Utilização do jogo “Qual a sua função inorgânica?” como auxilio no processo de ensino- aprendizagem das funções inorgânicas.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Sousa, E.C. (UECE) ; Cavalcanti, E.S.B. (UECE) ; Pessoa, L.A.B. (UECE) ; Targino, K.O. (UECE)

Resumo

A disciplina de química sempre foi vista pelos discentes como uma matéria chata e maçante, e os docentes sempre tiveram dificuldade de mudar esse tipo de pensamento. Com isso houve a necessidade de utilização de outras metodologias que pudesse torna a química mais atrativa. Uma dessas é a utilização do lúdico como auxilio no processo de ensino-aprendizagem. A aplicação do jogo “Qual sua função inorgânica?” teve como objetivo auxiliar no processo de ensino-aprendizagem dos alunos da 9° ano do ensino fundamental II de forma que fossem um complemento as aulas. Os resultados obtidos demonstraram que a utilização dessa metodologia foi correta, pois tornou as aulas mais atrativas, além de contribuir com a identificação das dificuldades que os alunos tinham referentes ao conteúdo.

Palavras chaves

Lúdico; Ensino-aprendizagem; Funções inorgânicas

Introdução

A disciplina de química ainda é vista por muitos alunos, como maçante, desestimulante e monótona. Podendo ser atribuído essas características ao fato de ser utilizado o método tradicional de ensino, visto que esse processo se caracteriza pela memorização de fórmulas e nomes de elementos, muitas vezes não relacionando com o cotidiano do aluno o fazendo questionar o motivo de estar estudando esses conteúdos (FERREIRA et al., 2012). Com isso a necessidade de estimular o interesse dos mesmos, principalmente, com os que estão tendo o seu primeiro contato com a disciplina de química, como os alunos do 9° ano do ensino fundamental II. Segundo Oliveira, Silva e Ferreira (2010) algumas pesquisas vem demonstrando que a utilização de jogos didáticos tem sido uma excelente alternativa de despertar o interesse dos alunos nessa disciplina de maneira que o lúdico venha como auxilio no processo de ensino-aprendizagem, assim como também contribua no desenvolvimento do ser humano, na sua perspectiva social, criativa, afetiva e cultural não sendo apenas para estimular o interesse em relação aos conteúdos, como também auxiliar no desenvolvimento social e cognitivo dos discentes (ALVES, BIANCHIN, 2010). Deve-se ressaltar também que a utilização desses jogos contribui na relação entre professor – aluno e também na avaliação do docente enquanto ao entendimento dos discentes aos conteúdos. No presente trabalho objetivou-se na aplicação do jogo “Qual a sua função inorgânica?” De maneira que contribuísse no processo de ensino-aprendizagem. Após a aplicação do jogo foi realizada uma avaliação onde visava saber dos discentes se a utilização do jogo contribuiu para estimular o interesse em relação as funções inorgânicas e assim avaliar a compreensão dos alunos em relação aos conteúdos ministrados.

Material e métodos

Foi realizada a aplicação do jogo “Qual sua função inorgânica?” aos 20 alunos da 9° ano do ensino fundamental II do colégio Educandário Francisco Ferreira Martins, localizado na Avenida Beatriz Braga no município de São Gonçalo do Amarante, no estado do Ceará. Após ser ministrado todo o conteúdo de funções inorgânicas, o jogo foi utilizado como auxilio no processo de ensino-aprendizagem. De maneira que revisassem, fixassem e compreendessem um pouco mais o conteúdo. Na confecção do material utilizou-se o Microsoft Word, impressa em papel A4 e colada em papel 40kg. O jogo se resume em um tabuleiro, com quatro peões, um dado, sessenta cartas com perguntas classificadas em fácil, média e difícil e trinta e duas dicas a serem entregues ao decorrer do jogo. Primeiramente foi explicado aos alunos como e quais eram as regras do jogo, depois eles foram divididos em quatro grupos de cinco e logo em seguida sorteou-se uma função inorgânica para cada grupo sem que o grupo soubesse qual foi a sua função escolhida. Foi com as dicas recebidas ao decorrer do jogo que eles descobriram a qual função que eles escolheram inicialmente. Para que houvesse um grupo vencedor, foi necessário que eles descobrissem qual a função inorgânica do seu grupo, sendo que o primeiro grupo que finalizou o jogo e colocou o peão na casa referente à chegada, teve a oportunidade de dizer sua função. Na segunda parte foi aplicado um questionário para identificar se o jogo influenciou os alunos a compreender e se interessar mais pelo conteúdo com perguntas alternativas para responder sim, não e outra. E algumas perguntas abertas “Você acha que diferentes metodologias deixam as aulas de química mais atrativas? Por quê? ,O que achou do jogo como metodologia de ensino? E como podemos melhorar?

Resultado e discussão

Os resultados da análise do questionário (Figura 1), aplicados aos 20 alunos do 9° ano do ensino fundamental II do Colégio Educandário Francisco Ferreira Martins encontram-se descritos no gráfico 1. Também foram realizadas algumas perguntas abertas. Em relação a essas, algumas respostas demonstraram como a utilização do lúdico pode contribuir no processo de ensino-aprendizado. Como por exemplo, o do aluno “A” que escreveu referente à pergunta: “Você acha que diferentes metodologias deixam as aulas de química mais atrativas? Por quê?” O aluno respondeu: “Sim, pois isso vai ajudar na interação dos alunos com o professor”. Também pode ser visto no relato do aluno “C”, que escreveu: “Sim, pois acho que uma aula muito teórica, só voltada para o conteúdo, acaba se tornando chata”. E também o do aluno “E”, “Sim, pois deixam as aulas mais interessantes e chamam mais atenção”, confirmando que os jogos contribuem significativamente na aprendizagem dos discentes, uma vez que as torna mais atraente e facilita a aproximação do professor com o aluno. Ainda referente às outras perguntas abertas, os alunos em unanimidade concordaram que a utilização do jogo como metodologia é muito atrativa e, segundo eles, legal. Quando perguntados sobre o que mudariam no jogo, a grande maioria disse que nada. Já outros alunos queriam que tivesse uma premiação e que dividissem em meninas x meninos. Em geral o jogo foi muito apreciado por todos e contribui bastante para que fossem identificadas as dificuldades dos discentes em relação ao conteúdo, tornando o objetivo do jogo alcançada.

Figura 1

Questionario

Gráfico 1

Análise gráfica das respostas do questionário.

Conclusões

Pode-se concluir que a utilização de metodologias alternativas como a de jogos contribui de forma significativa no processo de ensino-aprendizagem. Pois aulas diferentes, das quais os discentes estão acostumados, os levam a se envolverem mais com o conteúdo. Contribui também para que os docentes analisem as dificuldades que alguns discentes apresentam, não apenas com o que diz respeito à matéria, mas também com relação à socialização, contribuindo na formação educacional e social desses discentes.

Agradecimentos

A Universidade Estadual do Ceará, a coordenadora Iliana Maria Amorim de Abreu do Colégio Educandário Francisco Ferreira Martins, pelo espaço fornecido para aplicação

Referências

ALVES, L, BIANCHIN, MA. O jogo como recurso de aprendizagem. Rev. Psicopedagogia. 2010; 27(83):282-287.

OLIVEIRA, L. M. S.; SILVA, O. G. da.; FERREIRA, U. V. da S. Desenvolvendo jogos didáticos para o ensino de química. HOLOS, Ano 26, Vol. 5. 2010.

FERREIRA, E.A.; GODOI, T.R.A.; SILVA, L.G.M.; SILVA, T.P.; ALBUQUERQUE, A.V.. Aplicação de jogos lúdicos para o ensino de Química: auxílio nas aulas sobre tabela periódica. Anais do Encontro Nacional de Educação, Ciência e Tecnologia (UEPB), 2012, Campina Grande-PB.

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