Química na cozinha: Uma abordagem dinâmica das leis da química.

ISBN 978-85-85905-21-7

Área

Ensino de Química

Autores

Costa, M. (IFMA) ; Sena, A. (IFMA) ; Ramos, E. (IFMA) ; Nascimento, A. (IFMA)

Resumo

A atividade interventiva “Química na cozinha: Uma abordagem dinâmica das leis da química” é uma proposta inovadora para desmistificar conceitos utilizados no cotidiano do ensino de química, ditos difíceis pela maioria dos alunos, contextualizando fenômenos que ocorrem na cozinha, além de instituir subsídio teórico para aulas práticas de química do ensino médio. A atividade foi realizada com os alunos do 1º Ano do Ensino Médio do curso técnico em Química do Instituto Federal do Maranhão-IFMA, Campus, São Luís Monte Castelo, que na primeira etapa foi aplicado, um questionário pedagógico, seguido pelo planejamento da intervenção e aplicação da mesma. 98% dos alunos aprovaram a metodologia aplicada, afirmando que esta contribuiu de forma significativa para sua aprendizagem.

Palavras chaves

Ensino; Inovação; Contextualização

Introdução

As aulas de Química devem proporcionar ao aluno uma visão diferenciada do mundo, dos fenômenos que acontecem ao seu redor. É necessário que o professor possa mediar e articular momentos de aprendizagens contínuas, levando o aluno a construir e reconstruir o conhecimento através da interação com o meio e sua realidade. É importante o professor se munir de estratégias e metodologias que possibilitem o desenvolvimento de uma ação educativa que se adeque à realidade da escola, levando em consideração o aluno e suas dificuldades, capacidades e conhecimentos prévios. A concepção construtivista, na visão de Coll et al. (2004) oferece ao professor um referencial para analisar e fundamentar muitas das decisões que toma no planejamento e no decorrer do ensino, fundamentadas em questionamentos diários que permeiam a práxis do professor, tais como: o que ensinar? Para que ensinar? Para quem ensinar? Partindo destes questionamentos, o professor deve inserir a realidade e os conhecimentos prévios do aluno em seus objetivos munidos de referenciais preponderantes para a construção do saber em Química e em outras áreas do conhecimento. O projeto de intervenção “Química na cozinha: Uma abordagem dinâmica das leis da química” problematizar e contextualizar leis químicas e físicas ditas de difícil compreensão pelos alunos, capacitando-os a estabelecer analogias simples quanto a essas leis, facilitando a aprendizagem e fixação dos conteúdos estudados em sala.

Material e métodos

• População e coleta de dados O projeto de intervenção “Química na cozinha: o ensino por experimentos na construção de saberes em Química“ foi realizado com os alunos do 1º ano do Ensino Médio\Técnico em Química do Instituto Federal do Maranhão – Campus Monte Castelo. A sala continha 39 alunos, os quais participaram da atividade, que foi realizada em 4 etapas: I. Aplicação de Questionário; II. Planejamento da ação e execução do projeto de intervenção; III. Problematização e diálogo acerca das leis de solubilidade; IV. Realização de experimentos e contextualização dos conteúdos estudados. • Projeto de intervenção As temáticas desenvolvidas na atividade foram realizadas de modo a contextualizar os conteúdos de solubilidade, ligações químicas e polaridade das moléculas. A atividade foi desenvolvida conforme mostra a figura 1. • Procedimentos • A mágica da maionese A atividade foi realizada para contextualizar os conteúdos de solubilidade, ligações químicas e polaridade das moléculas. O experimento mostra que duas substâncias que, em condições naturais são imiscíveis, no caso, o ovo, que é formado em mais de 50% por água, suco de limão que é 90% água e óleo de cozinha, não só se misturam como também formam uma emulsão estável, sem presença de fases. A sala de aula foi dividida em dois grupos que realizaram a atividade, dando oportunidade a todos de participação. • Leite maluco O experimento foi realizado em Laboratório com a finalidade de compreender melhor as propriedades químicas das substancias quanto à solubilidade e polaridade. Sendo assim para execução do experimento a turma foi dividida em quatro equipes que realizaram o experimento. Após a execução, os alunos foram instigados a questionar e refletir acerca das propriedades dos materiais envolvidos na no trabalho.

Resultado e discussão

Segundo Fink e Kosecoff (1995) o questionário é o método mais eficaz para coletar informações pessoais a cerca de crenças, ideias, educação e concepções. Assim, para conhecer a real necessidade dos alunos envolvidos no projeto, foi aplicado um questionário pedagógico. Com base nos resultados obtidos (Tabela 1), foi elaborado uma intervenção lúdica com curiosidades sobre as leis da química. Os dados mostram que 80% dos alunos possuem afinidade com a disciplina de química, 11% dos alunos possuem pouca afinidade com a disciplina. Quanto à dificuldade de aprendizagem da disciplina, apenas 10% dos alunos entrevistados relataram não possuir dificuldades na disciplina, 62% dos alunos possuem muita dificuldade em compreender a disciplina. Quanto ao ensino da Química a partir da ludicidade 7% dos alunos afirmam que esta metodologia de ensino não é eficaz no processo de ensino e aprendizagem, já 68% alunos acreditam que o ensino a partir do lúdico além de ser divertida contribui para o processo de ensino e aprendizagem. A utilização da cozinha como laboratório, investigando fenômenos químicos, relacionando os resultados com os conteúdos contemplados na sala de aula rendeu bons resultados, já que 98% dos alunos aprovaram a metodologia, afirmando terem fixado melhor o conteúdo após a participação na prática. 2% dos alunos relataram que a metodologia contribuiu, porém não de forma significativa para seu aprendizado. Procedimentos práticos, fundamentados em fenômenos químicos de uma cozinha, motivaram os alunos ao aprendizado e fixação de conhecimentos teóricos da química. Após a aula, percebemos a motivação dos alunos com a disciplina, já que eles se mostraram bastante interessados em perguntar e se envolver nas práticas desenvolvidas.

Figura 1. Fluxograma metodológico.



Tabela 1.Resultados do questionário.



Conclusões

Atividades lúdicas no ensino, que contextualizem os conteúdos, motivam os alunos, facilitando a aprendizagem. Sendo assim, o uso de metodologias lúdicas é uma alternativa de ensino eficaz. Assim concluímos que as atividades desenvolvidas alcançaram os objetivos propostos pelas autoras, já que motivaram os alunos a se envolverem mais com a disciplina e a conseguirem contextualizar melhor as leis da química e os conteúdos estudados.

Agradecimentos

Referências

Fink, Arlete. et al Kosecoff, Jacqueline. Como conduziu inquéritos um guia passo a passo. 2ª ed. Beverly Hills. Sage Publications, 1995.

COLL, César; MARCHESI, Álvaro PALACIOS, Jesús e colaboradores. Desenvolvimento Psicológico e Educação: Transtornos de Desenvolvimento e necessidades Educativas Especiais. Editora: Artmet, 2ª. ed. Volume 3, 2004.

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