ANÁLISE DA QUALIDADE DA GASOLINA COMERCIALIZADA EM ALGUNS POSTOS DE COMBUSTÍVEIS DE BELÉM-PA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Físico-Química

Autores

Barros, C.R.B. (UEPA) ; Freitas, L.P.B.F. (UEPA) ; Vale, M.F.L.V. (UEPA) ; Teixeira, L.L.A.T. (UEPA) ; Rodrigues, N.C.R. (UEPA) ; Santos, J.L.B.S. (UEPA) ; Corrêa, J.S.C. (UEPA) ; Terra, I.A.T. (UEPA)

Resumo

A pesquisa desenvolvida teve como objetivo analisar a qualidade da gasolina comercializada em alguns postos de combustíveis em Belém- PA. Para isso, foram utilizados metodologias no laboratório de química para identificar o teor de álcool e também a quantidade de energia liberada no processo da combustão. Na interpretação dos dados, constatou-se que somente uma das amostras obteve condições ideais para o consumo e nenhuma delas alcançaram o teor recomendado de álcool exigido atualmente. Desse modo, é de extrema importância que análises como essas sejam efeituadas para auxiliar a sociedade na hora de consumir produtos que sejam de qualidade.

Palavras chaves

gasolina; consumo; qualidade

Introdução

A gasolina proveniente do petróleo é considerada a fração derivada de maior importância de tal mistura de óleos, pelo fato de ter grande relevância econômica e gerar o desenvolvimento da sociedade, também gera conflitos em diversas áreas do mundo (DANZZANI et al., 2003). A mistura pertence ao grupo funcional dos hidrocarbonetos dentro da área da química orgânica e o seu maior uso está em indústrias e automóveis, todavia algumas gasolinas comercializadas estão deixando a desejar pelo fato de não ceder à energia necessária e em sua constituição estarem presentes, em grandes escalas, outras substâncias que podem adulterar o seu funcionamento, como exemplo o álcool (DANZZANI et al., 2003).“O álcool é um dos principais componentes que se faz presente nas misturas com a gasolina a quantidade desta substância deve respeitar os valores estipulados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP) que determina valor de 27% em volume” (CHAVES, 2013). Nesta perspectiva a adulteração de combustíveis é um risco, pois as consequências dessa prática aos consumidores podem ser bastante desastrosas, além da desvantagem do seu uso visto que pode tanto ser ineficiente não gerando energia suficiente, como também ser um produto arriscado a saúde (CHAVES, 2013). Desta forma, levando em consideração que a população belenense o utiliza diariamente, torna-se indispensável a realização de pesquisas e de divulgação de seus resultados, com o objetivo de informar os consumidores em relação a qualidade deste produto. Para tanto, os objetivos desta pesquisa foram de analisar a qualidade da gasolina comum comercializada, através da quantidade de energia em forma de calor liberada no processo de combustão, bem como a analise do teor de álcool presente nas amostras.

Material e métodos

Os procedimentos teóricos metodológicos que embasaram esta pesquisa seguem os pressupostos de: Kiouranis e Silveira (2016), Dazzani et al. (2003) e Sampaio (2014). Coletas foram realizadas em cinco postos na região metropolitana de Belém, no período de 8 a 10 de setembro de 2017. Os procedimentos experimentais para avaliar a qualidade da gasolina comum, vendidas em alguns postos na cidade,foram realizadas no laboratório de Química da Universidade do Estado do Pará. Na análise da energia cedida em forma de calor, foi montado 3 sistemas universais, no qual cada um continha um suporte universal acrescido de uma garra que segurava uma lata, que foi o material utilizado, e que dentro dessa lata foi adicionado 150 ml de H2O. Dois deles foram utilizados materiais reciclados proveniente de latas de latão (lata de ervilha) e o outro de alumínio (lata de cerveja). E em baixo tinha uma lamparina com as amostras de combustível. Primeiro foi colocado a gasolina na lamparina, o suficiente até atingir a parte inferior do pavio, então ele era pesado e colocado no suporte universal. Logo após 150 ml de água eram despejados na lata, e sua temperatura ambiente medida por 3 minutos através de termômetro. Em continuidade, com o sistema universal pronto, a lamparina era acesa, e por 5 minutos a temperatura era medida. Para determinar o álcool presente nas amostras foram inseridos 40 ml de gasolina em uma proveta, logo após 40 ml de água no mesmo recipiente, em seguida a solução era agitada por um bastão de vidro, por 60 segundos. Por fim foi medido o volume total da substância incolor obtida, subtraindo dos valores o volume de água acrescido inicialmente realizando a verificação do volume que sobrou. Os dados foram posteriormente calculados e dispostos

Resultado e discussão

O gráfico 1 torna evidente que o posto 3 teve um alto consumo e uma alta produção de energia, porém percebe-se que o melhor combustível é o posto 2.2, pois o melhor é “a condição de máximo rendimento com mínimo de consumo e emissão de poluentes” (Fernandes, 2012), ou seja, este posto apresentou uma baixa variação de massa fornecendo uma grande quantidade de energia. Por ultimo é importante mencionar que conforme os critérios definidos por Fernandes (2012) e a análise pelo método químico de Kiouranis e Silveira (2016) o posto 1 assumiu dentre todas as amostras o pior resultado, pois no posto 1.1 temos baixo consumo e ínfima produção de energia, já no posto 1.2 temos um alto consumo, contudo apresenta uma baixa energia gerada. De acordo com o experimento realizado para inferir sobre o percentual de álcool presente na tabela 1, observa-se que em nenhuma das amostras obteve o valor percentual de referência, que “Desde 16 de março de 2015, o percentual obrigatório de etanol anidro combustível na gasolina comum é de 27%, conforme Portaria Nº 75, de 5 de março de 2015, do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) e Resolução Nº 1, de 4 de março de 2015, do Conselho Interministerial do Açúcar e do Álcool (CIMA)” (PETROBRAS,2016). Desta forma, o posto 1.1 alcançou o valor mais próximo, entretanto o posto 1.2 que é da mesma marca obteve apenas 20%. Essa baixa porcentagem implica diretamente na qualidade, podendo indicar uma ação fraudulenta.

Grafico 1

analise da variação de massa x energia gerada

Tabela 1

volumes finais

Conclusões

É importante, ressaltar que o teor de álcool presente na gasolina das amostras ainda está submetida a antiga lei já que se encontra entre 20% a 25% , entretanto a nova lei obriga os postos a ter 27% de etanol presente, e somente uma única amostra obteve uma alta produção de energia e baixo consumo de gasolina. Por fim, é importante salientar que mais pesquisas são necessárias, pois elas podem contribuir com métodos químicos cada vez mais simples, para auxiliar a sociedade e pesquisas semelhantes, pois informar e revelar são uma das características básicas das pesquisas cientificas.

Agradecimentos

Referências

DAZZANI, M. et al. Explorando a Química na Determinação do Teor de Álcool na Gasolina. QUÍMICA NOVA NA ESCOLA N° 17, MAIO 2003.
CHAVES, R. T. ESTUDO DO USO DE MISTURAS DE ETANOL HIDRATADO E GASOLINAS AUTOMOTIVAS EM UM MOTOR ASTM-CFR. 2013. 59 f. Monografia (Especialização) - Curso de Engenharia Mecânica, Escola Politécnica, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, 2013. Disponível em: <http://monografias.poli.ufrj.br/monografias/monopoli10005926.pdf>. Acesso em: 12 nov. 2017.
FERNANDES, G. W; BRAGA, C. V. M. Estudo da combustão de misturas Gasolina: Etanol numa máquina de compressão rápida. 2016. Disponível em: <http://www.puc-rio.br/pibic/relatorio_resumo2012/relatorios_pdf/ctc/MEC/MEC-Gabriel Werpel Fernandes.pdf>. Acesso em: 13 nov. 2017.
KIOURANIS, N.M. M; SILVEIRA, M.P. Combustíveis: uma abordagem problematizadora para o ensino de química. Química Nova na Escola, Vol. 39, N° 1, p. 68-74, FEVEREIRO 2017.
MELO, A.S.; SAMPAIO, Y.S.B. Impactos dos preços da gasolina e do etanol sobre a demanda de etanol no Brasil. Rev. Econ. Contemp., Rio de Janeiro, v. 18, n. 1, p. 57-83, jan-abr/2014.

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