ATIVIDADE EXPERIMENTAL COMO AUXILIO NA APRENDIZAGEM DE EQUILÍBRIO QUÍMICO.

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Soares, G.B. (IFTO) ; Viroli, S.L.M. (IFTO)

Resumo

A pesquisa buscou através da experimentação uma compreensão mais significativa e abrangente dos processos das transformações químicas do conteúdo de equilíbrio químico, de maneira que aconteça a assimilação desse conhecimento e a sua posterior aplicação no cotidiano. . Ação foi realizada no Colégio Estadual Trajano de Almeida localizado no Município de Caseara- TO, com 20 alunos do 3° ano do Ensino Médio do turno vespertino no mês de junho de 2018, durante quatro aulas de 50 minutos cada. De acordo com os resultados obtidos a experimentação, mostrou que houve um impacto positivo no aprendizado dos discentes, que por intermédio de uma avaliação qualitativa, diagnóstica foi possível verificar quais conteúdos tiveram uma melhor assimilação por parte dos estudantes.

Palavras chaves

Efeito Semáforo ; Aprendizagem; Equilíbrio Químico

Introdução

O ensino da química deve auxiliar a compreensão das transformações químicas ocorridas no planeta, relacioná-las com informações adquiridas, possibilitando assim a elaboração do conhecimento (ALMEIDA et al, 2007). Sendo a química uma ciência experimental, devem ser elaboradas ações experimentais que desenvolva a aprendizagem dinâmica vinculadas com situações cotidianas para assimilação e compreensão dos conteúdos abordados (SOUSA; BARICCATTI, 2013). As atividades práticas podem ser realizadas com materiais de baixo custo em espaços não formais, pois a utilização de materiais do cotidiano do aluno concede uma maior facilidade de entendimento do conteúdo abordado pelo professor (BUENO, 2008). Dentre as muitas possibilidades que um professor de ciências tem ao seu alcance, para prender a atenção dos alunos em sala de aula, as atividades práticas certamente proporcionam um papel significante nesse processo (LABURÚ, 2006). A experimentação não deve ser passada de forma desvinculada da teoria, pois a prática sem o embasamento teórico não teria um caráter propriamente científico, e a teoria sem a prática muitas vezes não permite que o aluno tenha uma assimilação efetiva (LINS et al, 2014). Por esse motivo, deve-se planejar experimentos com os quais é possível estreitar a ligação entre motivação e aprendizagem desenvolvendo a evolução dos conceitos científicos (FRANCISCO et al, 2008). Desta forma, a pesquisa buscou através da experimentação uma compreensão mais significativa e abrangente dos processos das transformações químicas do conteúdo de equilíbrio químico, de maneira que aconteça a assimilação desse conhecimento e a sua posterior aplicação no cotidiano.

Material e métodos

O experimento foi desenvolvido e aplicado durante a execução do projeto Estreitando laços entre teoria e prática na formação de professores, aplicado pelos acadêmicos do curso de Licenciatura em Química do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia do Tocantins IFTO - Campus Paraíso do Tocantins. A ação foi realizada no Colégio Estadual Trajano de Almeida localizado no Município de Caseara - TO, com 20 alunos do 2° ano do Ensino Médio do turno vespertino no mês de junho de 2018, durante quatro aulas de 50 minutos cada. Primeiramente foi realizada uma sondagem por meio de um questionário com perguntas abertas e fechadas para obtenção de informações a respeito da temática, Equilíbrio Químico visando buscar na proposta de ensino trabalhada as dificuldades que existem em relação ao conteúdo feita aos alunos para averiguação do conhecimento pré-existente. No segundo momento após a aplicação do questionário os alunos assistiram a uma aula expositiva sobre equilíbrio químico. No terceiro momento os alunos realizaram um experimento intitulado Efeito Semáforo (também conhecido como Água Furiosa) - (THENORIO, 2017), onde cada aluno recebeu uma garrafa pet de 600 mL contendo 200 mL da solução de Hidróxido de sódio, 4 ampolas de glicose a 50%, solução indicadora de azul de metileno e um par de luvas. Os alunos adicionaram a glicose, logo em seguida foi adicionado 10 gotas de azul de metileno dentro da garrafa. Posteriormente os alunos tamparam, agitaram a garrafa e observaram o que acontecia com a cor. Em seguida os alunos foram submetidos a um novo questionário referente ao conteúdo e experimento com a finalidade de extrair o que foi aprendido.

Resultado e discussão

Antes do experimento foi aplicada uma avaliação diagnostica com o intuito de obter informações do quanto de conhecimento estes alunos tinham a respeito do conteúdo de Reações reversíveis em etapas, reações de oxirredução, deslocamento de equilíbrio, catalisadores. Para a maioria dos estudantes, estudar equilíbrio químico foi considerado importante. A maioria dos estudantes após realização do experimento considerou satisfatório seu aprendizado sobre equilíbrio químico, com dificuldade média para 70% e fácil para 30%, enquanto antes do experimento apenas 3% dos alunos consideraram fácil aprender esse conceito. A aprendizagem sobre reação química, fatores que alteram a velocidade das reações e o equilíbrio químico tornou-se mais fácil para os alunos após o experimento realizado. As questões relacionadas com aspectos conceituais apresentaram 70% de acerto após o experimento, contra 45% de acerto antes da aplicação do experimento. Após a aplicação da avaliação diagnostica ficou evidenciado que 70% da turma erraram as questões da avaliação. As respostas dos alunos obtidas no segundo questionário após o experimento realizado totalizaram um percentual de 80% de acerto. Francisco Júnior, Ferreira e Hartwing (2008), ao qual afirma que as atividades experimentais estimulam o interesse dos alunos em sala de aula e o engajamento em atividades subsequentes. Dornelles Filho, (1996) e Bagnato,e Marcarassa, (1997), concordam em ser um método importante, pois estimula o aluno, bem como atuam como ferramenta no processo de aprendizagem, pois essas atividades podem facilitar a interpretação do que está sendo estudado.

Figura 1.

Aula Teórica.

Figura 2.

Experimentação.

Conclusões

De acordo com os resultados obtidos com os questionários aplicados pode-se afirmar que o uso de ferramentas didáticas, como a experimentação, mostrou que houve um impacto positivo no aprendizado dos discentes, que por intermédio de uma avaliação qualitativa, diagnóstica foi possível verificar quais conteúdos tiveram uma melhor assimilação por parte dos estudantes. A atividade experimental deve ser incluída no planejamento dos professores, pois por mais simples que seja uma atividade experimental sempre vai dar um novo horizonte para aprendizagem diferenciada.

Agradecimentos

Agradeço ao meu orientador, pela atenção e todo suporte dado durante a pesquisa, ao IFTO – Campus Paraíso do Tocantins, pelo incentivo e a Deus.

Referências

ALMEIDA, E. C. S. et al. Contextualização do ensino de química: motivando alunos de ensino médio. X Encontro de Extensão. UFPB-PRAC, 2007.

BAGNATO, V.S. e MARCASSA, L.G. Demonstrações da inércia através do bloco suspenso. Revista Bras. Ens. Fís., v.19, n.3, p. 364-366, 1997.

BUENO, L., et al. O Ensino de Química por Meio de Atividades Experimentais: a Realidade do Ensino nas Escolas.Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” Faculdade de Ciências e Tecnologia, Presidente Prudente, 2008.

DORNELLES FILHO, A. A. Uma questão em hidrodinâmica. Cad. Cat. Ens. Fís., v.13, n.1, p. 76-79, 1996

FRANCISCO Jr. W. E.; FERREIRA, L. H.; HARTWIG, D. R. Experimentação Problematizadora: Fundamentos Teóricos e Práticos para a Aplicação em Sala de Aula de Ciências. Química Nova na Escola. N. 30, p. 34-41, 2008.

LABURÚ, C.E. Fundamentos para um experimento cativante. Caderno Brasileiro de Ensino de Física, v. 23, n. 3, p. 382-404, 2006.

LABURÚ, C. E. ; BARROS, M. A. & KANBACH, B. G. A relação com o saber profissional do professor de física e o fracasso da implementação de atividades experimentais no ensino médio. Investigações em Ensino de Ciências, v. 12, n. 3, 2007.

LINS, E. A. S.; JESUS, I.E.; SOUSA, G. L.; DURAND, V. C. R. AULA EXPERIMENTAL NO CONTEXTO DO ENSINO DA QUÍMICA: Uma busca para construção do conhecimento cientifico no ensino médio. Disponível em: <http://annq.org/eventos/upload/1330462223.pdf> Acesso em 17 abril. 2018.

SILVA, S.G. As principais dificuldades na aprendizagem de Química na visão dos alunos do ensino médio. IX Congresso de Iniciação Cientifica do IFRN, 2013, 2 p.

SOUSA, S. I. M; BARICCATTI, R. A. Utilização de reagentes do cotidiano no ensino das propriedades coligativas nas práticas de laboratório no ensino de química no ensino médio. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/2423-8.pdf>

THENÓRIO I. Água Furiosa. Disponível em:www.manualdomundo.com.br/2013/06/experi mento-de-quimica-da-agua-furiosa/ Acessado no dia: 17/04/2018.

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