Jogos nos ensino: alternativas didáticas para o ensino de Química Orgânica no Ensino Médio

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Pereira, A. (UFSCAR) ; Siqueira, R. (IFTM) ; Fatureto, G. (IFTM)

Resumo

O ensino de Química no Ensino Médio passa por diversos desafios atuais, e assim sendo, é necessário buscar novas alternativas que visem facilitar o ensino-aprendizagem dos alunos. Entre essas alternativas encontram-se o uso de jogos, de mídias tecnológicas entre outros recursos. Esse trabalho buscou reunir diferentes jogos didáticos de distintas naturezas a fim de facilitar o ensino de Química Orgânica no Ensino Médio. Para isso, diferentes modalidades foram criadas, como jogos de cartas, de tabuleiro, de perguntas e respostas, entre outros. Os resultados posteriores mostraram-se favoráveis para facilitar a memorização das funções orgânicas, assim como a compreensão de conteúdos mais complexos que envolvem o universo da química orgânica.

Palavras chaves

Jogos didáticos; Química Orgânica; Ensino de Química

Introdução

O ensino de Química, dentro da maioria dos sistemas de educação, é marcado pela memorização de conteúdos repassados pelo professor. Essa estratégia de ensino pouco motiva o estudante e, por essa razão, o professor precisa elaborar estratégias que despertassem o interesse em aprender Química, uma vez que o ensino passou depender da relação professor-aluno para a efetiva construção do conhecimento1. Nesse contexto, alternativas didáticas de ensino ganharam espaço e o professor pôde desenvolver sua prática docente com mais qualidade. A proposta de jogos e atividades lúdicas propõe divertimento e aprendizagem, buscando socialização e construção coletiva do conhecimento2. Diante da dificuldade da maioria dos estudantes em compreender os diferentes tipos de Isomeria Constitucional foram elaboradas alternativas didáticas a serem aplicadas em sala de aula. Em busca de uma aprendizagem significativa, o trabalho teve como objetivo a dinamização e o estímulo das aulas de Química de escolas públicas de Minas Gerais, através da elaboração de jogos e atividades lúdicas, a fim de construir o conhecimento de conteúdos como nomenclatura, funções orgãnicas e Isomeria Constitucional.

Material e métodos

Devido à complexidade do conteúdo de Isomeria para o Ensino Médio, as estratégias de ensino propostas desencadearam um processo de construção do conhecimento. Após uma aula tradicional de Química, com exposição de slides, sem motivação à questionamento, os estudante atuaram como expectadores de informações vagas. A partir disso, viu-se a necessidade de complementar a explicação, com alternativas didáticas para o ensino de Química: ▪ Um atividade lúdica foi elaborada utilizando um Kit de Modelos Moleculares – Molymod ®, onde cartões com quantidades de átomos eram distribuídas aos grupos, que deveriam montar as estruturas com a quantidade de átomos fornecida, indicando seu nome e a função orgânica. Depois, os grupos eram incentivados a montar outra estrutura com a mesma quantidade de átomos (conforme figura 1). Assim que os grupos terminavam, era verificado a coerência da montagem e alguns questionamentos eram feitos diante das duas estruturas em relação à nomenclatura, à função, à cadeia e aos substituintes – conceituando o tipo de isomeria existente. Um jogo didático, MOL, com as regras semelhantes ao UNO da Mattel®. As cartas com estruturas orgânicas foram distribuídas aos grupos, e de acordo com a carta jogada anteriormente, os grupos poderiam descartar estruturas com as mesmas funções orgânicas ou um isômero (conforme figura 2). Algumas cartas foram colocadas para dinamizar o jogo: Carta bloqueio, compre cartas e escolha a função a ser jogada. Vence o jogo quem terminar com as cartas primeiro.

Resultado e discussão

As alternativas didáticas apresentadas neste trabalho auxiliaram na compreensão dos conteúdos de Isomeria, além de reforçar conceitos importantes vistos anteriormente, como nomenclatura e reconhecimento das funções orgânicas. O diálogo diante dos desafios propostos colaboraram para a construção de conceitos importantes e a competição induziu a participação de todos os estudantes. A elaboração de questionamentos e a possível resolução do problema proposto motivou significamente a aprendizagem. Procurar soluções, ao invés de obter respostas prontas propôs uma face científica à atividade. Durante as atividades, a participação em grupo foi muito importante, causando a aprendizagem através das colocações opinativas e do conhecimento individual de cada estudante. A partir das notas nas avaliações, foi possível verificar o aprendizado dos conteúdos

Conclusões

A aprendizagem dos conteúdos de Química depende de diversos fatores, que estendem desde condições físicas da escola até a disposição do professor em dedicar-se ao ensino. Por essa razão, tem-se a necessidade de buscar alternativas didáticas para o ensino de diferentes conteúdos, propondo a motivação do estudante em aprender. As estratégias de ensino abordadas colaboraram com uma melhor compreensão sobre o conteúdo de Química, devido à participação coletiva na elaboração das respostas, de forma dinâmica e estimulante aos estudantes, quando comparadas às técnicas do ensino tradicional.

Agradecimentos

Á Capes pela bolsa do PIBID, ao IFTM e às escolas públicas participantes.

Referências

1CUNHA, M. B. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em Sala de Aula. QNEsc, Vol. 34, N° 2, p. 92-98, maio 2012.
2SOARES, M. H. F. B. O lúdico em Química: Jogos e Atividades aplicados ao ensino de Química. Tese (Doutorado) – São Carlos: UFSCar, 2012.

Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul