NUVEM NA GARRAFA - UMA PROPOSTA DE EXPERIMENTAÇÃO PARA FEIRA DE CIÊNCIAS UTILIZANDO MATERIAIS DE BAIXO CUSTO COMO FERRAMENTA DE CONTEXTUALIZAÇÃO NO ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Francisco de Carvalho, R. (IFTO/CAMPUS PARAÍSO) ; da Silva Luz, P. (IFTO/CAMPUS PARAÍSO) ; de Jesus Sousa, K. (IFTO/CAMPUS PARAÍSO) ; Porto Barros, M.M. (IFTO/CAMPUS PARAÍSO) ; Ferreira Rosa, A.C. (IFTO/CAMPUS PARAÍSO) ; Monteiro de Moura Brandão, G. (ESCOLA ESTADUAL IDALINA DE PAULA) ; Pereir Alexandre, G. (IFTO/CAMPUS PARAÍSO)

Resumo

O Ensino de Química está diretamente ligado à experimentação. Na Feira de Ciências os conhecimentos teóricos são expostos para a comunidade. Um dos maiores desafios é encontrar experimentos que sejam de baixo custo e que sejam capazes de abranger uma gama de conteúdos. Pensando nessa problemática fez-se um experimento pelos alunos do 2º ano do Ensino Médio do Colégio Idalina de Paula, da cidade de Paraíso do Tocantins/TO. O principal objetivo da prática foi apresentar de forma simples conceitos importantes para o entendimento da formação de nuvens, temperatura e pressão. A metodologia adotada foi com encontros diários para diagnóstico, confecção, estudo, e avaliação final. Ao final foi possível concluir que a Feira de Ciências ajudou no desenvolvimento social e intelectual dos estudantes.

Palavras chaves

Ensino de química; feira de ciências; contextualização

Introdução

A experimentação está diretamente ligada a Química no ensino. A feira de ciências possibilita a vinculação do conhecimento teórico com o prático de forma a atingir os objetivos da educação. A Feira de Ciências é uma exibição competitiva de trabalhos científicos desenvolvidos e apresentados por estudantes sob supervisão de professores e outras pessoas interessadas. Ela proporciona uma excelente oportunidade para estudantes com imaginação e iniciativa apresentarem suas ideias [...] (UNESCO, 1956). Com o objetivo de apresentar uma experimentação fácil foi proposta a confecção e montagem dos materiais para a prática “Nuvem na Garrafa” a partir de Materiais de Baixo Custo (MBC). A partir do experimento é possível abordar conteúdos como pressão e temperatura para entender a processo de formação das nuvens. A prática foi importante para que os alunos compreendessem o processo de formação das nuvens, conceitos de temperatura, pressão e estudo dos gases.

Material e métodos

O trabalho foi realizado no Escola Estadual Idalina de Paula, no município de Paraíso do Tocantins/TO com alunos do 2º ano do Ensino Médio pelo projeto PIBID/Paraíso. Na pesquisa do experimento a principal proposta da Feira de Ciências era que no mesmo fossem utilizados MBC e de fácil manuseio. O experimento escolhido foi “Nuvem na Garrafa” que abordava conteúdos de temperatura e pressão. Para o experimento foram escolhidos 3 alunos, todos do 2º ano do turno matutino. Foi marcado um dia para a apresentação do supervisor e o experimento para os alunos participantes. A reunião não demorou muito pois, este primeiro contato era apenas para a apresentação da proposta e para que os alunos já fossem providenciando os materiais a serem utilizados. No mesmo dia foi entregue o experimento escrito com materiais e métodos a serem utilizados para o experimento. Na segunda reunião fez-se uma atividade diagnóstico com os alunos para saber em quais pontos precisariam melhorar. A atividade diagnóstico foi por meio de um questionário escrito com 4 questões com perguntas dissertativas de nível básico sobre o conteúdo envolvido no experimento. A confecção do experimento foi muito importante para que os alunos começassem a reunir conceitos de temperatura e pressão e ver se o experimento iria dar certo. Neste mesmo momento foram sanadas dúvidas e corrigidos os erros diagnosticados na primeira atividade. Depois desta última reunião os alunos já estavam prontos para a Feira de Ciências.

Resultado e discussão

No questionário diagnóstico foi possível perceber que os alunos conseguiam explicar algumas questões, como “Por que temos que bombear a garrafa com ar?”, em termos gerais sem especificar qualquer relação com a pressão e temperatura. Durante a preparação nos encontros foi interessante observar o empenho e evolução dos alunos. Os resultados obtidos através da Feira de Ciências mostram que essa pode ser uma alternativa para o ensino. Foi possível exemplificar de forma simples e fácil um pouco de conceitos de temperatura, pressão, formação das nuvens. Com a aplicação do questionário final foi possível perceber que os estudantes passaram a utilizar termos mais técnicos para explicar as questões. A feira de ciências foi de grande proveito para os alunos. A “Nuvem na Garrafa”, que causava um efeito visual muito bom, foi muito bem explicada pelos alunos. Foi possível perceber que os mesmos estavam muitos seguros do conteúdo. Conseguiu-se ver a importância da feira de ciências para o ensino, para os alunos, para os professores, para a comunidade. Este é o momento em que a escola dialoga com a sociedade de forma simples e inteligente. Este é o momento em que os alunos percebem que a ciência é legal e que está em tudo a nossa volta o que torna a aprendizagem mais contextualizada e mais significativa pois [...]o conhecimento é uma produção contextualizada (BARCELOS, 2014). E o conhecimento produzido por meio da prática e da reflexão auxilia o professor tanto no desenvolvimento dos trabalhos na sala de aula como na tarefa de aprendizagem dos alunos, além de propiciar modificações curriculares exigidas pelas demandas ocorridas na sala de aula e na escola. (JARDILINO e ARAÚJO, 2014).

Conclusões

Com a análise dos resultados durante todo o processo foi possível perceber o empenho e participação dos estudantes ao fazer cada atividade. Os conceitos de temperatura e pressão se tornaram mais fáceis de ser explicados pelos estudantes depois da feira de ciências, além da compreensão do processo de formação das nuvens. Tendo em vistas os resultados positivos da Feira de Ciências podemos concluir que esta se torna um importante momento para o estreitamento dos laços entre estudantes, professores e comunidade.

Agradecimentos

A Capes por possibilitar esse contato do formando com professores e alunos de outras instituições.

Referências

BARCELOS, Valdo. Formação de Professores para Educação de Jovens e Adultos. 6 ed. Rio de Janeiro: Vozes, 2014. Pag. 35.

JARDILINO, José Rubens Lima; ARAÚJO, Regina Magna Bonifácio de. Educação de Jovens e Adultos: sujeitos, saberes e práticas. 1 ed. São Paulo: Cortez, 2014. Pag. 151.

UNESCO, SCIENCE TEACHING SERVICES NO. 11, “The Science Fair – Tool of Science Education”, disponível em < http://unesdoc.unesco.org/images/0015/001546/154690eb.pdf > Acesso em 25 de julho de 2017.

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