ANÁLISE DO TEOR E CAPACIDADE ANTIOXIDANTE DE ÁCIDO ASCÓRBICO DE VARIEDADES CÍTRICAS

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Química Analítica

Autores

Cardoso, E.R.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) ; Carvalho, A.S. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) ; Silva, L.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) ; Santos, K.L.B. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) ; Paiva, (INSTITUTO FEDERAL DO AMAPÁ) ; Gonçalves, G.K.A. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) ; Silva, T.C.C. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ) ; Ferreira, B.L. (UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAPÁ)

Resumo

A produção de radicais livres é controlada nos seres vivos por diversos compostos antioxidantes, dentre elas destacam-se fenóis, ácido ascórbico (AA), também conhecido como vitamina C, e tocoferóis. Estes radicais livres reagem com esses antioxidantes para assim restringir os efeitos maléficos ao organismo e às vezes degenerativos, como hipertensão, diabetes, envelhecimento precoce, câncer, etc. O objetivo da pesquisa consiste em avaliar a variação de teor de vitamina C e capacidades antioxidantes (radical 2,2-difenil-1-picrilhidrazil ou DPPH) no abacaxi (Ananas Comosus) e na goiaba (Psidium guajava L.). Os resultados além de mostrar a presença de AA, mostram também a presença de outros fitoquímicos nas frutas analisadas.

Palavras chaves

Antioxidantes; ácido ascórbico; frutas

Introdução

Uma alimentação balanceada e diversificada pode trazer benefícios para a saúde, as frutas fazem parte de uma boa alimentação, em geral, elas contêm diferentes fitoquímicos, muitos dos quais possuem propriedade antioxidante que podem estar relacionadas com a prevenção de certas doenças degenerativas. Além de serem importante fonte de vitaminas e fibras, as frutas e sucos cítricos recentemente vêm sendo reconhecidos por conterem metabólitos secundários incluindo antioxidantes como ácido ascórbico, compostos fenólicos, flavonóides, limonoides que são importantes para a nutrição humana (JAYAPRAKASHA; PATIL, 2007). O ácido ascórbico desempenha uma série de importantes funções no corpo, como construir e manter fortes tecidos, especialmente tecidos conjuntivos (ossos, cartilagens, colágeno, etc.), formando fortes paredes capilares para o vaso sanguíneo, ajuda na absorção de cálcio, auxiliando a adsorção de ferro, cicatrização de feridas, infecções e ajuda a recuperação. Segundo Cardoso et al. (2015), a qualidade dos fitoquímicos presentes nas frutas, bem como seu perfil depende de fatores como condições climáticas, cultivo, tratos culturais, estádio de maturação, entre outros, podendo ser modificada pelo armazenamento e processamento, condições estas, que irão interferir no conteúdo de ácido ascórbico. O abacaxi apresenta atividade antioxidante, com elevados teores de ácido ascórbico (C6H8O6) e compostos fenólicos. Assim, o abacaxi apresenta-se como uma fruta de alto valor nutricional, com grande potencial para a agroindústria. A produção mundial de frutas apresenta um contínuo crescimento, o valor total da produção agrícola foi de R$ 317,5 bilhões, 20,0% maior do que em 2015. A produção de goiaba e banana contribuiu com 1,9% no valor nacional das frutíferas (IBGE, 2016).

Material e métodos

No experimento foram utilizados amostras de frutas como abacaxi, goiaba e maracujá. No laboratório as frutas foram descascadas, a polpa foi extraída manualmente e homogeneizado para realização das análises a partir de 5,0 mL de suco para as determinações de ácido ascórbico e atividade antioxidante. A avaliação das análises físico-químicas foi realizada após a sua homogeneização, de acordo com as seguintes variáveis: pH determinado utilizando o Phâmetro; acidez total titulável (% de ácido cítrico.100 mL-1 de suco da amostra), determinada por titulometria com solução de hidróxido de sódio 0,1 N e fenolftaleína como indicador, conforme protocolo do Instituto Adolfo Lutz (2008). Para identificação do ácido ascórbico foi pesada a amostra para que concentração final do ácido ascórbico esteja em torno de 1%. Foi transferido para um balão volumétrico e completado o volume com água e filtrada. Em um tubo de ensaio adicionou-se 0,1 g de bicabornato de sódio (NaHCO3) e cerca de 0,02 g de sulfato ferroso [Fe2(SO4)2] junto a solução. Em seguida, foram adicionados 5,0 mL e ácido sulfúrico (H2SO4) a 10%. Determinamos a acidez titulável pesando a amostra homogeneizada em frasco, diluído com água e adicionado 0,3 mL de solução de fenolftaleína (C20H14O4) para cada 100,0 mL da solução a ser titulada. Titulou-se com a solução de hidróxido de sódio (NaOH) 0,1 N sob agitação constante, até a coloração rosa. E por fim, a determinação de vitamina C pelo método de Tillmans, descrita por Nascimento et al. (2013), foi titulada a amostra a partir de 10,0 mL da solução contendo polpa de fruta e a solução ácida na proporção de 1:1 em Erlenmeyer contendo 4,0 mL da solução de ácido ascórbico diluída, 6,0 mL da solução ácida e 50,0 mL de água.

Resultado e discussão

Os resultados foram expressos como porcentagem de sequestro de radicais livres, evidenciando que os compostos ativos presentes nas amostras atuam como doadores de hidrogênio ao radical DPPH. Nas análises referentes à capacidade antioxidante feita pelo método DPPH, o declínio da coloração da solução indica a redução do DPPH pela substância antioxidante do extrato ou amostra utilizada, devido à alta habilidade de doação de hidrogênio pelos compostos antioxidantes (JAYAPRAKASHA; PATIL, 2007). A partir do valor obtido foi calculado o teor de ácido ascórbico na de amostra, de acordo com a correspondência, onde o produto do volume da solução de hidróxido de sódio gasto na titulação, pelo produto da concentração da solução de hidróxido de sódio utilizada multiplicado por 100, está dividido pelo g ou mL da amostra usado na titulação. Os resultados encontrados nas amostras consistem nos dados de pH, acidez titulável, sólidos solúveis. O valor das análise físico-químicas e de biocomposto realizados são apresentados na tabela I. De acordo com Almeida et al. (2011) alimentos ricos em antioxidante é importante na prevenção de doenças. No estudo em que se refere o método de DPPH por redução do radical estável. A atividade antioxidante de diferentes amostras é difícil de ser comparada, pois os autores utilizam diferentes diluições das amostras para a realização da análise, já que cada amostra apresenta um poder antioxidante diferente. Além disso, as análises e formas para expressar os resultados são diversas.







Conclusões

Os resultados obtidos nas propriedades fitoquímicas dos alimentos, em particular a Vitamina C, é possível observar sua eficiência em soluções extratoras que forneceram os melhores resultados na avaliação da solução padrão, verificando a estabilização do AA. Concluímos que as frutas são apontadas como boas fontes de antioxidantes naturais e podem ser mais efetivas e econômicas do que o uso de suplementos dietéticos na proteção do organismo contra os danos oxidativos. Estes são resultados prévios, sendo necessários mais estudos a fim de elucidar seu potencial de utilização.

Agradecimentos

Referências

ALMEIDA, M. M. B et al. Bioactivecompoundsandantioxidantactivityoffreshexotic, 2011.

CARDOSO, J. A. C.; ROSSALES, R. R.; LIMONS, B.; REIS, S. F.; SCHUMACHER, B. O.; HELBIG, E. Teor e estabilidade de vitamina C em sucos in natura e industrializados. O Mundo da Saúde, São Paulo, v. 39, n. 4, 2015.

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2017). PAM 2016: valor da produção agrícola nacional foi 20% maior do que em 2015. Disponível em: https://agenciadenoticias.ibge.gov.br/agencia-noticias/2013-agencia-de-noticias/releases/16814-pam-2016-valor-da-producao-agricola-nacional-foi-20-maior-do-que-em-2015.html. Acesso em: 25 de janeiro de 2018.

INSTITUTO ADOLFO LUTZ [2008]. Métodos físico-químicos para análise de alimentos. São Paulo-SP: Instituto Adolfo Lutz, 2008. 1020p. Acesso em: 26 de dezembro de 2017.

JAYAPRAKASHA, G. K.; PATIL, B. S. In vitro evaluationoftheantioxidantactivities in fruitextractsfromcitronandbloodorange. FoodChemistry, v. 101, n. 1, p. 410-418, 2007.

MELO, E. A., MACIEL, M. I. S., LIMA, V. L. A. G. L., NASCIMENTO, R. J. Capacidade antioxidante de frutas. Universidade Federal Rural de Pernambuco. Revista Brasileira de Ciência Farmacêuticas BrazilianJournalofPharmaceuticalSciences, vol. 44, n. 2, abr/jun, 2008.

NASCIMENTO, J.M.C ; MOURA, M.F.V. ; FONSECA, P.A.Q.; CRUZ, A.M.F.; SOARES, J.C. Determinação do Teor de Ácido Ascórbico pelo Método de Tillmans em Polpas de Frutas. 53º Congresso Brasileiro de Quimica, 2013. Acesso em: 25 de janeiro de 2018.

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