A IMPORTÂNCIA DA EXPERIMENTAÇÃO COMO UMA FERRAMENTA FACILITADORA NA APRENDIZAGEM DO ENSINO DE QUÍMICA DO 9° ANO NA ESCOLA E.E.E.F.M PROFESSORA PALMIRA GABRIEL EM BELEM-PA

ISBN 978-85-85905-23-1

Área

Ensino de Química

Autores

Cunha, J. (UFPA) ; Garcia Cunha, C. (UFPA) ; Neves Ribeiro, L. (UFPA) ; Carvalho, V. (UFPA) ; Marinho S B, P. (UFPA)

Resumo

A experimentação é uma estratégia pedagógica e dinâmica, que pode facilitar o entendimento e o interesse do aluno. O presente trabalho aborda a importância da experimentação em sala de aula no processo de ensino e aprendizagem no ensino de Química. O trabalho foi realizado na escola Estadual professora Palmira Gabriel do município de Belém-PA, com alunos do nono ano do ensino fundamental. A abordagem metodológica foi feita através de ministração de aula prática focando no cotidiano dos alunos e por meio de questionário objetivando analisar as opiniões dos mesmos.

Palavras chaves

Experimentação; Ensino de Química; Aprendizagem

Introdução

A Química e como qualquer outra Ciência é utilizada para melhor compreensão do mundo com um olhar mais crítico e científico, por conta disso o motivo de ensinar Química é para a formação de cidadãos conscientes, capazes de refletir perante os flagelos da sociedade. Segundo Chassot (1995) a Química é uma linguagem, que deve ser facilitadora de leitura do mundo. O ensino tradicional é administrado de forma robótica, o aluno não passa de um receptor de conteúdo, onde é necessário que ele saiba inúmeras fórmulas, decore reações e propriedades, mas sem relacioná-las com o cotidiano, trabalhar com as substâncias, aprender a observar um experimento cientificamente, visualizar de forma que cada aluno descreva o que observou durante o processo, isto sim leva a um conhecimento definido (QUEIROZ, 2004). Sabemos que há um desinteresse enorme pela disciplina de Química, vários fatores podem está envolvidos, um deles é a falta de atividades experimentais que possam relacionar a teoria com a prática. Mas, para o professor muitas das vezes não é simples fazer um trabalho diferenciado como este, pois a falta de equipamentos e a infraestrutura da escola é um interferente. Temos também situações onde os próprios alunos questionam seu professor quando passa um trabalho diferenciado, o aluno já está deteriorado com aquele ensino tradicional, conteúdo e prova. Cabe ao professor buscar alternativas, como a realização da experimentação, pois o objetivo é possibilitar ao aluno a criação de modelos que tenham sentidos para ele, a partir de suas próprias observações (HESS, 1997). Investigar, pesquisar e refletir sobre o tema é relevante para que essa dificuldade possa ser superada, sendo uma das ferramentas fundamentais para o processo de ensino- aprendizagem.

Material e métodos

Participaram desse trabalho alunos do 9° ano da escola E.E.E.F.M Palmira Gabriel localizada na cidade de Belém-PA. Foi aplicado um trabalho sobre o tema de densidade e elaborou-se uma aula teórica de vinte minutos falando dos conceitos e exemplos que supostamente os alunos convivem no seu cotidiano, logo após realizou- se a parte prática, utilizado os seguintes materiais: álcool, água, copo, gelo, madeira e isopor. No final do trabalho foi aplicado um questionário para ter um resultado significativo, ou seja, se o método dinâmico e diferenciado funcionou, os dados foram coletados e analisados.

Resultado e discussão

De acordo com (ZIMMERMANN, 1993) “é no caráter dedutível que eles têm a oportunidade de testar o que é dito na teoria”. Os alunos ao ser questionados quanto “o conteúdo de química é desenvolvido a partir de atividades experimentais”, 91,4% disseram que sim e 8,6% disseram que não, enquanto que a maioria dos alunos, 96,4%, responderam não à pergunta “seu professor de química costuma relacionar teoria com a prática?”. Porém, mais da metade dos alunos acha a Química interessante, pois 67% dos alunos responderam “sim” à questão “se a química é interessante para você?”. No entanto, ainda é incipiente o uso da experimentação no ensino de Química, pois os alunos objeto do presente estudo não conseguiram lembrar-se de nenhum experimento realizado em aulas anteriores ao ser questionado “você lembra um experimento realizado em aulas práticas que te ajudou a entender melhor o conteúdo?”, pois de maneira unânime responderam “não”, pois dificilmente é aplicado experimentos, nota-se a importância para o uso da experimentação no ensino de Química por conter muitos assuntos abstratos e os próprios alunos enfatizaram a importância do uso da experimentação no ensino desta componente curricular, pois ao ser perguntado “que sugestão você daria para a melhoria do ensino e aprendizagem de química em sua escola?”, 98,8% responderam que poderia apresentar experimentação relacionando com o cotidiano para melhorar o interesse e compreensão do assunto, onde obtivemos uma resposta interessante de um dos alunos “que vendo a coisa de perto e até podendo tocar se torna mais interessante”, enquanto que uma pequena parcela dos alunos, 1,8%, não soube responder.

Conclusões

As experimentações vivenciadas em sala de aula são de suma importância para despertar a curiosidade, melhorar a compreensão e, desenvolver a capacidade cognitiva dos alunos, pois muitas das vezes as aulas convencionais tornam desinteressantes e cansativas, principalmente quando não se relacionam com os conhecimentos construídos no meio social onde estão inseridos. Contudo, o resultado do questionário foi observado que esse método de ensino é extremamente inovador e os alunos deixaram explicito que com experimentação o ensino-aprendizagem é mais significativo.

Agradecimentos

A Professora Suely Castro da escola E.E.E.F.M Palmira Gabriel e direção da escola que permitiu a realização do trabalho.

Referências

CHASSOT, A. Para que é útil o ensino? alternativas para um ensino de química mais crítico. Canoas, ULBRA, 1995.

HESS, S. Experimentos de química com materiais domésticos: ensino médio. São Paulo. Moderna, 1997.

QUEIROZ, S. L.; ALMEIDA, M . J. P. M. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de iniciação científica em química. Ciência e Educação, Bauru, v.10, n.1, 2004.

SILVA, G. M. Teia do saber-- USP. São José do Rio Preto, 2005.

ZIMMERMANN, A. O ensino de química no 2°. grau numa perspectiva interdisciplinar. Palotina. SEED, 1993.

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