Socialização de experimentos de ciências naturais em escolas de Ensino Fundamental I e II do município de Cametá-Pa: um incentivo educacional para professores e alunos.

ISBN 978-85-85905-15-6

Área

Iniciação Científica

Autores

Moreira, P. (UFPA) ; de Melo, T. (UFPA) ; Estumano, G. (UFPA)

Resumo

Este trabalho pretende mostrar os resultados do projeto de socialização de experimentos de química básica em escolas públicas do município de Cametá-Pa, em turmas do Ensino Fundamental. Os experimentos foram realizados com a utilização de materiais alternativos de fácil acesso e baixo custo. Os discentes e os professores das escolas participaram ativamente da aplicação do projeto desde a pesquisa de experimentos até a confecção de roteiros dos ensaios. O projeto foi de extrema importância como precursor da utilização da metodologia de experimentação química, devido à inexistência de laboratórios e equipamentos nas escolas públicas.

Palavras chaves

Ensino de Química; Experimentos; Materiais alternativos

Introdução

O ensino das ciências naturais no ensino fundamental objetiva fazer o aluno desenvolver competências que lhes permitam compreender o mundo e atuar como indivíduo e cidadão, utilizando o conhecimento de natureza científica e tecnológica para a melhoria da qualidade de vida (PCN vol.4, 1997, P.39). O projeto procurou levar para sala de aula experimentos científicos com o intuito de instigar a curiosidade e o interesse do aluno, para a partir daí começar a ser implantado, tanto no aluno como no professor, a perspectiva de desenvolver um método científico de aprendizagem com a demonstração experimental. Além da aplicação de experimentos em sala de aula, o projeto possibilitou a reunião dos diversos experimentos pesquisados e aplicados, em um manual, o qual pode ser utilizado por todos os professores da região trazendo um incremento significativo no processo ensino-aprendizagem de química a nível de ensino fundamental.

Material e métodos

A metodologia de execução do projeto seguiu as seguintes diretrizes: 1. Análise dos PCNs (Parâmetros curriculares nacionais) de ciências naturais; 2. Desenvolvimento da experimentação após as aulas teóricas, onde os próprios alunos puderam executar os experimentos e discutir os resultados; 3. Utilização de materiais alternativos e de fácil acesso, 4. Aplicação de questionário, como método de avaliação para analisar o nível de aprendizado dos alunos após as aulas. 5. Elaboração de manuais dos experimentos. As aplicações foram feitas nas escolas municipais de ensino Fundamental I: Prof.ª Francisca Arnald da Pina, Malvina Muniz e Prof.ª Nazaré Peres. Para o ensino fundamental II as escolas foram: General Osório, Prof.ª Dalila Leão e Noêmia da Silva Martins, devidamente descritas de acordo com o quadro 1.

Resultado e discussão

A aplicação do projeto atingiu o público de 151 alunos em salas de aula nas 10 turmas onde foi aplicado, tendo em média 25 alunos por turma. Levando em consideração a temática da metodologia do ensino de ciências no que tange à alfabetização científica, os alunos foram questionados com as seguintes questões: Você acha que as atividades experimentais são importantes para seu aprendizado? Você concorda em inserir as aulas experimentais como componente curricular na disciplina de ciências? Os resultados mostraram que cerca de 90% dos alunos por turma, responderam que sim para as questões acima e após a resposta perguntei o porquê de sua resposta, e os que disseram “sim” responderam que por conta de não conseguirem fixar os assuntos estudados e sentirem grande dificuldade de compreensão. E os poucos que disseram “não” disseram que conseguiam entender conteúdos mesmo sem desenvolver experimentos. O projeto trouxe bons resultados, tanto para os alunos, que demonstraram entusiasmo durante as atividades, quanto para os professores, que com o apoio do projeto, poderão a partir da experiência, contar com mais uma ferramenta em sua metodologia de ensino, levando para seus alunos o primeiro passo para despertar o método científico. A utilização da experimentação é considerada para o ensino de Ciências, como essencial para a aprendizagem científica (Rosito (2008)). Dessa forma (SERAFIM, 2001), podemos inferir que o aluno que não reconhece o conhecimento científico em situações do seu cotidiano, não foi capaz de compreender a teoria. Mostramos através dos resultados dos questionários que a experimentação em torno de todo o contexto teórico e histórico, estimula o aluno a desenvolver um conhecimento científico ajudando-os a compreenderem melhor a teoria.

Figura 1 - Alunos do 7º ano da escola EMEF Dalila Leão.

A Figura 1 mostra os alunos da escola EMEF Dalila Leão interagindo através dos experimentos, demostrando bastante entusiasmo para com os mesmos

Quadro 1 – Descrição da aplicação do projeto

O quadro 1 descreve a sistemática de aplicação dos experimentos nas diferentes escolas.

Conclusões

Sabemos que muitas escolas não contam com laboratório, materiais específicos e nem reagentes que possam auxiliar o professor, mesmo assim é possível realizar experimentos científicos simples em sala de aula em conjunto com os conteúdos estudados, utilizando materiais alternativos e de fácil acesso, para que assim os alunos possam compreender melhor o que está sendo estudado, dando ênfase ao conhecimento científico.

Agradecimentos

Ao professor orientador Dr Gerson dos Santos Estumano e a UFPA pelo financiamento através do PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação científica)

Referências

SERAFIM, M.C. A Falácia da Dicotomia Teoria-Prática Rev. Espaço Acadêmico, 7. Acesso em 19.05.2011. Disponível em: www.espacoacademico.com.br, 2001.
ROSITO, B. A. O Ensino de Ciências e a Experimentação. In: MORAES, R. (org.). Construtivismo e Ensino de Ciências: Reflexões Epistemológicas e Metodológicas. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2008.
PCN, parâmetros curriculares nacionais vol.4. Brasília, 1997. Pag.39.

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