Jesus, J.N. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Bandeira de Jesus, L. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Januario de Mirando, C. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Rodrigues Gomes Cunha, C. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Aparecido Rodrigues da Silva, R. (IFMT CAMPUS CONFRESA)

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo a divulgação do aproveitamento do sabão das cinzas da madeira do angico (Anadenanthera falcata), queimadas nos Projetos de Assentamentos (PA’s) da Reforma Agraria do Município de Confresa/MT para a fabricação de sabão (conhecido como SABÃO DE DICUADA), descoberto há muitos anos atrás por pessoas que não tinha renda e nem condições para ir ate a cidade, o sabão eram utilizados por elas na higienização, na promoção e proteção à saúde servindo como anti-caspa e no combate a micose entre outras. Salientar que não é oneroso para fabricar por usar somente sebo de animais, as cinzas do angico e água, tornando-se sabão de baixo custo que não empregam o Hidróxido de Sódio (NaOH) como reagente.

Palavras chaves

SABÃO ORGANICO; ANGICO; CINZAS

Introdução

O Município de Confresa, Mato Grosso, situado ao nordeste do estado, é formado por uma população eclética, advinda de variados estados brasileiros, por consequência do forte fluxo migratório ocorrido para esta região, na década de 90. Acredita-se que o processo de fabricação de sabão, com o aproveitamento das cinzas da madeira do angico queimada nos projetos de assentamentos, juntamente com o sebo da matança dos bovinos, resulta em uma troca de conhecimentos e transformação da realidade dos envolvidos e, uma experiência para as famílias oriunda da sociedade de baixo poder aquisitivo dos PA’s do Município de Confresa/MT. O projeto irá atender os anseios das instituições e das populações estimulando o interesse pela sustentabilidade e a criação de trabalho e renda, empregando a ciência e tecnologia popular na produção e processamento do sabão orgânico. Sendo que o excedente deste produto pode ser distribuindo para comercio local, uma vez que é bastante usado na higienização e no combate de algumas doenças como micose, entre outras. A comunidade é o local próprio para fabricação do sabão, pois, lá estão à matéria prima e a mão de obra, não atrapalha as atividades laborais, não oferece risco à saúde e não afeta o meio ambiente.

Material e métodos

Os métodos utilizados neste trabalho pelas famílias são baseados em livros de soluções sustentáveis e conhecimento histórico dos seus antepassados. Primeiramente foi feita a coleta da cinza do angico, colocou-se bem prensado em recipiente perfurado com capacidade para 20 litros, em seguida é molhando com 02 litros de água/dia para curtir no período de 02 dias, depois o líquido que sai da lata, que é conhecido como “dicuada” que é principal ingrediente para fabricação do sabão orgânico, sendo a dicuada um substituto para a soda cáustica (NaOH ou KOH) devido o caráter básico da água, retirada no processo de lavagem da cinza, devido a presença de carbonato de potássio(K2CO3), que reagem com a cinza dando origem a íons negativos. Em seguida derreter o sebo em fogo lento até ficar uniforme, após esse processo coloca-se a “dicuada” juntamente com a água, deixando ferver até atingir o ponto adequado para fabricação. A metodologia para a fabricação do sabão orgânico foi utilizada os processos a seguir: Materiais Quantidade Cinzas 20 kg Sebo bovino 1,080 kg Água 6 L Balde (20 L) 1 Colher 1 Com esta quantidade de materiais, é possível ter um rendimento de “dicuada” de aproximadamente 4 litros, resultando em uma produção de 2 kg de sabão. O sabão apresenta coloração cinza escuro.

Resultado e discussão

Diante dos resultados obtidos, o baixo custo de produção e o envolvimento da comunidade dos Assentamentos, a produção pode ser incentivada, pois é sustentável. O resultado do processo de fabricação do sabão orgânico irá atender toda comunidade, envolvendo instituições, famílias de baixo poder aquisitivo e com difícil acesso aos grandes centro urbanos, em destacar atividades voltadas para fabricação e produção de sabão, partilhando com as famílias e comercializando os excedentes no comercio local, discutiu-se a viabilidade do projeto que começa em selecionar e capacitar profissionais.

Conclusões

O aproveitamento das cinzas para fabricação de sabão ainda não é atividade popular, mas, diante das análises discutidas pelos envolvidos: o projeto será uma transformação e uma experiência para as famílias, estimulando o interesse pelos problemas ambientais e ações educativas de trabalho, orientação de ciência e tecnologia na produção e processamento do sabão orgânico, somando e partilhando com as famílias que moram e vivem trabalham na zona rural, comercializando os excedentes no comercio local e também uma forma de está reciclando sendo que além do sebo pode-se usar óleo de comida que não será reutilizado.

Agradecimentos

• Lousim Bispo de Jesus e Juraci Bandeira da Costa • IFMT - Campus Confresa

Referências

•Sebastiana Binhelli Pereira - Vídeo da série “Ciência na Roça” Ponto Ciência.

•FARIAS, T. M.; Fabricação de sabões e materiais de limpeza utilizando óleos de plantas nativas e gorduras recicladas. Oficina, V Congresso Brasileiro de Agroecologia, Guarapari - MG, 2007.

•SACRAMENTO, J. Á. A. SABÃO-DE-BOLA. São João del - Rei- MG.


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