OFICINA TEMÁTICA: UMA PROPOSTA METODOLÓGICA PARA O ENSINO APRENDIZAGEM DE ÁCIDOS E BASES NO ENSINO MÉDIO

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

do Socorro Barbosa Chaves, R. (UNIFAP) ; Bezerra Vanzeler, J.C. (UEAP) ; Nascimento Guedes, J. (UEAP) ; de Lima Machado, T.C. (UEAP) ; de Menezes Rabelo, E. (UNIFAP) ; Santos Franco, S. (UNIFAP)

Resumo

Esta pesquisa apresenta uma análise qualitativa, que buscou investigar a aprendizagem dos conceitos relacionados à acidez, basicidade para alunos de uma turma de segundo ano do Ensino Médio, com desenvolvimento de uma oficina temática. Nessa oficina, foi realizada uma dinâmica composta pelo conteúdo didático e uma atividade experimental que utilizou o repolho roxo como indicador natural de pH e teve como objetivo relacionar os fundamentos do conteúdo com aspectos do cotidiano dos estudantes. O projeto foi aplicado em uma escola de Ensino Médio da comunidade de Carvão localizada no município de Mazagão-Ap, e os resultados obtidos nos permitem afirmar que a oficina temática desenvolvida contribuiu para aprendizagem dos conceitos relacionados aos conceitos de ácidos e bases.

Palavras chaves

Ensino Médio; Oficina; Experimento

Introdução

Para auxiliar na contextualização do conteúdo científico e no processo de ensino aprendizagem, utilizou-se uma oficina temática. A abordagem dos conteúdos de Química associados a uma temática não se restringe apenas a fornecer informações sobre processos produtivos, tecnológicos ou usos que a sociedade vem fazendo de materiais, mas utiliza a abordagem de dados, informações e conceitos, para que os alunos possam conhecer a realidade, avaliar situações, soluções, e propor formas de intervenção na sociedade (MARCONDES et al., 2007). Segundo (MARCONDES, 2008), as oficinas temáticas procuram tratar os conhecimentos de forma inter-relacionada e contextualizada, envolvendo os estudantes em um processo ativo na construção de seu próprio conhecimento. Além disso, a utilização de atividades de caráter experimental na oficina é sem dúvida uma importante estratégia de ensino, não só de química, mas da ciência em geral. Nesse contexto para que uma atividade proposta ao ambiente escolar, como a experimentação, ocorra faz-se necessário a participação do aluno de forma investigativa e problematizadora que segundo (GUIMARÃES, 2009) “no ensino de ciências, a experimentação pode ser uma estratégia eficiente para a criação de problemas reais que permitam a contextualização e o estímulo de questionamentos de investigação”. O objetivo da pesquisa é verificar se é válida a utilização de uma oficina temática como ferramenta para o processo de ensino aprendizagem de química.

Material e métodos

A pesquisa foi realizada na Escola Estadual Fagundes Varela, em Mazagão-Ap, com 27 alunos do segundo ano do ensino médio. Nesta pesquisa foi realizada uma dinâmica a partir de uma temática, composta pela análise de três textos em um material apostilado, todos retirados dos livros didáticos e a turma dividida em quatro grupos. Tais textos foram relacionados com o cotidiano do aluno, a fim de explorar o conteúdo de acidez, basicidade e escala de pH. Foi realizado atividade experimental empregando o repolho roxo como indicador natural de pH, para que os alunos desenvolvessem suas habilidades cognitivas para complementar no seu processo de aprendizagem. Ao fim das análises dos textos e da prática os alunos responderam perguntas importantes para alcançar o máximo de pontuação prevista na dinâmica. Para a realização da oficina e coleta de dados da pesquisa foram necessárias quatro horas de aula para se pudesse concluir a dinâmica e aplicar dois questionários ambos de cunho semiabertos no inicio e outro no fim da oficina para averiguar o nível de aprendizagem dos alunos.

Resultado e discussão

Os resultados obtidos através do primeiro questionário foram insatisfatórios, pois dentre as perguntas cerca 35% souberam conceituar e exemplificar corretamente as substâncias consideradas ácidas e básicas, visto que 65% não conseguiram conceituar e deram exemplos poucos satisfatórios. Foi perceptível que alunos apresentavam dificuldade e possuíam um conhecimento muito vago sobre o conteúdo. Já no segundo questionário os alunos obtiveram êxito em relação à aprendizagem dos conceitos, exemplificações e suas aplicações no cotidiano, Sendo que 85% conseguiram responder de forma satisfatória as perguntas, sabendo conceituar com mais propriedade as definições de ácidos e bases conforme a teoria de Arrhenius. 95% dos alunos pesquisados conseguiram exemplificar vários tipos de substancias ácidos e básicos no seu cotidiano. Em relação ao nível de aprendizagem na dinâmica, três grupos conseguiram atingir 95% dos acertos nas perguntas do questionário. Isso se deve a aplicação da aula experimental que buscou reforçar ainda mais a aprendizagem do estudante, utilizando substâncias do cotidiano deles, como por exemplo, o vinagre, vitamina C, sabão em pó, hidróxido de magnésio, e assim eles souberam diferenciar o que são ácidos e bases a partir da mistura dessas substâncias com o indicador natural o repolho roxo através da mudança de cor.

FIGURA 1

Apresentação de materiais alternativos utilizados no experimento.

FIGURA 2

Explicação do experimento alternativo

Conclusões

A partir da contextualização da aula em consonância com a experimentação pode-se observar que os alunos foram muito receptivos com o conteúdo exibido na oficina, pois tiraram suas dúvidas e contribuíram com exemplos do cotidiano, havendo assim, uma troca de conhecimento. E analisando os resultados obtidos nos questionários, ficou evidente que a aplicação do conteúdo no cotidiano e a experimentação despertaram o interesse dos alunos pela disciplina de química, além de fazer com que os mesmos compreendessem melhor o conteúdo e adquirissem uma aprendizagem mais significativa a cerca do assunto.

Agradecimentos

À Deus, por dar-nos a vida e ser toda a fonte de alegria e esperança; Ao colegiado de Química da Universidade do Estado do Amapá. E a escola participante da pesquisa.

Referências

GUIMARÃES, C.C. Experimentação no Ensino de Química: Caminhos e Descaminhos Rumo à Aprendizagem Significativa. Química Nova, v. 31, nº3, p.198, Agosto, 2009.; MARCONDES, M. E. R. et al. Oficinas temáticas no ensino público: formação continuada de professores. Imprensa Oficial do Estado de São Paulo, 2007.; MARCONDES, M. E. R. Proposições metodológicas para o ensino de química: oficinas temáticas para a aprendizagem da ciência e o desenvolvimento da cidadania. Revista Em Extensão, Uberlândia, v. 7, p. 67-77, 2008.

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