O USO DOS LABORATÓRIOS NO ENSINO DE QUÍMICA DAS ESCOLAS ESTADUAIS NA CIDADE DE JI-PARANÁ/RO: Um estudo de caso

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

da Silva, J.A. (IFSC) ; Rosa, R.G. (ESCOLA DE ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO PIONEIRA- TEI)

Resumo

Este projeto averiguou a utilização do laboratório de ciências em aulas experimentais de Química por professores da rede pública estadual de ensino médio em Ji-Paraná/RO. Aplicou-se um questionário a doze professores atuantes em Química. Ao analisar as respostas, verificou-se que 50% dos entrevistados utilizam o laboratório de ciências para desenvolverem aulas práticas no ensino de Química. Dentre os professores que não realizam a experimentação em laboratório (50%) são alegados a falta de tempo, de apoio técnico, de reagentes, de recursos para aquisição de materiais de reposição e entre outros. Ainda constatou-se que a maioria da amostra (83%) possui formação diferenciada da área atuante, o qual pode ser um indicativo para a baixa utilização dessas estruturas nas aulas prática da Química.

Palavras chaves

professor; ensino de Química; laboratório de ciências.

Introdução

No ensino de química, assim como em outras disciplinas de Ciências da natureza, considera-se que a experimentação é uma ferramenta importante para auxiliar a construção do conhecimento científico (OLIVEIRA, 2010). Segundo Guimarães (2009) as atividades de Química que empregam o uso de experimentos auxiliam na formação de conceitos básicos, despertam maior interesse dos alunos pela disciplina, permitem investigações e desenvolvem o raciocínio frente a problemas propostos. A abordagem metodológica de aulas experimentais em Química também é relatada em documentos elaborados pelo Ministério da Educação Brasileira, como as Orientações Curriculares para o Ensino Médio – OCEM, (BRASIL, 2006) e os Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Médio - PCNEM (BRASIL, 2000), os quais apontam a importância da relação entre teoria e prática para as disciplinas de Ciências da Natureza. Para favorecer o ensino de disciplinas experimentais, são construídas infraestruturas laboratoriais para práticas didáticas nas escolas. De acordo com Galiazzi e Gonçalves (2004) o laboratório de ciências tem papel auxiliador na disciplina de Química, proporcionando contextualização das teorias por meio de práticas experimentais que conduzem a uma aprendizagem significativa. Entretanto, ao verificar a utilização desses espaços educacionais em escolas públicas brasileiras, estudos feitos por Andrade e Costa (2016), Silva e Machado (2008) e Mello e Barboza (2007) relatam que existem dificuldades na realização de aulas laboratoriais, pois de acordo com os mesmos conter laboratórios de ciências nas escolas não assegura sua utilização. Na rede pública estadual brasileira, menos da metade das escolas são contempladas com projetos infraestruturais de laboratórios de ciências, conforme os dados do censo escolar de 2010, “ cerca de 48,3% das escolas públicas estaduais de nível médio no Brasil apresentam laboratório de ciências” (BRASIL, 2010). É importante evidenciar que, mesmo uma parcela pequena de alunos tendo acesso ao laboratório didático no ensino de Ciências da Natureza, a sua utilização em escolas contempladas deve ser viabilizada, para que a proposta de melhoria do ensino nessas escolas seja executada adequadamente (FREITAS; RIGOLON; BONTEMPO, 2013). Diante do exposto, este trabalho teve como finalidade de Averiguar se os professores da rede pública estadual da cidade de Ji-Paraná/RO usam o laboratório para realizar aulas experimentais de Química, caso contrário, investigar quais motivos os impedem. Para tanto foi necessário verificar quais escolas públicas estaduais, em Ji-Paraná/RO, possuem laboratórios para o ensino de Química. Os professores da disciplina de Química foram entrevistados por meio de questionário, a respeito da utilização do laboratório para práticas experimentais. Nas escolas públicas estaduais de Ji-Paraná/RO, verificou-se que possuem laboratórios destinados à Química funcionando normalmente ou não. Além de Identificar, se houver, fatores que impeçam os professores de ministrarem aulas experimentais nos laboratórios.

Material e métodos

Em 2006, realizou-se um estudo de caso, de cunho qualitativo e quantitativo. Conforme Yin (2015), o estudo de caso tem como objetivo investigar fenômenos individuais em seu contexto no mundo real, buscando tratar de situações específicas para encontrar suas características peculiares. Os participantes da pesquisa formam os professores da disciplina de Química da Rede Estadual Pública de Ensino na cidade de Ji-Paraná/RO que possuem laboratório de Ciências, visando diagnosticar a utilização ou não do laboratório de ciências para aulas experimentais de química. A coleta de dados foi feita por meio de um questionário composto por perguntas abertas e fechadas. Este questionário foi aplicado aos professores, atuantes da disciplina de química, nas escolas públicas estaduais que possuem laboratórios de Ciências, localizadas no município de Ji-Paraná/RO. O questionário teve por base perguntas de própria autoria e também as contidas em estudo realizado por Souza e Broietti (2013). Os dados obtidos através do questionário foram analisados por meio da técnica de Análise de Conteúdo (AC). Conforme Bardin (2011), a Análise de Conteúdo é aplicada na pesquisa qualitativa com o procedimento de organização e análise dos dados, cujo objetivo é compreender e descrever qualitativamente as experiências vivenciadas pelo sujeito e suas atribuições a certos elementos ou acontecimentos.

Resultado e discussão

Da rede pública de Ensino Médio em Ji-Paraná/RO, 18 escolas estaduais foram localizadas dentre as quais apenas 06 continham laboratório de Ciências, no ano de 2016. Nestas escolas com estruturas laboratoriais, identificados 12 professores atuantes na disciplina de química, os quais fizeram parte da amostra entrevistada. O instrumento de pesquisa utilizado para a coleta de informações dos entrevistados foi um questionário contendo seis perguntas. Por meio da Questão 1 “Qual sua formação?” verificou-se que, na amostra entrevista, cerca de 83% dos professores não possuem formação específica na área de química, destes sendo 33% formados em matemática, 25% em Ciências Biológias e 25% em Física. A respeito da atuação de professores com formações diferenciadas na disciplina de Química, Farias e Ferreira (2008) relata que no estado de Rondônia existe um baixo percentual de professores atuantes no Ensino de Química devidamente diplomados na área de licenciatura em Química. Segundo sua pesquisa de 197 professores apenas 15 tem formação apropriada à área que leciona. Outro estudo realizado no Estado de Rondônia por Junior, Peternele e Yamashita (2013) com estudantes do curso de licenciatura em química na Universidade Federal de Rondônia – UNIR aponta um baixo percentual de interessados pelo curso de licenciatura em Química e, dessa forma, a carência de estudantes nesta área é preocupante, pois a baixa demanda refletirá em poucos profissionais qualificados nessa área do ensino futuramente no Estado de Rondônia. Ao averiguar o tempo de ministração de aulas de química (Questão 2) pode-se inferir que, , a maioria dos professores entrevistados lecionam a disciplina de química num período entre 10 a 25 anos. Quando os professores foram questionados acerca da realização de atividades experimentais de Química em laboratório (Questão 3), foi possível constatar que 50% utilizam a estrutura laboratorial da escola para desenvolverem aulas práticas de Química e outros 50% não utilizam. Em relação à utilização deste local para as atividades práticas voltadas ao ensino de Química, observa-se que estudos como de Borges (2002) também indicam que a maior parte dos professores não realizam atividades nos laboratórios de Ciências. Aos professores que realizam atividades experimentais de Química no laboratório, perguntou-se a frequência em que as desenvolvem (Questão 4) , podendo verificar que a maioria as realiza mensalmente ou bimestralmente, somente uma amostra apontou quinzenalmente e outra raramente Pode-se constatar que a maioria desses professores realizam práticas laboratoriais de Química com pouca frequência, pois segundo os mesmos existem alguns empecilhos que os impossibilitam de realizar prática com maior frequência, relam que o pouco tempo das aulas, o auxilio de um técnico laboratorial são motivos que os dificultam. Aos professores que não realizam atividades de Química no laboratório, pretendeu-se verificar quais motivos os impedem de ministrarem aulas nestes ambientes (Questão 4). A amostra revelou um maior percentual indicando que os impedimentos são: (17%) pequena quantidade de aulas semanais de química, (17%) falta de um profissional técnico em laboratório e (17%) falta de tempo do professor para planejar as atividades. Ainda foram elencados, numa porcentagem menor, a existência de laboratório fechado e sem manutenção, a falta de recursos para aquisição de componentes e materiais de reposição, a falta de material didático com sugestões para práticas experimentais, a falta de apoio dos gestores escolares, a pouca preparação profissional para a realização da experimentação e a existência de reagentes vencidos. Os motivos citados pelos professores também podem ser observados nas pesquisas feitas por Dantas e Santos (2014), Bueno e Kovaliczn (2008), Silva, Moraes e Cunha (2011). A Questão 6, questionava a respeito da importância das aulas experimentais sob a análise de cada professor. Por meio de pergunta aberta, cada professor expôs sua consideração e após a leitura minuciosa das respostas, foi possível agrupá-las de acordo com seus aspectos semelhantes. Constatou-se que 100% dos professores entrevistados afirmaram que as aulas experimentais são consideradas importantes. Diante da análise das respostas, verificou-se que 50% dos professores consideram que experimentação provoca motivação dos alunos pela disciplina de Química, e isso é notado nas seguintes falas dos professores: P5: “Aguça a curiosidade dos alunos estimulando que busquem mais conhecimentos sobre determinados assuntos”. P6: “A demonstração através da experimentação sempre aguça o interesse do aluno de forma positiva”. P7: “Desperta o aluno para a parte prática da Química”. P8: “Auxilia no processo de ensino”. P10: “Desperta no aluno maior interesse pela teoria para melhorar a prática”. P11: “Estimula os alunos a participarem mais da aula”. Segundo Silva (2016) as atividades experimentais permitem ao aluno um papel mais ativo dentro das aulas, motivando-o. Merçon (2003) também relata que um o caráter motivacional na aprendizagem é fundamental para o empenho do aluno durante a aula. Nota-se que 41% dos entrevistados apontam que a experimentação é fundamental para relacionar a teoria com a prática, são observadas nas respostas: P1: “Facilita o aprendizado unindo a teoria ao visível, (...)”. P2: “Vivencia na prática alguns cálculos e penso que memorizam mais com a visualização”. P3: “Apresenta ao aluno de forma real tudo aquilo que ele visualizou de forma abstrata em sala e traz sentido a disciplina”. P4: “Esclarece melhor na prática”. P9: “É fundamental que se associem a teoria à prática”. Souza (2013) afirma em seu trabalho que os professores buscam adotar as práticas experimentais com ênfase na teoria e a prática de maneira que favoreça o conhecimento dos alunos. Observou-se também que apenas um professor referiu-se a relevância da experimentação na estimulação do pensamento científico do aluno, (P1) afirma: “(...), desperta o pensamento científico do aluno, surgindo novas ideias e debates sobre o conteúdo”. Segundo Giani (2010) a atividade experimental deve ser problematizadora, estimulando o aluno a pensar e refletir sobre determinado problema proposto, para que desenvolva o seu pensamento científico. Ainda foi destacado por apenas um professor que a experimentação torna o conteúdo ao aluno mais compreensível, (P12) afirma: “(...) facilita a compreensão de vários assuntos”. De acordo com Nascimento e Ventura (2003), a aula prática no ensino de Química é uma alternativa que visa tornar mais significativo o estudo dos conteúdos químicos favorecendo melhor assimilação e compreensão pelo aluno.

Conclusões

A pesquisa revelou que apenas 33,33% das escolas públicas de nível médio da cidade de Ji-Paraná/RO apresentam estruturas laboratoriais. Por meio da amostra entrevistada, verificou-se que a maioria dos professores ministrantes da disciplina de Química possuem formação diferenciada da área atuante, porém apresentam alto tempo de experiência lecionando esta disciplina. Verificou-se ainda que a metade dos entrevistados utilizam os laboratórios de Ciências para desenvolverem atividades práticas para o ensino de química. Em contrapartida o restante da amostra não realizam atividades experimentais no laboratório, pois alega, principalmente, a baixa quantidade de aulas semanais de Química, o pouco tempo do professor destinado ao planejamento de aulas e a falta de um técnico laboratorial. Entretanto, todos os professores participantes da pesquisa afirmam que a experimentação no ensino de química auxilia no processo de ensino-aprendizagem. Visto que nem todas as escolas pesquisadas utilizam o laboratório de Ciências, é necessário que essas instituições viabilizem o seu funcionamento, de maneira que haja manutenção do ambiente para que as experimentações possam ser desenvolvidas em um ambiente favorável e com segurança.

Agradecimentos

Aos professores e escolas participantes da pesquisa de Ji-Paraná-RO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA RONDÔNIA INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA

Referências

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