Análise de concepções de alunos a partir de zonas do perfil conceitual de modelo atômico.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Vicente, D.A. (UFPE) ; do Amaral, E.M.R. (UFRPE)

Resumo

Será identificado através da análise de questionários, as possíveis concepções apresentadas por 13 alunos em zonas do perfil conceitual de modelos atômicos definidas por Mortimer a partir de uma intervenção didática realizada em uma escola pública do recife (PE).

Palavras chaves

Ensino de Química; Modelos Atômicos; Perfil Conceitual

Introdução

Perfil conceitual é um modelo teórico proposto por Mortimer (2000) inspirado no perfil epistemológico de Bachelard, a partir do qual buscamos estruturar diferentes concepções sobre um conceito científico que o indivíduo possa apresentar, incluindo visões de senso comum e cientifica. Com base no perfil conceitual, Mortimer (2000) realizou estudos sobre o conceito de modelo atômico, agrupando concepções atomísticas de estudantes em três zonas: realista, substancialista e clássica. Na zona realista, estão reunidas ideias nas quais há ausência de qualquer noção de descontinuidade da matéria, ou seja, a negação do atomismo. Nesse sentido, pode-se verificar que existe uma dificuldade dos alunos em compreender a existência do vazio. A zona substancialista é constituída por representações de alunos, nas quais as partículas são consideradas como grãos de matéria, com suas propriedades inerentes: dilatação, contração, mudança de estado, entre outras, atribuídas às partículas. Por fim, a zona clássica, na qual ideias apontam para o átomo como unidade básica da matéria, conservada durante as transformações químicas, cujo comportamento é governado pelas leis mecânicas e cuja combinação resulta nas moléculas. As dificuldades nessa zona do perfil estão relacionadas com a percepção sobre a conservação de massa nos processos químicos. Neste trabalho, o nosso objetivo foi analisar concepções de alunos sobre modelo atômico, a partir dessas zonas do perfil conceitual, tendo em vista o desenvolvimento de recursos didáticos para o ensino de modelo atômico, posteriormente.

Material e métodos

Para o levantamento das concepções, foi realizada uma intervenção didática, no Ambiente Químico, UFRPE, com 13 alunos de uma escola pública de Recife (PE), com faixa etária entre 18 e 55 anos, na qual foram feitas demonstrações de alguns experimentos e foi aplicado um questionário. Dos cinco experimentos realizados, dois foram propostos por Mortimer (1995). O questionário aplicado tinha cinco questões, das quais três serão analisadas nesse trabalho, e em todas as questões solicitavam-se que os alunos além de explicar os fenômenos representações em forma de desenho os mesmos a partir de moléculas e/ou modelos atômicos.

Resultado e discussão

Os alunos (A.2), (A.3), (A.6), (A.8), (A.10) e (A.11) na primeira questão apresentaram ideias características da zona substancialista. Os alunos (A.1), (A.4), (A.9) (A.12) e (A.13) apresentaram concepções condizentes com a zona realista. Os alunos (A.1), (A.2), (A.4), (A.10), (A.11) e (A.12) de acordo com as suas interpretações referentes à segunda questão apresentaram concepções referentes à zona realista e nenhum aluno apresentou a concepção substâncialista nessa questão. Na terceira questão, as respostas dos alunos (A.2), (A.7), (A.8), (A.11) e (A.12) trouxeram ideias caracterizadas predominantemente na zona substancialista do perfil e os alunos que tiveram a partir de suas a predominância na realista são: (A.1), (A.4), (A.6), (A.10) e (A.13). O aluno (A.5) em todas as questões apresentou ideias que traduzem uma visão animista da matéria representando partículas em forma de faces/bonecos. E o aluno (A.7) apresentou mesma visão na questão um em falar em reprodução de moléculas. A maioria dos alunos apresentaram ideias de zonas diversas, como previsto nos pressupostos do perfil conceitual.

Conclusões

Os alunos participantes dessa atividade apresentaram diversas concepções sobre modelo atômico. As zonas propostas para o perfil conceitual foram importantes para a compreensão e análise das concepções apresentadas pelos alunos. Nesse sentido, elas podem contribuir efetivamente na elaboração de recursos didáticos que promovam discussões frutíferas sobre a visão científica e as concepções dos estudantes no processo de ensino-aprendizagem de química.

Agradecimentos

Ao CNPq e a Edenia do Amaral.

Referências

MORTIMER, E.D. Linguagem e Formação de Conceitos no
Ensino de Ciências. Editora: UFMG. Belo Horizonte, 2000.
MORTIMER, E.F. concepções atomistas dos estudantes.
Química nova na escola. N°1 Maio de 1995.
Segundo Bachelard IN, MORTIMER, E.F. Concepções
atomistas dos estudantes. Química nova na escola. N°1 Maio
de 1995.

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