IDENTIFICAÇÃO DE CLASSES DE METABÓLITOS SECUNDÁRIOS DAS FOLHAS DA AMORA (Morus nigra)

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Química Orgânica

Autores

Nonato Evangelista, R. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Oliveira Duarte, T. (IFMT CAMPUS CONFRESA) ; Calado Luz, C. (IFMT CAMPUS CONFRESA)

Resumo

Esta pesquisa tem como objetivo analisar as possíveis classes de metabólitos secundários presentes na folha da amora (Morus nigra), através da extração etanóica da mesma. Partindo se do conhecimento da cultura popular, quanto ao uso de algumas plantas para fins medicinais, surgiu então à idéia de explorar os metabolismos secundários da folha da amora para estudos e análises e testes de comprovação da presença de algumas substâncias. Para o preparo das amostras, foi necessário o preparo de duas soluções; hidróxido de sódio (NaOH) a 10%, cloreto férrico (FeCl3) a 5% e etanol (10 ml) como solvente para efetuar o processo de extração. Apenas o teste de alcalóides e cumarinas foram positivos.

Palavras chaves

Extração; Planta; Classes

Introdução

Este estudo trata-se da utilização da folha da amora para identificação de possíveis metabólitos secundários presentes nas folhas da planta. Os metabólitos secundários, produtos secundários ou produtos naturais, aparentemente não possuem relação entre o crescimento e desenvolvimento da planta que se diversificam e fazem parte do estágio mais adulto da planta (TAIZ; ZEIGER, 2006). As principais classes de metabólitos secundários são: flavonóides, alcalóides, cumarinas, agliconas, antraquinônicas, triterpenos e/ou esteróides, saponinas, polifenóis e taninos. A planta analisada foi a amora negra ou (Morus nigra), é uma arvore frutífera nativa do oeste da Ásia, cultivada no Brasil é uma planta que pode medir ate 9 metros de altura, apresentando folhas ovuladas e frutos de coloração roxa ou preta (ERCISLI; ORHAN, 2008). Estudos comprovam a presença de varias classes de compostos nas folhas da amora negra, incluindo esteróides, alcalóides, triterpenos, ácidos fenólicos, e flavonóides, sendo a atividade antioxidante atribuída, especialmente, a compostos fenólicos (PEREIRA et al.,2010; SILVA, 2012). Por se tratar de substâncias secundárias, as plantas apresentam entre si diferentes metabólitos e estes variam de acordo com o ambiente, região, espécie e ate mesmo de seus predadores naturais. O estudo proposto teve a finalidade de verificar a possibilidade de se identificar a presença ou ausência de alguns dos metabólitos secundários, tendo como objeto de analise a folha da amora (Morus nigra). Os metabólitos analisados foram; alcalóides, cumarinas, taninos e terpenos ou terpenoides, apesar da existência de outras substancias aos quais para a técnica abordada não teve intuito de se expandir as análises.

Material e métodos

Com a planta escolhida (folha da amora) foi dado início aos primeiros procedimentos para extração do extrato das folhas da amora através do método de destilação. Para extrair as substâncias da folha da amora, foi necessário o preparo de duas soluções; hidróxido de sódio (NaOH) a 10%, cloreto férrico (FeCl3) a 5% e etanol (10 ml) como solvente. Foram levadas para estufa para a secagem das folhas em um período de 24 horas. No dia seguinte as folhas foram pesadas em uma balança de precisão. Em um béquer grande de 2000 ml, com o extrato já adicionado, foi posto dentro da estufa de aquecimento com uma temperatura de 70˚C para evaporação do etanol ali presente. Com o extrato das folhas da amora já seco, adicionou-se 10 ml de etanol para dissolver o extrato, e de imediato partiu-se para os testes, dentre os testes de observação foram testados a possibilidade de identificar, alcalóides, cumarinas, taninos e terpenos ou terpenoides. 1º teste; (alcalóides), em uma solução mãe a qual foi preparada (20 ml de extrato com metanol) em dois tubos de ensaio mais 2 ml da solução mãe e 2ml de ácido clorídrico, em seguida foram levados ao banho Maria por 10 minutos, pronto para análise. Removendo os tubos do banho Maria, adicionou-se de 3 a 8 gotas do reagente (iodeto de potássio), para a observação de precipitado.2º teste; com 2 ml da solução mãe junto a um filtro de papel impregnado com hidróxido de sódio, com os mesmos procedimentos, também foi levado ao banho Maria.3º teste; (taninos), em uma solução mãe de 20 ml, foram adicionados 2 ml da solução de ácido clorídrico com adição de 3 a 5 gotas de cloreto férrico (formando cor ou precipitado) verde ou amarela. 4º teste; 4º (terpenoides), 2 ml da solução mãe e 5 ml de clorofórmio.

Resultado e discussão

O estudo proporcionou uma abordagem geral do conhecimento popular quanto ao uso de plantas para fins medicinais, empregando a importância que alguns metabólitos venham a ser utilizados na indústria farmacêutica por possuírem atividades benéficas no tratamento de algumas doenças, em produtos de cosméticos, materiais de limpeza, pesticidas e outros. Ficou evidente que os metabólitos secundários possuem um papel importante contra a herbivoria, ataques patogênicos e polinização levando em consideração a sazonalidade da região. Apesar das divergências entre as espécies e ambientes que estas plantas constituem, todas estas substâncias por elas produzidas terão suas finalidades. Todos os quatro testes foram efetuados, porém nem todos apresentaram a identificação das substâncias desejadas. Apenas os testes de alcalóides e cumarinas foram positivos. Ao termino das analises, obtiveram- se os resultados que constataram apenas a presença de dois dos quatros metabólitos analisados na folha da amora, dentre eles, somente foram constatados a presença de alcalóides e cumarinas, os demais não ouve identificação.

Conclusões

Esta pratica serviu como base para analisar a relação entre o conhecimento popular e científico, tendo como base o uso de plantas na antiguidade para tratamentos e prevenção de doenças antes mesmo de se ter qualquer conhecimento científico da mesma. Os metabólitos aqui analisados não podem ser limitar a outros estudos em outras plantas, considerando que o intuito deste trabalho foi estudar apenas quatro das varias classes de metabólitos secundários existentes ou ausentes para cada tipo e espécies de plantas em suas diversificadas sazonalidades e ambientes.

Agradecimentos

Agradecimentos Primeiramente a Deus por ser o percussor de tudo, ao INSTITUTO FEDERAL DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE MATO GROSSO – IFMT, CAMPUS - Confresa e a todos cola

Referências

Referências
ERCISLI, S.; ORHAN, E. Chemical composition of White (Morus Alba), red (Morus rubra) end Black (Morus nigra) mulberry fruits Food Chemistry, London, v. 106, p. 1380-1384, 2007.
PEREIRA, C. B.; NECCHI, R. M. M.; CASOTI, R.; MAKI, T. D. T.; MARIN, A.; MANFRON, M. P. Análise fitoquímica qualitativa das folhas Morus nigra L. 3ª Jornada Interdisciplinar em Saúde - Santa Maria, RS, 2010.
SILVA, R. A. H. Estudo da ação do extrato bruto de Morus Nigra L. (Moreaceae) e frações fenólicas sobre a atividade antimicrobiana e geração de espécies reativas do oxigênio e nitrogênio: invitro com ensaios “químicos”, enzimáticos, e celular. Tese de Doutorado, Biociências e Biotecnologia aplicadas à Farmácia, Universidade Estadual Paulista. Araraquara, 2012.
TAIZ, L.; ZEIGER, E. Plant physiology. 4. Ed. Sounderland, Massachusetts: Sinauer Associates Inc., 2006.



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