CONTRIBUIÇÕES DO PIBID/QUÍMICA: O JOGO DAS REAÇÕES COMO FERRAMENTA AVALIADORA DE APRENDIZAGEM

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Fonseca, A.S. (IFMA - CAMPUS MONTE CASTELO) ; Melo, A.L.M. (IFMA - CAMPUS MONTE CASTELO) ; Santos, A.K.M. (IFMA - CAMPUS MONTE CASTELO) ; Teixeira, E.J.N. (IFMA - CAMPUS MONTE CASTELO) ; Cavalcante, K.S.B. (IFMA - CAMPUS MONTE CASTELO)

Resumo

O Jogo das Reações é uma proposta lúdica para o ensino de química, sendo utilizado como recurso didático da construção e avaliação do conhecimento. através do projeto PIBID do IFMA – campus Monte Castelo, o principal objetivo foi de estimular e avaliar o conteúdo assimilado pelos alunos durante as aulas, acerca dos assuntos estudados, tendo como tema reações químicas. Os resultados mostraram que esta proposta foi importante para a avaliação e estimulação do aluno ao ensino, construindo novos conhecimentos, desenvolvendo diferentes habilidades também no campo afetivo e social dos estudantes.

Palavras chaves

Ensino; Aprendizagem; Lúdico

Introdução

Com o avanço tecnológico e sua diversidade atrativa cada vez maior por meio dos aparelhos eletrônicos, o professor atualmente encara uma realidade cada vez mais crescente de atrair os alunos para o aprendizado em sala de aula. Com isso, surge a necessidade de metodologias que chamem a atenção dos alunos para resgatar o interesse pelo conteúdo ministrado e para um aprendizado menos maçante. Para isto, uma das opções mais procuradas é a utilização de jogos. Segundo Fialho (2007, p.16) a exploração do aspecto lúdico, pode se tornar uma técnica facilitadora na elaboração de conceitos, no reforço de conteúdos, na sociabilidade entre os alunos, na criatividade e no espírito de competição e cooperação. Não só isso, mas ainda o jogo pedagógico ou didático é aquele fabricado com o objetivo de proporcionar determinadas aprendizagens, diferenciando-se do material pedagógico, por conter o aspecto lúdico (Cunha, 1988), e utilizado para atingir determinados objetivos pedagógicos, sendo uma alternativa para se melhorar o desempenho dos estudantes em alguns conteúdos de difícil aprendizagem (Gomes et al, 2001). Nesta perspectiva, o jogo não é o fim, mas o eixo que conduz a um conteúdo didático específico, resultando em um empréstimo da ação lúdica para a aquisição de informações(Kishimoto,1996). Com ênfase no ensino de química, o jogo é visto como proposta metodológica alternativa bastante eficaz e requisitada por grande parte dos professores, para fomentar esta necessidade cada vez maior de um ensino mais atrativo e de um aprendizado mais produtivo. Neste sentido, através do projeto PIBID o presente trabalho teve como objetivo principal de estimular e avaliar o conteúdo assimilado pelos mesmos durante as aulas, acerca dos assuntos estudados, tendo como tema principal:reações químicas.

Material e métodos

O trabalho foi desenvolvido em turmas do 1º Série de ensino médio do CE Gonçalves Dias, localizada na cidade de São Luís, Maranhão e foi desenvolvido em parceria com o projeto PIBID do IFMA – campus Monte Castelo. O jogo foi elaborado com base no conteúdo de reações químicas como: fatores que evidenciam, conceito das leis de reações, cálculo de acordo com as leis (Lavoisier, Proust). Com o objetivo de avaliar o conteúdo assimilado pelos mesmos durante as aulas. Para sua confecção utilizou-se materiais de baixo custo e fácil acesso. Foram elaborados um tabuleiro, dado, 04 peças para percorrer o caminho e 40 fichas de perguntas e opções de resposta, que variaram entre conceito e cálculos. A sala foi dividida em 04 grupos, onde cada pibidiano ficou responsável pelas fichas de cada grupo, e auxiliando em qualquer dificuldade dos alunos. O Jogo das Reações funciona como um jogo de tabuleiro, o dado é jogado e o número corresponde ao número de casas avançadas ou retornadas de acordo com acerto e erro, as fichas continham as perguntas sobre o conteúdo de reações. Por fim, como forma de avaliação da metodologia no processo de aprendizagem, foi aplicado um questionário que avaliou a aceitação do jogo por parte dos alunos.

Resultado e discussão

De acordo com a análise dos questionários, foi possível observar que houve grande aprovação dos alunos da metodologia de ensino aplicada, pois muitos não compreendiam os cálculos de reações e como identificar os produtos e reagentes, isso pode ser constatado nos relatos a seguir: “Foi interessante, porque me ajudou a tirar dúvidas sobre a identificação dos produtos e reagentes ” aluno A. Outro aluno destacou “Eu gostei muito, e uma forma diferente de aprender” aluno B. Com isso, a partir dos dados obtidos e das atividades posteriores à aplicação do jogo percebemos que a utilização do “Jogo das Reações” auxiliou o aprendizado dos alunos através de uma maneira divertida que atraiu muita curiosidade, assim desmitificando a química como matéria “chata”, “difícil” e “não muito interessante”, como vários estudantes citaram no questionário sobre como pensavam sobre a química antes da atividade do PIBID . É importante deixar claro que a função do jogo no ensino de química não é de memorização de conceitos, nomes ou fórmulas (Da Cunha, 2012), e sim como uma atividade lúdica que deve ser utilizada como meio de avaliação ou uma proposta de revisão e estimulação aos alunos a estudar, influenciando-os à pesquisa e a buscar os conteúdos que não compreendem. Os jogos são um importante recurso para as aulas de química, no sentido de servir como um reabilitador da aprendizagem mediante a experiência e a atividade dos estudantes. Além disso, desenvolvem diferentes habilidades também no campo afetivo e social do estudante (Cunha, 2004).

Aplicação do Jogo

Pibidianos e alunos durante a aplicação do jogo na escola CE Gonçalves Dias em São Luis-Ma.

Início do jogo

Montagem do jogo em sala de aula na escola CE Gonçalves Dias em São Luis-Ma.

Conclusões

Através da análise dos resultados, foi possível concluir que o jogo proporcionou uma avaliação do processo de ensino e aprendizagem. Os dados citados nos resultados reafirmam a importância do uso de uma proposta lúdica no ensino de química. Essa proposta didática citada anteriormente, deve mostrar aos alunos de forma contextualizada e com objetivos claros que despertem o interesse do aluno dentro e fora da sala de aula, auxiliando o professor nas dificuldades do ensino e tornando o conteúdo atrativo ao aluno.

Agradecimentos

A Escola Estadual Centro de Educacional Gonçalves Dias pelo espaço cedido, ao Programa de Bolsas de Iniciação à Docência - PIBID/CAPES.

Referências

CUNHA, M.B. Jogos de química: desenvolvendo habilidades e socializando o grupo. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE QUÍMICA, 12, 2004. Resumos ENEQ – 028. Goiânia, 2004.
CUNHA, N. Brinquedo, desafio e descoberta. Rio de Janeiro: FAE. 1988.
DA CUNHA, Marcia Borin. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para sua utilização em sala de aula. Química Nova na Escola, São Paulo,[s. L.], v. 34, n. 2, p. 92-98, 2012.
FIALHO, Neusa Nogueira. Jogos no Ensino de Química e Biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.
GOMES, R. R.; FRIEDRICH, M. A Contribuição dos jogos didáticos na aprendizagem de conteúdos de Ciências e Biologia. In: EREBIO,1, Rio de Janeiro, 2001, Anais..., Rio de Janeiro, 2001, p.389-92.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. Cortez, São Paulo, 1996.

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