FLUTUA OU NÃO FLUTUA? AULA EXPERIMENTAL COMO AUXILIO NA APRENDIZAGEM DAS MISTURAS E DENSIDADE DO ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Silva, F.P. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Viroli, S.L.M. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Soares, G.B. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS) ; Paula, D.G.A. (IFTO CAMPUS PARAÍSO DO TOCANTINS)

Resumo

Tudo o que podemos imaginar é formado por matéria. O homem cria experimentos que simulem os fenômenos naturais. A experimentação é uma ferramenta capaz de criar problemas que envolvam a contextualização e investigações. A pesquisa foi realizada com 40 alunos do Ensino Médio. Os alunos participaram de uma aula com a explanação do conteúdo sobre densidade, misturas, miscibilidade e polaridade. Após o experimento, os alunos foram submetidos a questionário. A atividade experimental deve ser incluída no planejamento dos professores, vai dar um novo horizonte para aprendizagem diferenciada.

Palavras chaves

Experimentação; misturas; missibilidade

Introdução

Sendo a Química caracterizada pelo estudo da matéria e de suas transformações sofridas, pode-se facilmente supor que esta disciplina não está vinculada apenas ao âmbito teórico, tendo em vista que tudo o que podemos imaginar é formado por matéria, que se transformará gerando seus produtos (SILVA, 2017). Uma das principais características do ser humano é a curiosidade e a necessidade de descobrir os segredos da natureza, sendo que para alcançar esse objetivo, nem sempre a observação é suficiente (SILVA, 2016). Há séculos o homem cria experimentos que simulem os fenômenos naturais. A interpretação lógica e criativa dos resultados desses experimentos tem sido um dos pilares do conhecimento científico (USBERCO; SALVADOR, 2000). A forma de ensino na maior parte das instituições, nada mais é do que uma transmissão de matéria, onde o docente apresenta o que está no livro didático e os alunos ouvem e memorizam (PEREIRA, 2014; SILVA, 2016). Para Araújo et al. (2013) a experimentação é uma ferramenta capaz de criar problemas que envolvam a contextualização e investigações de diversos conteúdos contribuindo para o ensino de Química. Em muitas escolas da rede pública de ensino possuem dificuldade na realização de aulas práticas devido à falta de estrutura e materiais, entretanto, a experimentação desperta o interesse dos alunos, auxilia a enfocar a atenção no comportamento e propriedades de substâncias químicas e auxiliam no processo de aquisição de conhecimento científico do estudante de Química (PENAFORTE e SANTOS, 2014). Diante dos aspectos positivos que uso da experimentação como recurso didático pode proporcionar ao ensino, este trabalho teve como objetivo analisar a eficiência da experimentação como facilitadora do ensino dos conteúdos de misturas, densidade e soluções.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada no Colégio Estadual Trajano de Almeida localizado no Município de Caseara-TO, com 40 alunos do 1° ano do Ensino Médio do turno vespertino no mês de junho de 2017 (total de quatro aulas de 50 min cada). Em um primeiro momento, os alunos responderam ao primeiro questionário com questões voltadas ao conteúdo de Química proposto na atividade com o intuito de obter informações do quanto de conhecimento estes alunos tinham a respeito do assunto. No segundo momento, os alunos participaram de uma aula com a explanação do conteúdo sobre densidade, misturas, miscibilidade e polaridade. No terceiro momento, foi feito pelos alunos o experimento intitulado “Flutua ou não flutua?” onde foram utilizados material alternativo como Água, Óleo de Soja, Glicerina, seringas descartáveis de 20 e 5 mL, pedaço de metal, garrafas pet, Caixa de Papelão ou plástico, para transporte e armazenagem de materiais, Tampas de garrafas pet, Espuma contada em cubos (polímero). Após o experimento, os alunos foram submetidos novamente a um questionário com perguntas referentes ao conteúdo e ao experimento proposto com a finalidade de extrair o quanto foi aprendido, bem como a opinião dos alunos.

Resultado e discussão

Após a aplicação dos questionários para os alunos foram obtidos os resultados demostrados no Gráfico 01, o percentual de erros e acertos das questões antes e depois do experimento aplicado.Antes do experimento foi aplicada uma avaliação diagnostica com o intuito de obter informações do quanto de conhecimento estes alunos tinham a respeito do conteúdo de, densidade, misturas, miscibilidade, polaridade e solubilidade. Após a aplicação da avaliação diagnostica ficou evidenciado que 55% da turma do 1º Ano do Ensino Médio do Colégio Estadual Trajano de Almeida erraram as questões da avaliação diagnostica. Silva (2016) encontrou percentual de erros acima de 55% em avaliação diagnostica realizada com alunos na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Frei Daniel localizada no município de Belém-PA. Silva (2013) justifica a avaliação diagnostica dizendo que diz que toda forma de ensino-aprendizagem deve ser centrada no aluno, que é o principal objeto de estudo. As respostas dos alunos obtidas no segundo questionário após o experimento realizado totalizaram um percentual de 95% de acerto. Francisco Júnior, Ferreira e Hartwing (2008), ao qual afirma que as atividades experimentais estimulam o interesse dos alunos em sala de aula e o engajamento em atividades subsequentes. Quanto a contribuição da experimentação para o aprendizado dos alunos do 1º Ano do Colégio Estadual Trajano de Almeida 100% disseram que o experimento contribui para o entendimento do conteúdo.

Gráfico 01

Gráfico 01- Erros e acertos antes e depois do experimento

Imagem 01

Imagem 01. Experimento em sala sobre densidade

Conclusões

De acordo com os resultados obtidos com os questionários aplicados pode- se afirmar que o uso de experimentos é eficiente como recurso didático no auxílio para aprendizagem de Química. A atividade experimental deve ser incluída no planejamento dos professores, pois por mais simples que seja uma atividade experimental sempre vai dar um novo horizonte para aprendizagem diferenciada.

Agradecimentos

A Deus Ao IFTO

Referências

ARAÚJO, M. L. M.; SANTOS, J. A. M.; SANTOS, C. S.; ALMEIDA, C. L.; PEREIRA, A. F. K. D.; SILVA, R. O.; ARAÚJO, F. T. S.; Neto, M. H. L. A Utilização da experimentação no ensino de Química como forma de analisar o Potencial Hidrogeniônico do solo do Açude Boqueirão do Caís em Cuité-Paraíba. 2013. 1 p. In: CONGRESSO NORTE NORDES DE QUÍMICA, 5º, 2013. Natal – RN. Anais... Natal - RN, 2013

FRANCISCO JUNIOR, W. E; FERREIRA, L. H; HARTWIG, D. R. Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Salas de Aula de Ciências. Química Nova na Escola, n° 30, p. 34-41 novembro 2008.

PENAFORTE, G. S.; SANTOS, V. S. O Ensino de Química por meio de atividades experimentais: aplicação de um novo indicador natural de pH como alternativa no processo de construção do conhecimento no ensino de ácidos e bases. [b]Revista EDUCAmazônia[/b], v. 13, n. 2, p. 8-21, 2014.

PEREIRA, J. T. A inserção de jogos didáticos na formação de graduandos em Química da UEPB-Campos de Patos. 2014, 69f. Trabalho de conclusão de curso- (graduação em Química)- Universidade Estadual da Paraíba, 2014. 17 p.

SILVA, A.M.; FERREIRA, S.S. A importância das aulas práticas e da contextualização no ensino de química para o ensino médio. In: SIMPOSIO BRASILEIRO DE EDUCAÇÃO EM QUÍMICA, 15º, 2017. Manaus-AM. Anais... Manaus-AM, 2017

SILVA, M.C.R. et.al. A experimentação como recurso didático para a aprendizagem dos conteúdos: misturas, soluções e polaridade. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE QUÍMICA, 56º., 2016. Belém - PA. Anais. Belém – PA, 2016

SILVA, S.G. As principais dificuldades na aprendizagem de Química na visão dos alunos do ensino médio. IX Congresso de Iniciação Cientifica do IFRN, 2013, 2 p.

USBERCO, J; SALVADOR, E. Química. Volume único. 4.ed. São Paulo:Editora Saraiva, 2000.

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