A UTILIZAÇÃO DE JOGOS DIDÁTICOS NO ENSINO DE QUÍMICA

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Oliveira, A. (UEPA) ; Guedes, G. (UEPA) ; Neto, D. (UEPA) ; Coelho, E. (SEDUC) ; Pereira, L. (UEPA)

Resumo

O presente trabalho traz discussões sobre o uso dos jogos didáticos aplicados na educação assim como uma pequena abordagem histórica sobre a utilização do mesmo como uma ferramenta auxiliadora no processo de ensino- aprendizagem. Procura-se despontar a eficiência de um jogo de corrida em tabuleiro com perguntas e respostas elaborado pelos bolsistas do PIBID-UEPA para a revisão e fixação dos conceitos ministrados nas aulas de química principalmente sobre o tema equilíbrio químico aplicado para alunos do 2º ano do ensino médio, após a aplicação do jogo QuimicarSpeed, analisamos o desempenho dos alunos nesta atividade e através dos questionários coletamos dados que foram tabulados e descritos em categorias para melhor compreender o efeito desta ferramenta pedagógica.

Palavras chaves

Jogos Didáticos; Ensino de Química; Equilíbrio Químico

Introdução

Uso de jogos didáticos nas aulas de ciências é discutido desde o século XVIII. É nesse período que são criados os jogos específicos para ensinar ciências, porém ainda utilizados para ensinar apenas a realeza e a aristocracia, no entanto, rapidamente chega a população deixando de ser um privilégio dos nobres. (CUNHA, 2012) Atualmente, ensinar Química tem como principais objetivos a formação de cidadãos conscientes e críticos (SALESSE, 2012). Além disso, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) de 1996, lei n° 9394/96, no seu Art. 22, determina que a educação básica tem por fins habilitar o aluno, assegurando-lhe uma educação que lhe permita exercer sua cidadania e que possa avançar em trabalhos e estudos futuros Apesar de se fazer uso de novos recursos didáticos, devido os avanços tecnológicos, o ensino ainda necessita de propostas metodológicas que possam amenizar a evasão escolar deixando as aulas mais dinâmicas e prazerosas. É nesse contexto que a proposta de utilizar os jogos didáticos no ensino ganha espaço, pois o jogo é um instrumento motivador no desenvolvimento de conhecimentos químicos, à medida que estimula o interesse do educando e leva o professor à condição de condutor, estimulador e avaliador da aprendizagem, e assim deixando as aulas mais prazerosas (CUNHA, 2012) e segundo Santos e Michel (2009) o jogo possibilita que o educando se familiarize com os termos e conceitos químicos envolvidos no mesmo, desenvolvam estratégias para solucionar problemas e ainda possibilita que o docente possa avaliar o processo de aprendizagem dos estudantes. No presente trabalho, além das discussões já realizadas sobre jogos no processo de ensino aprendizagem, serão feitas ainda discussões em cima do jogo QuímicarSpeed desenvolvido por bolsistas do PIBID 2016 e aplicado para alunos do segundo ano do ensino médio. O jogo aborda o assunto equilíbrio químico e são trabalhados conceitos como: O que é o equilíbrio químico? Como ocorrem? Quais os fatores que deslocam o equilíbrio químico de uma reação?

Material e métodos

O presente estudo foi desenvolvido a partir de um levantamento bibliográfico de artigos, as quais se encontram nas referências, que discutem sobre a utilização de jogos no ensino, em especial no ensino de Química. A partir de então, desenvolveu-se um jogo intitulado como: “Químicar Speed”, o qual tem o objetivo de ensinar, revisar, relembrar conceitos de equilíbrio químico de forma mais dinâmica, interativa e prazerosa para os educandos. O jogo Químicar Speed foi aplicado junto aos alunos do 2º ano do ensino médio (turma A e turma B) de uma escola pública da cidade Belém-PA e desenvolveu-se em três momentos. O primeiro iniciou-se com uma breve apresentação do tema “Equilíbrio Químico”, com o objetivo de situar os alunos no assunto que seria abordado pelo jogo e esclarecer possíveis dúvidas que eles possam ter. No segundo momento os alunos iniciaram o jogo e no terceiro, após o termino do jogo, eles responderam um questionário contendo um total de 5 questões objetivas e subjetivas para avaliação desta ferramenta auxiliadora no ensino de química. Para a elaboração da atividade e levantamento dos dados para a pesquisa foram usados alguns métodos prescritos nas dimensões do espiral de NOVIKOFF (epistemológica, teórica, técnica, morfológica e analítico-conclusiva). Por conseguinte, o roteiro de análise quantitativo (MOUREIRA e CALEFFE, 2006. Cap. V) para a codificação das informações fechadas e abertas presente no questionário aplicado às turmas. Também, utilizou-se para análise destes questionários o método de Análise Textual Discursiva, que segundo Moraes e Galiazzi, 2006, é um método de análise a qual se inicia com uma unitarização, onde os textos são diferenciados em unidades de significado.

Resultado e discussão

A utilização de jogos para o desenvolvimento de conteúdos de química é considerado como uma boa estratégia para o ensino, visto que, o mesmo facilita a aprendizagem de assuntos químicos, a qual através do jogo são absorvido de forma rápida, desenvolvem habilidades e competências que nos modos de ensino tradicionais não são adquiridas. O uso do jogo ainda desperta a motivação nos alunos fazendo com quer eles tenham um maior interesse por querer aprender. De forma geral, pela análise dos dados obtidos , consideramos que o uso do jogo foi capaz de direcionar e auxiliar os alunos na aprendizagem sobre os conceitos abordados, pois os mesmo relataram que o jogo facilita aprendizagem, esclarece as dúvidas, exercita o assuntos entre outros pontos positivos. Como exemplo temos os relatos de alguns alunos: “porque com o jogo é mais fácil de entender”; “porque tivemos uma boa aula o jogo foi bem bacana deu para esclarecer o assunto”. Com base nos resultados adquiridos na análise, quanto a eficiência do jogo no âmbito escolar para a promoção das relações sociais, observamos que ele alcança um dos seus objetivos, ratificando a ideia descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN), pois desenvolve a capacidade afetiva e as relações interpessoais, permitindo ao aluno colocar-se no ponto de vista do outro, refletindo, assim, sobre os seus próprios pensamentos (Brasil, 1997). Ao fazer a avaliação sobre a recomendação do quimicarspeed para as outras turmas observamos que a maioria dos alunos indicou esta atividade pelos benefícios adquiridos já relatados anteriormento.

Conclusões

Diante dos fatos mencionados acima, presenciamos a virtude das aplicações de jogos didáticos em turmas do ensino médio ratificando os argumentos dos teóricos referidos neste artigo na defesa destes métodos pedagógicos, entretanto devemos dar importância ao uso equivocado do mesmo que poderá prejudicar no desenvolvimento sobre o conhecimento cientifico do aluno assim perdendo a sua função educativa e assumindo a forma de uma simples brincadeira, não alcançando os objetivos benéficos pretendidos

Agradecimentos

A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), a Universidade do Estado do Pará (UEPA) e ao Programa de iniciação à Docência (PIBID)

Referências

BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. Lei número 9394, 20 de dezembro de 1996. Disponível em: <http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/lei9394_ldbn1.pdf>. Acesso em: 27 de novembro de 2016.
CUNHA, M. B. da. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. Química Nova na Escola, Vol. 34, N° 2, maio 2012, p. 92-98. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/online/qnesc34_2/07-PE-53-11.pdf>. Acesso em: 27 de dezembro de 2016.
MOREIRA, H.; CALEFFE, L. G.; Analise de dados quantitativos.Metodologia da Pesquisa Para o Professor Pesquisador. Ed. DP&A, 2006. P. 135-164.
NOVIKOFF, C. Pesquisa Qualitativa: Uma Abordagem Teórico-Metodológica na Educação. Disponível em: http//www.sepq.org.br/ivsipeq/anais/artigos/52.pdf. Acesso em 25 de janeiro de 2016.
SALESSE, A. M. T. A experimentação no ensino de química: importância das aulas práticas no processo de ensino aprendizagem. Disponível em: <http://repositorio.roca.utfpr.edu.br/>. Acesso em 01 de abril de 2016.
SANTOS, A. P. B.; MICHEL, R. C. Vamos Jogar uma SueQuímica?Química Nova na Escola,Vol. 31, N° 3, agosto 2009. Disponível em: <http://qnesc.sbq.org.br/>. Acesso em: 27 de dezembro de 2016.

Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul