PIBID: a relevância de salas temáticas para um ensino do conteúdo de Radioatividade mais diferenciado.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Menezes, M.L.S. (IFRN - CAMPUS IPANGUAÇU) ; Oliveira, J.B. (IFRN - CAMPUS IPANGUAÇU) ; Souza, J.B. (IFRN - CAMPUS IPANGUAÇU)

Resumo

O trabalho aborda uma experiência dos bolsistas do Programa institucional de bolsas a iniciação à docência, da área de Química do IFRN - Campus Ipanguaçu, com os alunos do ensino médio da Escola Estadual Manoel de Melo Montenegro ao desenvolverem uma sala temática sobre a radioatividade. A sala temática continha uma linha do tempo, onde mostrou os principais momentos históricos envolvendo a radioatividade, e também os executaram um jogo didático sobre a temática.

Palavras chaves

PIBID; radioatividade; sala temática

Introdução

No Ensino Médio, o conteúdo de radioatividade é, quase sempre, um conteúdo que não é ensinada aos alunos, ou ensinado. Como afirma Pelicho (2009), este assunto de grande importância e aplicabilidade, na maioria das vezes, quando trabalhado em sala de aula, restringe-se à apresentação de apenas alguns tópicos, com pouca ênfase histórica, de forma muito direta, quase nunca aplicado ao cotidiano. Se tratando de radiatividade, sabe-se que este é um conteúdo complexo, e que gera polêmica, pois sabendo de acidentes radioativos que foram vistas e vivenciadas por muitas pessoas, como aqui no Brasil, com o caso do Césio-147, ocorrido na cidade de Goiânia-GO, e na Ucrânia em Chernobyl, onde um reator explodiu liberando vários elementos radioativos no ar. Quando esse assunto é falado em sala de aula os alunos pensam logo nas guerras e desastres, como as bombas de Hiroshima e Nagasaki e o acidente em Chernobyl, e não veem os benefícios da radioatividade em diversas áreas como na medicina, nas plantações e na própria história. As salas temáticas que se caracteriza por apresentar conteúdos a partir de temas que evidenciam como os saberes tecnológicos e científicos contribuíram e contribuem para a sobrevivência do ser humano, tendo influência no modo de vida das sociedades (MARCONDES, et al, 2007, p. 2). As salas temáticas acabam despertando um querer do aluno, e nota-se uma participação ativa e um comprometimento do aluno durante a ação. Deste modo, este trabalho visa apresentar a construção de uma sala temáticas para o ensino de Química com o conteúdo de Radioatividade visando a melhoria no processo ensino - aprendizagem dos conceitos em Química, e evidenciar a importância da utilização de métodos que possam inovar durante as aulas.

Material e métodos

Esse trabalho é fruto de uma ação desenvolvida pelos bolsistas do PIBID/INTERDISCIPLINAR área Química, do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN, do campus Ipanguaçu para os discentes da EEMMM.Atividade desenvolvidas pelos bolsistas do PIBID, da área química, do IFRN – campus Ipanguaçu, com cerca de 35 discentes, produziu-se uma sala temática sobre radioatividade. A ação foi desenvolvida durante duas semanas, e sua execução foi no dia 23 de agosto de 2016 na feira de ciências da escola campo.Para a sala temática, decidiu-se elaborar uma linha do tempo sobre os principais fatos históricos sobre a radioatividade. Elaborou-se um super-herói que foi afetado por um acidente radioativo, e consequentemente o surgimento de suas incríveis habilidades. A sala também contou com um jogo didático.A exposição contou com alguns personagens, entre eles: Marie Currie, que foi pioneira em pesquisas relacionadas a radioatividade; Pierre Currie, que recebeu o prêmio Nobel da Física juntamente com sua esposa Marie Currie; e o Ernest Rutherforf, conhecido pelo seu experimento de espalhamento de partículas alfas. O super-herói compartilhou com os visitantes o dia que em foi atingido pelo acidente radioativo e misteriosamente ganhou habilidades sobrenaturais. Também destacou-se alguns personagens de ficção que foram atingidos por radioatividade, como por exemplo: The Flash.No final, os visitantes tiveram que participar de um jogo temático sobre a radioatividade a partir de seus conhecimentos adquiridos durante a sala. A partir de diálogos que ocorreram entre bolsistas e alunos, surgiu-se a ideia de desenvolver um jogo “radioativo” para compor a sala temática. O jogo que foi produzido e executado pelos alunos é em formato de uma corrida.

Resultado e discussão

Os discentes que se engajaram na sala demonstraram um grande comprometimento e dedicação durante as duas semanas, ou seja, desde o primeiro dia de planejamento até a sua execução, no dia 23 de agosto. Os alunos que interpretaram os personagens conseguiram aprender e transmitir as ideias e contribuições dos cientistas daquela época para os dias atuais. Notou-se nos alunos um interesse, e também uma espontaneidade ao abordar o assunto.A sala explorou a parte histórica e conceitual, sem esquecer das contribuições da radioatividade no cotidiano, deixando assim o aluno ciente de que apesar da história da radioatividade não ser tão benéfica a humanidade, se for usada de forma correta e consciente não teremos mais tais consequências.O jogo foi produzido pelos alunos uma semana antes da realização da sala temática, eles tiraram um dia para confecção do jogo e das perguntas que seriam feitas. No dia 23 de agosto de 2016 que foi o dia marcado para a exposição da sala temática, os alunos responsáveis montaram o jogo dentro da sala da maneira que eles acharam melhor.O jogo radioativo foi trabalhado em grupos de visitantes, afim de motivar o aluno a trabalhar em grupo, tinham que jogar o dado, pegar uma carta correspondente a cor da casa, se fosse as amarelas continha perguntas fáceis, se fosse as pretas seriam medianas ou difíceis, quem chegasse a chegada primeiro ganhava.

FIGURA 1

Imagens dos planejamentos e execução da sala temática: Fonte dos autores.

Conclusões

A sala temática conseguiu proporcionar a compreensão dos principais fatos históricos sobre a radioatividade,como dos vários acidentes radioativos que aconteceram no Brasil e no mundo. A aplicação do jogo foi proveitosa, destacou-se na ação o desempenho e a dedicação dos alunos que montaram e aplicaram o jogo, O jogo radioativo conseguiu proporcionar aos visitantes retomada dos conhecimentos prévios e do que foi exibido na sala temática. A ação procurou incentivar os visitantes o trabalho em grupo, e a compreensão de fenômenos químicos.

Agradecimentos

Agradecemos ao IFRN - campus Ipanguaçu, e ao PIBID, pelo incentivo a pesquisa.

Referências

MARCONDES, M. E. R.; et al. Oficinas temáticas no ensino público visando a formação continuada de professores. São Paulo: Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.

PELICHO, Aléscio Fachim. Irradiando Conhecimento: uma abordagem da radioatividade para o Ensino Médio. 2009. Disponível em: <www.uel.br/eventos/cpequi/Completospagina/18154845420090611.pdf>. Acesso em: 12 jun. 2017.


Patrocinadores

Capes CNPQ Renner CRQ-V CFQ FAPERGS ADDITIVA SINDIQUIM LF EDITORIAL PERKIN ELMER PRÓ-ANÁLISE AGILENT NETZSCH FLORYBAL PROAMB WATERS UFRGS

Apoio

UNISC ULBRA UPF Instituto Federal Sul Rio Grandense Universidade FEEVALE PUC Universidade Federal de Pelotas UFPEL UFRGS SENAI TANAC FELLINI TURISMO Convention Visitors Bureau

Realização

ABQ ABQ Regional Rio Grande do Sul