Bingo Químico da distribuição eletrônica e tabela periódica.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

de Jesus, D. (INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ) ; Assunção, R. (INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ) ; Wataya, C. (INSTITUTO FEDERAL DO PARÁ)

Resumo

Os jogos proporcionam uma metodologia inovadora e atraente para ensinar de forma mais prazerosa e interessante, já que a falta de motivação é a principal causa do desinteresse dos estudantes, quase sempre acarretada pela metodologia utilizada pelo professor, ao repassar os conteúdos. Logo este trabalho tem o objetivo de relatar uma atividade lúdica no Ensino de Química, com alunos da 1ª série do Ensino Médio de uma escola particular do município de Belém no estado do Pará.Os resultados indicaram que a maioria dos alunos gostou da estratégia, pois esta tornou a aula mais interessante e dinâmica, contribuiu para a fixação do assunto ministrado anteriormente, promoveu estímulo ao estudo, despertou a curiosidade e motivou-os a participarem da construção do próprio conhecimento.

Palavras chaves

jogos; metodologia; atividade lúdica

Introdução

Ensinar química sempre foi um grande desafio para muitos docentes. Buscar inovar a educação através de aulas práticas faz desenvolver no aluno a capacidade de participar criticamente, e com isso, formar cidadãos capazes de contribuir para o desenvolvimento da sociedade. Neste sentido o presente trabalho teve como objetivo analisar a influência do brincar no desenvolvimento da aprendizagem e da criatividade dos discentes, onde foi possível analisar a aceitação na aplicação dos jogos didático-pedagógicos para auxiliar nas aulas sobre distribuição eletrônica e tabela periódica. Segundo Kishimoto (1994), o jogo é considerado um tipo de atividade lúdica, possui duas funções: a lúdica e a educativa. Elas devem estar em equilíbrio. Para Miranda (2001), a utilização de jogos em sala de aula pode trazer benefícios pedagógicos a fenômenos diretamente ligados à aprendizagem: cognição, afeição, socialização, motivação e criatividade. Para o desenvolvimento deste projeto de pesquisa houve a necessidade de se fazer um levantamento de material bibliográfico e análise dos mesmos, posteriormente foi feita uma pesquisa de campo através de uma aula prática com alunos da 1ª série do Ensino Médio da instituição de ensino particular ‘‘Nossa Escola’’ no Município de Belém no Estado do Pará. Onde foi possível observar de que maneira o Lúdico está inserido na realidade da escola e os impactos positivos que os jogos podem provocar no processo de ensino- aprendizagem. Segundo Fogaça (2003), Martins, Santa maria e Aguiar (2003, p. 18) afirmam: “Quando se valorizam a construção de conhecimentos químicos pelo aluno e a ampliação do processo ensino-aprendizagem ao cotidiano, aliadas a práticas de pesquisa experimental(...)na verdade esta se praticando a educação química.

Material e métodos

O processo de realização deste trabalho foi dividido em duas etapas. Na primeira etapa foi ministrada uma aula de distribuição eletrônica e tabela periódica dos elementos representativos. Utilizou-se como parte da metodologia aula expositiva, e recursos audiovisuais como o data show. A segunda etapa foi a aplicação do jogo. Foram selecionados 44 elementos químicos do grupo A da tabela periódica e seus símbolos atômicos divididos de forma aleatória em 40 cartelas diferentes de bingo. Material utilizado: globo, pedras de bingo, tabela periódica, cartelas de bingo padronizadas com o simbolo dos elementos químicos. 1- O mediador (professor) gira o globo e sorteia uma pedra, que contém um número atômico de um elemento químico do grupo A. 2- O aluno deverá desenvolver a distribuição eletrônica do número chamado e com o auxílio da tabela periódica fornecida junto com as cartelas identificar através do período e família o elemento químico que pertence a aquele número atômico. 3- Ao identificar o elemento químico o aluno deverá observar se este consta em sua cartela e então marcar. 4- O jogo termina quando alguém completa uma linha na horizontal, vertical, diagonal ou cartela cheia, a critério previamente acordado com os participantes do jogo. 5- Em caso de empate será feita uma rodada extra entre os empatados marcando a cartela na vertical horizontal ou diagonal. 6- A cartela que “bingar’’ só terá validade se todos os elementos químicos nela contidos estiverem com suas respectivas configurações eletrônicas.

Resultado e discussão

Ao final da dinâmica foi perguntado aos discentes da instituição de ensino se eles entenderam o assunto ministrado em sala de aula. 100% dos alunos assinalaram que entenderam o conteúdo ministrado. Foi também perguntado aos discentes se eles compreenderam a dinâmica do jogo. Dois quais 98% responderam que o jogo foi de fácil compreensão. A próxima pergunta investigou se o jogo serviu para deixar a aula mais atrativa e 100% dos estudantes sinalizaram que a aula ficou muito mais interessante com a aplicação do lúdico. A pergunta seguinte verificou se houve maior assimilação do conteúdo com a aplicação do jogo e houve unanimidade entre os alunos de que a fixação do conteúdo proposto foi bem maior após o lúdico ter sido aplicado.

Conclusões

Neste trabalho foi ministrado a dinâmica do bingo químico de uma forma diferente. Diante dos resultados obtidos acredita-se que o professor deve usar desses recursos pedagógicos para inserir conteúdos no seu plano de aula, para que os discentes possam desenvolver o seu raciocínio e construir o seu conhecimento de forma descontraída. O trabalho apresentado foi de grande relevância, pois possibilitou observar que os jogos facilitam e favorecem o ensino-aprendizagem e que para uma educação com qualidade é preciso inovar sempre.

Agradecimentos

Referências

FOGAÇA, F.C. Universidade estadual de londrina. Formações discursivas polêmicas nos bastidores da educação, londrina, PR, p. 18, 2003.

KISHIMOTO, T. M. O Jogo e a Educação Infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.

MARTINS, A. B.; SANTA MARIA, L. C.; AGUIAR, M. R. M. P. Química Nova na Escola, São Paulo, n. 18, p. 18-21, 2003.

MIRANDA, Simão de. Do fascínio do jogo à alegria do aprender nas séries inicias. São Paulo: Papirus, 2001.

Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul