Produção de Vídeos Digitais para o Ensino de Química Experimental

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Andrade, R.A.N. (IFRN-CAMPUS IPANGUAÇU) ; Almeida, L.F. (UFPB) ; Costa, D.J.E. (UFPB) ; Navarro, L.A.O. (UFRN) ; Paula, J.M. (UFRN)

Resumo

Este trabalho teve como objetivo, desenvolver uma ferramenta educacional e metodológica para o ensino experimental de Química, por meio de vídeos digitais. Os conceitos abordados foram distribuídos em cinco módulos, perfazendo um total de 13 vídeos. Todas as atividades filmadas foram realizadas dentro dos rigores necessários à determinação científica. Os procedimentos e materiais utilizados nas filmagens foram cometidos de forma a contemplar os aspectos científicos, didáticos e visuais. Uma pesquisa foi realizada a fim de verificar a viabilidade da utilização dos vídeos produzidos nesse trabalho em sala de aula e os resultados, corresponderam as perspectivas para que de forma adequada possam se tornar uma ferramenta que auxilie o ensino-aprendizagem da Química.

Palavras chaves

Filmagens; Vídeo Digital; Ensino de química

Introdução

Com a popularização da internet e o custo reduzido das filmadoras e câmaras digitais conferiram às pessoas a possibilidade de produzir e distribuir o próprio material audiovisual. A princípio, acreditou-se que tal processo colocaria a disposição do professor um recurso barato, acessível e com potencial para dinamizar as atividades didático-pedagógicas (VICENTINI e DOMINGUES, 2008). Ocorre, entretanto, que a incorporação dessa tecnologia pelas instituições de ensino e pelos professores não é tão simples quanto parece, até hoje, grande parte dos profissionais da educação enfrentam dificuldades para empregar a tecnologia audiovisual como um recurso pedagógico; ora devido à forma equivocada com que alguns programas didáticos propõem incorporação do vídeo ao trabalho em sala de aula, ora devido ao desconhecimento das potencialidades dessa mídia no processo de ensino e aprendizagem (VICENTINI e DOMINGUES, 2008). Pensando em superar esses óbices é preciso então produzir materiais que possam ser diretamente utilizados pelos professores, que motivem os Educandos, e que contribuam com a reforma do ensino de Química seja na escola, em um curso técnico ou no ensino superior (FRANCISCO, 2006).

Material e métodos

Para realizar as filmagens foi utilizada uma filmadora Sony HDR-CX 220 com um cartão de memória microSD de 16 Gigabytes Classe 10 com velocidade de 40 MB/s, para filmar vídeos em Full HD (1920x1080p). A maior parte das filmagens foi feita com a filmadora fixada a um tripé, afim de proporcionar uma maior estabilidade a filmadora. As filmagens seguiram os procedimentos do Roteiro de Aulas Práticas de Química Analítica II e Química Analítica Quantitativa Experimental do Departamento de Química da UFPB. (LYRA, 2013) Módulo 1 - Instruções para uso da balança analítica 1) Medida de massa de substâncias higroscópicas 2) Pesagem direta Módulo 2 - Instruções para preparação de soluções 1) Preparação de soluções com solutos líquidos 2) Preparação de soluções com solutos sólidos Módulo 3 - Instruções para o uso da bureta Módulo 4 - Padronizações 1) Ácido clorídrico com o bórax 2) Hidróxido de sódio com ácido clorídrico padronizado 3) Nitrato de prata com cloreto de sódio 4) EDTA com carbonato de cálcio 5) Permanganato de potássio com oxalato de sódio Módulo 5 – Análise de amostras 1) Volumetria de neutralização: determinação de hidróxido de magnésio no leite de magnésia. 2) Volumetria de precipitação: determinação de cloreto de sódio em soro fisiológico (método Mohr). 3) Volumetria de complexação: determinação de dureza de cálcio e magnésio na água. 4) Volumetria de oxirredução: determinação de peróxido de hidrogênio na água oxigenada. A fim de analisar a proposta da utilização dos vídeos produzidos nesse trabalho em sala de aula, foi necessária realizar uma pesquisa junto aos professores da instituição para delinear quais seriam os pontos fortes e quais seriam as possíveis deficiências existentes nos vídeos.

Resultado e discussão

De acordo com o questionário dos nove professores que responderam o questionário, seis responderam que sim e apenas três assinalaram a alternativa não. Em percentuais, esses números revelam que 80 % dos professores utilizam o vídeo em suas atividades e apenas 20 % afirmaram não utilizá-lo. Uma vez respondido que sim, o professor tinha que responder qual o principal motivo que o faz usar o vídeo em sala de aula. Nesta questão o professor poderia marcar mais de uma alternativa dentre as opções: é um elemento facilitador; auxilia a fixar os conteúdos programáticos; desperta o interesse dos educandos; serve como apoio no processo ensino e aprendizagem; torna as aulas mais dinâmicas e enriquecedoras. Para essa questão, merece destaque a segunda alternativa, que implicou num percentual de 75 % de professores que avaliaram, ser o vídeo, uma ferramenta que contribui para auxiliar a fixação dos conteúdos programáticos e o quarto item, em que 100% dos professores afirmaram que o vídeo serve como apoio ao processo de ensino-aprendizagem. O onde este último atesta uma unanimidade em relação a utilidade do vídeo como recurso didático. Na última questão, foi pedido para o professor avaliar cada vídeo individualmente, atribuindo uma nota de 0-10, como pode ser observado na Tabela.Nesta questão fica evidenciado a potencialidade dos vídeos em que de modo geral, seja pelas informações e clareza que foram abordados os conteúdos, seja pelos temas sugeridos pelos vídeos, como a forma que os vídeos foram filmados e editados.

Médias das notas atribuídas a cada vídeo de forma individual.



Conclusões

Portanto, o recurso audiovisual produzido neste trabalho vislumbra contribuir para a melhoria da associação teoria-prática no ensino da disciplina de química geral experimental e química analítica experimental, esteja ela voltada ao ensino técnico ou superior.

Agradecimentos

Referências

ARROIO, A.; GIORDAN, M. O vídeo Educativo: Aspectos da Organização do Ensino. Química Nova na Escola, 24, 2006.
AZEVEDO, B. F. T. Tópicos em Construção de Software Educacional, Vitória, ES, 1997. Disponivel em: <http://www.inf.ufes.br/~tavares/trab3.html>. Acesso em: 13 Julho 2014.
FRANCISCO, M. H. Vídeos Experimentais para o Ensino de Química. Campinas, SP. 2006. Dissertação de Mestrado.
LYRA, W. D. S. Roteiro de Aulas Práticas de Química Analítica II e Química Analítica Quantitativa Experimental. João Pessoa: Departamento de Química - UFPB, 2013.
MELEIRO, A.; GIORDAN, M. Hipermídia no Ensino de Modelos Atômicos. Química Nova na Escola, 10, Novembro 1999. 17-20.
MORAN, J. M. Como ver Televisão. São Paulo, SP: Paulinas, 1991.
MORIN, E. Os sete Saberes Necessários à Educação do Futuro. 2ª. ed. São Paulo: Cortez/UNESCO, 2000. Tradução de Catarina Eleonora F. da Silva e Jeanne Sawaya.
VICENTINI, G. W.; DOMINGUES, M. J. C. D. S. O Uso do Vídeo como Instrumento Didático e Educativo em Sala de Aula. Coritiba, PR: XIX ENANGRAD. 2008.

Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul